terça-feira, 19 de abril de 2011

ATÉ O NOSSO AÉCINHO? QUEM DIRIA...

Enão é que o "nosso" querido Aécinho, pretenso canditado à Presidente do Brasil e atual Senador da República foi flagrado domingo de madrugada pp.,dirigindo com a carteira nacional de habilitação VENCIDA? E, se recusou peremptoriamente a fazer o teste do BAFÔMETRO? Pois é, caro leitor, este fato degradante para nós, brasileiros, que ainda acreditamos um pouquinho na honestidade e caráter de alguns políticos, como É (era) o caso do Senador em questão, nos deixou atônitos e: " a ver navios", com tamanha falta de responsabilidade e caráter. Se são eles que fazem as leis, por que "eles" não as cumprem? Será que o Senador no momento quis aplicar a famosa ,porém "maldita" LEI DE GERSON?, OU SEJA, DEU UM JEITINHO DE ESCAPAR? Pelo que li na imprensa ele teve a sua carteira de habilitação apreendida e foi multado por recusar-se ao teste de bafômetro. Como se o valor da multa lhe importasse. A política brasileira vai de mal a pior... ás vezes somos ingratos quando queremos criticar o "TIRIRICA". Neste momento só peço a Deus que os guardas responsáveis pela cobrança da infração não sejam penalizados. No Brasil é famosa a assertiva : A CORDA SEMPRE ARREBENTA DO LADO DOS MAIS FRACOS."
Sr. Aécio Neves, de duas coisas o senhor pode ter certeza: 1. O senhor Tancredo Neves, seu avô, deve estar se revirando no túmulo de vergonha do seu ato; 2. Não voto no senhor para nada!!!!!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O MAGAREFE

Terêncio Tibúrcio de Lins nasceu em Pedralva na década de 50. Filho único teve sempre os cuidados extremosos de seus pais e das Tias ( duas) que viviam sob o mesmo teto. Não era uma família rica e nem mesmo abastada. Trabalhava-se o necessário para viver com honra e respeito pelos demais moradores da bucólica cidade. Aos sete anos ingressou no "GRUPO ESCOLAR ZITO CARDOSO" e, lá estudou até a quarta série. Sempre um bom aluno. Dentro da média chegou até o último dia escolar e recebeu de seu professor Juquita o "DIPLOMA" com um certificado todo desenhado nas bordas de "HONRA AO MÉRITO" por boa conduta. Nunca teve advertência, suspensão ou qualquer outro tipo de reprimenda. Agora, concluinte do primeiro grau e já chegado aos dez anos enfrentou o dilema de mudar-se para a cidade vizinha de Barrancas onde podia fazer a admissão e entrar no ginásio ou continuar em casa, sob o mesmo teto dos seus familiares e, claro, sem continuar os estudos. Foi um período difícil para ele, pois, como bom aluno e estudioso o mais certo era ir embora e prosseguir no estudo secundário, mas, a dor de ficar longe dos seus entes queridos também pesou e muito na balança. Assim é que, optou por ficar ao lado dos seus... ora, pensou: " Posso adiar meus estudos por alguns anos." E, assim o fez. Seu pai ,Tibúrcio Terêncio Lins, era um homem avantajado e vermelho, denotando possuir sentimentos coléricos. Tinha um vozeirão que assustava os menos intímos em seu convívio, mas, na verdade mesmo era um carneiro de tão dócil. Sempre solícito, atendia a todos os amigos que dele precisavam de um favor; nunca olhou para a hora de que era solicitado... o seu lema era: " Amigo é para todos os momentos!" Tinha ele uma devoção especial para sua família. Da mesma forma amava sua mulher, o filho e suas duas irmãs. Nunca em ocasião alguma fez distinção deste ou daquele; todos se enfurnavam debaixo de seus braços protetores e, ai daquele que ousasse mexer com um deles. Da mesma maneira que era dócil podia em questão de instantes pela sua família virar um touro em investida cega. É claro que isto só acontecia depois de ouvir os dois lados. Dona Matilde Ferraz Lins, a genitora do nosso querido Terêncio tinha a compleição franzina, embora dirigisse o lar com mãos de ferro. Tinha o hábito de trazer os cabelos pretos e longos em forma de "coque" no centro da cabeça. "É mais higiênico", respondia, quando alguém lhe perguntava por que não mantinha os cabelos soltos. Junto com as cunhadas trazia a casa em ordem: as roupas lavadas, passadas e cerzidas e, a horta, resplandecente de suculentas hortaliças. Bem pouco ou quase nunca pedia ajuda para seu adorado filho, que, por isto, passava a maior parte de seu tempo brincando com seus amiguinhos: jogava bola de gude; praticava triângulo nos terrenos moles e úmidos; empinava pipa; jogava "amarelinha" com as meninas e do que mais gostava: correr atrás das varetas dos foguetes aos sábados durante as comemorações dos "gols" no campo de futebol, ao lado do rio Piracaí. Dona Matilde foi sempre uma exímia cozinheira e, toda vez que tinha oportunidade se gabava do seu "frango com quiabo", que, aliás, era o prato favorito do marido e do moleque ( tratamento que as tias davam ao pequeno Terêncio). As tias, Eufrázia e Ernestina, ambas já maduras e solteiras se desdobravam em auxiliar nas labutas do dia a dia da família Lins. Sim, as duas solteiras. Não se sabe com certeza o que as levou a optar pelo celibato. Algumas línguas ferinas da pequena cidade dizem que foi por amor não correspondido a dois artistas do circo " Casca Grossa", Genival e Gervásio; o primeiro trapezista e o segundo palhaço quando o "toldo" se ergueu na praça da Matriz num sábado qualquer de um mês qualquer do ano de hum mil, novecentos e cincoenta e dois. Também, outras línguas não tão ferinas afirmam que optaram pela solidão para fazer companhia ao irmão Tibúrcio... qualquer que seja o motivo o certo é que até os dias de hoje, continuam solteiras ( eu as conheci recentemente). Assim, caro leitor, você já teve um prévio conhecimento da família Lins, portanto, poderá entender com mais facilidade o que se sucedeu quando o nosso moleque Terêncio, agora homem feito, viveu e "passou" sob o luar prateado e o céu estrelado da simpática PEDRALVA. Bom, deixemos de delongas e vamos aos fatos: Terúrcio ( a partir de agora vamos chamá-lo pelo seu apelido TERÚRCIO: ajuntamento das palavras TERÊNCIO COM TIBÚRCIO dando TERÚRCIO pela garotada do bairro onde moravam) já tinha completado treze anos quando o seu pai se fez proprietário do único açougue da cidadezinha que levava o imponente nome de " AÇOUGUE TOURO SENTADO". Cumpre esclarecer que o antigo proprietário era fanático por leitura de "GIBIS", principalmente do "ZORRO", donde tirou o nome do açougue de um "chefe indío" personagem do número... da deliciosa coleção que guardava com carinho e esmêro em uma das gavetas do balcão ensebado. Agora, com o comércio de carnes a afins indo de vento em popa, Terúrcio, foi chamado pelo genitor para ajudá-lo nas lides carnais ( no bom sentido), principalmente nos fins de semana quando o movimento duplicava ou até triplicava, Nestes dias ele deixava as brincadeiras de lado e madrugava; chegando sempre junto com seu pai no açougue. Debaixo do braço, a tiracolo levava o embornal com o almoço e café da tarde que sua mãe preparava com bastante amor. Geralmente ela embrulhava a marmita e a garrafa de café com jornal: desta maneira os petiscos ficavam quentinhos e, ele os deglutia com a fome própria de adolescente. Quando comprou a Casa Comercial, o ex-proprietário acordou com o seu Tibúrcio de que ficaria mais uns dias ensinando-o a lidar com o animal estrebuchado sobre o balcão. Assim é que lhe ensinou a cortar todos os pedaços sem que nada fosse estragado e, também lhe ensinou com maestria a dar corte nas facas e afiar os ganchos onde os pertences da rês ficaria pendurado em exposição. Sempre calado, porém com todos os sentidos afiados, Terúrcio também aprendeu os segredos que o tornariam pelo tempo necessário um excelente açougueiro. Tempo vai, tempo vem e a vida dos Lins prosseguia sem maiores surpresas ou algo que chamasse a atenção dos Pedralvenses; algo que fosse comentado durante a liturgia da missa das sete aos domingos. Mas, a vida é cheia de surpresas e, quando menos se espera... Foi numa quarta -feira de cinzas. O carnaval tinha sido o mais alegre e movimentado dos últimos tempos. Terúrcio tinha acabado de completar os vinte e um anos. Agora, moço vistoso, era visto pelas moças casadoiras de Pedralva como um dos melhores pretendentes às núpcias. Era cotejado pelas "mariquinhas e maricotas"; "loiras e morenas"; "gordas e magras" e, claro: "ricas e pobres", mas, tinha a certeza em seu coração de que o melhor para ele já estava reservado pelo destino, além, do que, suas tias não cansavam de preveni-lo "das armadilhas de que o coração é capaz de pregar" e de que " confiar nas mulheres é o mesmo que confiar nos ventos que antecedem as tempestades". Tudo isto contado e recontado pelas tias e somado à tragédia da morte abrupta de seu pai, vítima de um enfarte fulminante após o término do baile de carnaval da terça-feira gorda, o fez se distanciar e muito das diretas e indiretas que elas lhe jogavam; sempre que podiam.Agora era o esteio da família. Sua mãe pela tragédia que se abateu em seu lar passou a se alienar de tudo em sua volta. A casa ficou por conta de suas tias e, diga-se de passagem; cada vez mais neuróticas. Coube a ele por direito e por obrigação assumir o açougue "Touro Sentado". E, o fez, com galhardia e responsabilidade. Em pouco tempo a freguesia aumentou ( principalmente de lindas senhoritas) e, a abundância se instalou na vida de Terúrcio. Agora, já homem feito, tratava a todos com cortesia e habilidade no palavreado. Embora tivesse parado de estudar, manteve o hábito de ler tudo o que vinha a ter em suas mãos: lia jornais novos e velhos que depois usava para embrulhar os cortes de carnes; lia revistas em quadrinhos e de informações e cultuou o hábito saudável de escutar todo dia impreterivelmente a " HORA DO BRASIL" , no rádio de marca Teleoto, que tinha ganhado de presente no seu aniversário de maioridade. Tinha também guardado a sete chaves um dicionário e dele fazia vistas quando o movimento de fregueses permitia. Muitos Pedralvenses o procuravam para saber o significado desta ou daquela palavra; ele sempre gentil explicava com paciência e quando não sabia, procurava no dicionário. Também, enriqueceu o seu vocabulário lendo clássicos da literatura brasileira e mundial. Assim é que não era raro vê-lo com " OS MISERÁVEIS" de Victor Hugo; "A DAMA DAS CAMÉLIAS " de Alexandre Dumas, ou "HARPA SUBMERSA" de J.G. de Araújo Jorge; ou "CAPITÃES DE AREIA" de Jorge Amado; ou "OS LUSÍADAS " de Camões; "DOM CASMURRO" de Machado de Assis, etc.. Contou-me uma sua ex-namorada de nome Petùnia que quando ambos namoravam ele tentou ler a "ODISSÉIA" de Homero, mas que não chegou a concluí-lo por necessidade de se dedicar mais ao açougue. Terúrcio ia de vento em popa no seu comércio de carnes e afins até que... Até que conheceu a morena DURVALINA e, como num passe de mágica, tudo degringolou. Mas, vamos por parte. Não é com muita sede que se chega ao pote. Durvalina, morena dos seus vinte e dois anos tinha acabado de chegar em Pedralva para morar numa fazenda de criação de gado que seu pai tinha comprado de um fazendeiro qualquer ( não importa o nome). Invariavelmente ia todo o domingo na missa das oito horas da manhã e após permanecia na cidade na casa de sua amiga Clarice. Durante o dia percorria os vários logradouros da pacata cidade; sempre ostentando o seu porte belo e cativante. Tinha os olhos amendoados e a tez ligeiramente cor de jambo. Os cabelos escorriam soltos pelos ombros e costas, mas, sempre penteados com esmero. A ninguém dava bola. E, muitos jovens sonhavam em tê-la em seus braços... muitos somente o conseguiram em sonhos. Como no amor tudo acontece como se fosse um conto de fadas, Durvalina, conheceu e se apaixonou de pronto pelo nosso querido Terúcio. E, tudo aconteceu da maneira mais simples; mais corriqueira. Uma bela manhã de domingo Durvalina e sua amiga Clarice foram até o açougue buscar uma encomenda de pernil feita na véspera pelo anfitrião da bela morena. Lá, chegando, enquanto a amiga se ocupava com a mercadoria ela pregou os olhos de supetão nos olhos castanhos e mortiços do jovem vendedor. Digamos que passou entre ambos uma fagulha elétrica que os deixaram emudecidos e atônitos. Para cada um o amor tinha acontecido; tinha estourado como as borbulhas do champanhe estouram quando caem no cálice de cristal. Gaguejando, Terúcio perguntou o nome da estranha moça, já que não a tinha conhecido até então. Com o rosto afogueado ela também gaguejou e respondeu: Dur - va- li - na... e se recolheu dentro de sua timidez. Dias se passaram e claro, noites também se passaram e cada qual não deixava de pensar no outro. Do primeiro olhar para um compromisso mais sério foi um repente. Cinco meses após o primeiro encontro no açougue comemoraram com festividades o noivado e dali para o casamento foi um estalar de dedos. Casado e com a responsabilidade aumentada, Terúcio se desdobrava mais do que nunca no seu comércio de carnes a afins. Sempre reservava um dia da semana para sair pelos sítios e fazendas na compra de bois, porcos e aves. Nestas ocasiões deixava a bela esposa tomando conta do estabelecimento, embora ela não lidasse com os cortes; tinha um rapaz que fazia todo o serviço. A ela cabia somente adminstrar os dividendos que entravam. Nesta feliz rotina foram vivendo e cada qual se sentia o mais feliz do planeta Terra. Terúcio sempre que podia lia seus livros favoritos: tinha ficado sócio do "CIRCULO DO LIVRO" e, todo mês recebia uma nova obra para o seu deleite. A vida lhes era promissora. Nada parecia que teria a força ou malignidade de quebrar este encanto... Nada!... mas, o que é o "NADA" perante a grandiosidade do "TUDO?" Num mês qualquer num ano qualquer da década de setenta chegou para se instalar como Dentista em Pedralva o jovem Doutor Juvenal Aparício Guedes. Chegou e se instalou na pensão da Dona Matilde. Como era de bons modos; de boa aparência e altamente extrovertido, logo teve o seu consultório repleto de clientes: clientes de todos os tipos; da cidade e da roça. Nunca fez distinção de classe, raça, situação social e cor. Atendia a todos com a mesma precisão e gentileza. Interessante é que era desapegado de dinheiro: quem não podia pagar com dinheiro, pagava com outros bens. Geralmente ele recebia muitos frangos, frutas e hortaliças que eram trocados pior diárias na pensão. E, desta maneira se passaram os meses e o aniversário da cidade chegou. Chegou o grande baile de comemoração da feliz data. Durvalina que amava dançar encomendou um belo vestido em Barrancas e se embelezou toda no salão de belezas da fofoqueira maior da cidade: Marizilda. O querido esposo Terúcio também se empertigou num terno confeccionado em tecido de "tergal" para esta solene data. De mãos dadas se locomoveram para o recinto"CLUBE PEDRALVENSE" donde a orquestra "TABAJARAS" dava os primeiros acordes. Tinham reservado mesa junto com o dentista Doutor Juvenal. Eram amigos desde que o Doutor tinha extraído o dente do siso do leitor de clássicos e açougueiro, Terúcio. O baile seguia noite adentro na maior alegria e sofisticação. De ora em ora, Terúcio levava sua querida esposa para dançar; geralmente quando a orquestra tocava uma seleção de boleros. O seu preferido era "PERFÍDIA". Esta melodia tinha o dom de mexer com seus sentimentos. Por incrível que possa parecer ao gentil leitor, quando a orquestra iniciou a seleção de boleros com esta música, Terúcio se levantou e foi até o "WC" se aliviar das cerveja tomadas. E, isto foi o bastante para o gentil Doutor convidar Durvalina para dançar. Como era de praxe na época uma dama nunca podia dar uma "táboa" no cavalheiro que a tirava para dançar; e Durvalina logo se viu rodopiando nos braços do jovem Doutor. Dançaram a seleção toda, mesmo a despeito do olhar ferino que, de quando em quando, Terúcio os fulminavam. Quando regressaram à mesa o clima ficou pesado. Embora Durvalina tivesse encarado o "incidente" como normal, Terúcio manteve-se sombrio. Lá pelas tantas da madrugada o baile terminou e o jovem casal após se despedir do parceiro de mesa se dirigiram para casa. Nesta noite Terúcio se recusou a fazer amor com a bela consorte. E, os meses se passaram. E, o ano em curso, também passou. O dia amanheceu nublado e fazia muito frio. Terúcio se levantou mais cedo do que o costume e foi para seu estabelecimento comercial. Era dia de receber mercadorias. Lá chegando, após abrir a porta de aço e conferir os trocados no caixas se pôs a meditar em seu casamento. O que estava acontecendo? De uns tempos pra cá, pensou, Durvalina já não era mais a mesma esposa dedicada e amorosa. Volta e meia alegava dores de cabeça para não fazerem amor e, quando acontecia já não era mais a mesma coisa. Que algo estava errado, estava, e disto ele tinha certeza, só não sabia ao certo o motivo. Mas, matutou, como nada neste mundaréu de Deus fica a descoberto logo, logo eu saberei e, encerrou o ensimesmamento indo cortar uma peça de costela bovina. Realmente Durvalina estava mudada e muito. O responsável por tal mudança tinha nome e endereço: Dr. Juvenal. Sim, meu caro leitor, Durvalina estava terrivelmente apaixonada pelo simpático dentista e, pior ( paraTerúcio) e melhor para el: era correspondida. Como é de praxe sempre tem alguém querendo colocar discórdia naquilo que está em paz. E, foi o que aconteceu. Na mesma manhã em que Terúcio matutava sobre as mudanças em seu casamento chegou o carteiro e lhe entregou um envelope pardo. Com naturalidade ele abriu o envelope e sem muita cerimônia pôs-se a ler o papel que vinha escrito com poucas linhas, mas, as suficientes para fazê-lo perder o fôlego e quase infartar. Poucas linhas que diziam e anunciavam a tempestade que ora se abateu sobre o infeliz comerciante: " Terúcio, sua mulher o está traindo com o dentista." Torna-se desnecessário falar da reação do traído. Basta nos colocarmos em seu lugar para sentirmos o que ele sentiu. A partir de então seu comportamento mudou abruptamente. Não quis tirar satisfação com a mulher e nem mesmo com o seu amante. Não isto ele não faria de jeito nenhum. Era muito vexatório. Arquitetou sim um plano de vingança e para realizar este plano passou a viver. Quando saía para trabalhar ou para ir em algum bar conversar com os amigos tinha a certeza de que todos estavam caçoando dele, ainda mais pela profissão que exercia: lidar com touros e todos chifrudos. Realmente ele era motivo de piadas e gozações, porém, os mais íntimos embora não tocassem no assunto tinham medo de sua reação e se perguntavam: " Será que ele vai matá-la quando descobrir?" E, as dúvidas passaram a morar nos cérebros dos Pedralvenses. Foi no feriado de sete de setembro que tudo aconteceu. O açougue que estava sempre aberto a partir das seis horas da manhã permanecia fechado e, fechado permaneceu até as três horas da tarde quando o nosso amigo Terúcio apareceu à sua porta todo ensanguentado tendo nas mãos um coração pequeno, vermelho e ainda pulsante. Com passos vagorosos ele se aproximou da porta de aço, abriu-a e entrou como se fora um autômato. Na frente do açougue logo se formou uma pequena multidão formado por mulheres, crianças, bêbados, e até o padre lá se encontrava. Fortes alaridos denunciaram a chegada dos pais da Durvalina que aos berros perguntavam de sua filha, que tinha sumido de sua casa e da cidade. Sem dizer uma palavra sequer, Terúcio apareceu na porta e foi até a calçada exibindo em uma de suas mãos um gancho destes de pendurar carne com o coração fisgado em uma de suas pontas. A visão macabra da cena foi o bastante para a mãe da Durvalina gritar e desmaiar. Em décimos de segundos Terúcio foi abordado pela multidão revoltada que via no coração o coração de Durvalina e, aos berros de "assassino" o conduziram arrastado até a delegacia de polícia local. Coube ao Dr. Aparício, Delegado de Polícia de Pedralva e ao Cabo Anselmo retirar o infeliz marido das mãos da turba ensandecida e conduzi-lo sobre algemas para atrás das grades. Após insistentes ingterrogatórios Terúcio falou e falou pausadamente: " Doutor, eu sabia que minha espôsa estava me traindo... Por um tempo sem fim arquitetei um plano de matá-la, retirar o seu coração e pendurá-lo num gancho... _ Mas, não foi isto que você fez, argumentou o homem das leis. ... Pensei em fazer, Doutor, mas depois de tanto rogar a Deus por misericórdia desisti deste intento... Resolvi deixar poor conta da "LEI DO RETORNO"... aqui se faz, aqui se paga... _ E, o coração pendurado no gancho que você mostrou ao povo?, é falso? ... Não seu Doutor, não é falso... é de uma novilha Nelore, alva como a neve, que eu escolhi para imolar no lugar da minha querida Durvalina... o coração é dela... basta o senhor ir até a fazenda Bragança que encontrará os restos da novilha ainda mornos... _ E sua mulher, onde está? ... Esta madrugada, Doutor, ela fez as malas e partiu com o seu amante, o Dr. Juvenal... foram para Alfenas onde ele tem família... Antes que o senhor me pergunte Doutor eu sei de tudo isto poque ela me deixou um bilhete... aqui está o bilhete, senhor Doutor. _ É, açougueiro a sua história é triste... ... Doutor ,por favor não me chame de açougueiro... este é um tratamento vulgar...Eu sou sim, com orgulho, um MAGAREFE. Bom, amigo leitor , esta é a história do MAGAREFE Terêncio Tibúrcio de Lins. N.A. " Tomei conhecimento desta triste história quando permaneci alguns dias em Alfenas vendendo o meu livro A ECOLOGIA NO SITIO DO TAQUARAL. Sofrendo inesperadamente de uma dor terrível de dentes entrei no primeiro consultório que encontrei na praça principal. Após alguns instantes fui introduzido no consultório e atendido por uma bela dentista chamada... Dra. Durvalina. Sim, amigo leitor, a "ex" do Terúcio. Entre uma anestesia e outra e após eu me identificar como escritor ela me disse que tinha uma passagem de sua vida que daria um belo conto. E, assim eu fiquei sabendo das desventuras de Terúcio e da nova vida da agora Doutora Durvalina. Terminada a extração ela chamou seu companheiro de sala Dr. Juvenal e de mãos dadas se despediram de mim." Como o calor estava de arrebentar entrei no bar mais próximo ,pedi uma cerveja e prometi a mim mesmo que um dia eu ainda iria publicar esta história de amor e desamor... Ela é toda sua , caro leitor.

INSPIRAÇÃO ECOLÓGICA

Que maraviha! Ontém enquanto lia GOGOL tomando uma cerveja e comendo alguns petiscos e me deliciava com os contos "O NARIZ" e "DIÁRIO DE UM LOUCO", me veio de supetão uma idéia para escrever um livro infanto-juvenil ecólogico. Trata-se de um tema bastante atrativo e, até o título já me veio pronto: " A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS". Assim que terminei a leitura do livro do renomado escritor russo, abri meu notbook e delineie as primeiras frases tendo o cérebro em redemoinho com a história toda pronta. Espero a partir de hoje dar continuidade ao tema, embora esteja com 5 livros em fase de término. Se tudo correr bem e a inspiração não me abandonar e os credores me darem paz, no máximo em um mês, o livro estará pronto e, acredito que fará tão o mais sucesso de que o livro A ECOLOGIA NO SÍTIO DO TAQUARAL; obra que já vendi mais de 30 mil exemplares nas redes municipais de educação. Não me canso de agradecer a Deus este talento que me presenteou: O DE CONTADOR DE HISTÓRIAS. Dinheiro, não o tenho... mas, vou vivendo com o quinhão que me foi dado e, sou feliz!

sábado, 9 de abril de 2011

AINDA SOBRE A POUSADA "SERRA AZUL"

Fico feliz em saber que amigos se preocupam com os meus parcos"gastos" com passeios. Nem só de poesia vive o poeta. É evidente que para o poeta basta apenas e tão somente apenas o convívio diário com as estrelas; com as flores; com os pássaros e, evidentemente com o amor mas... De vez em quando também faz bem ao poeta mudar de ares. A pousada em questão não é tão cara assim como estão pensando. Quando o proprietário soube que sou poeta e escritor, fez um grande desconto alegando que seria para ele "uma honra sem precedentes receber um poeta em sua humilde pousada". Fiquei deveras honrado e claro, feliz, por desembolsar uma quantia bem menor da anteriormente acordada. Deverei passar dias maravilhosos e com certeza encherei mais ainda o meu celeiro de idéias e inspiração. De tudo o que o proprietário me prometeu de bom em sua pousada o que me despertou mais a atenção é de que ele e sua mulher adoram jogar "TRANCA" e, já estou convidado para varar as noites jogando e sorvendo deliciosas taças de vinho acompanhado de não menos deliciosos petiscos. É, a vida de poeta não é tão ruim assim. Nem só de dinheiro vive o POETA ( aliás, vive mais sem dinheiro) O importante é ter amigos que o amam e, isto eu posso afirmar sem falsa modéstia que os tenho. Que venham logo os feriados da Semana Santa!

TRAGÉDIA DO REALENGO

O que comentar? Quando uma tragédia de tal proporção se abate em uma comunidade fica difícil, senão, quase impossível falar a respeito. Atos bestiais desta natureza fogem do lugar comum e, portanto, deixam-nos, sem ação. Como ser humano, pai e avô tenho a lamentar tal desgraça. Dentro da minha pequenez só posso rogar a Deus que se apiede das almas dos atingidos e derrame sobre eles as Suas bençãos dando-lhes dentro do possível a paz necessária para seguirem suas vidas e, as crianças inocentes que se foram que As receba em seu reino de amor e misericórdia.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

PEQUENAS FÉRIAS LITERÁRIAS

Por ordem de minha coluna vertebral fui obrigado a tirar alguns dias de férias de minha vida literária. Deixei de escrever no BLOG e compartilhar minhas crônicas com meus amigos. Foram 4 dias de repouso. Algumas injeções e comprimidos e hoje me vejo praticamente restabelecido. Nestes dias de inércia fisica, mas, não de inspiração, criei alguns poemas e contos que passarei a partir de hoje a registrá-los neste BLOG. Graças à Deus estou de bem com a vida! Estou vivendo um período de calmaria. Até pouco tempo atrás estava navegando em águas perigosas... Por graça de Deus o meu barco não se arrebentou nos recifes pontiagudos e nem mesmo naufragou nas tormentas das coisas erradas que por vezes praticamos. Para maior paz estou contatando uma POUSADA maravilhosa chamada POUSADA DA SERRA AZUL onde terei a felicidade de passar os feriados da Semana Santa acompanhado da minha companheira EDNA e dos amigos Laércio e Cida... Aproveitar a vida ao máximo... este é o atual lema de minha vida!

sábado, 2 de abril de 2011

ESPERO QUE NÃO SEJA BRASILEIRO!

Após uma semana enfurnado em meu maravilhoso sítio desfrutando de todas as suas "benesses", ei que, hoje, ao abrir o meu computador fiquei estarrecido com a primeira notícia que li no UOL: " Homem denuncia " esposa" na polícia por descobrir que a "mesma" é homem. E, aconteceu na INDONÉSIA, em JACARTA. Após algumas semanas casados o dito cujo desconfiou do estado civil da(o) consorte que tinha até então se recusado a cumprir com sua "obrigação" de "noiva" sensual e fogosa; isto até o dia em que se deitaram na cama macia e suntuosa de casal. Ela ou MELHOR, ele, se chama FRANSISKA e se conheceram através da famosa rede social FACEBOK. APÓS ALGUNS MESES DE "BATE-PAPO", foram para o enlace matrimonial, agora: DESENLACE MATRIMONIAL, MESMO PORQUE não houve os desejados laços amorosos. O que mais me chocou foi o nome do sabujo: FRANSISKA. Todos sabemos que FRANCISCA É UM NOME COMUM, TRIVIAL, ENTRE NÓS, BRASILEIROS. Será que o "senhor FRANSISKA" é brasileiro? Só falta esta! Não que eu seja contra os TRAVESTIDOS, mas, o que me chateia é saber que quis dar o "golpe" do casamento contra o infeliz Insonésio. Acho que a partir desta experiência o "enganado" quando conhecer outra mulher vai querer antes ir para com tudo nas preliminares ou, talves até, ir fundo no finalmente. De uma coisa tenho certeza: Ele vai ficar esperto a partir de agora . Vai ficar esguio na hora de enfiar a mão na "CUMBUCA"