quarta-feira, 31 de maio de 2017

SOBRE O DIA DE HOJE NO MEU SÍTIO.

Hoje, fui para o sítio às 8 horas da manhã. Fui com o meu irmão Donizette. Como sempre, ao chegar senti aquela paz maravilhosa  que ele me proporciona. Tratei dos peixes, chupei laranjas no pé, liguei a piscina, e fui me deitar sob uma árvore frondosa. A paz reina no meu sítio que denominei PARAÍSO DAS ÁGUAS CLARAS, devido a abundância de água existente. Tem 8 minas de água jorrando em 4 lagos com várias espécies de peixes. Há alguns dias por 'COISAS DA VIDA" me divorciei. Foram 22 anos de relacionamento e cinco de casamento, mas... A vida segue em frente e cada qual deverá encontrar o seu destino e vivê-lo intensamente. Estou terminando o romance de minha vida sobre o MAGISTÉRIO. Devo lançar no segundo semestre. Antes, porém, vou fazer uma noite de autógrafos com duas obras de Ecologia e o Livro de poesia: CORAÇÃO SANGRANDO, fica para o ano que vem.
Eu tenho certeza de que ainda serei o "BEM AMADO", que fui outrora em São José dos Campos.       O meu lema é:  JAMAIS HAVEREI DE ME RENDER! e, sei, como bem sei, que um novo e majestoso relacionamento está reservado para mim. Basta saber esperar a hora, que vai acontecer, VAI!
Eu amo o meu sítio com seus insetos, pássaros, flores, frutas, árvores e minas de água. É o presente maior que o Senhor do Universo entregou em minhas mãos.
Estou imensamente feliz!

SOBRE PEDRAS E FORMOSURAS

Existem pedras que realçam a formosura de uma mulher,
Quando, elas, se colocam dentro de estojos raríssimos.
Temos, por exemplo, a turmalina preta, cujo mister
É, ornar os olhos profundos, dentre um mar tranquilo.

Já a pérola por sua magnitude em enriquecer tiaras,
Enriquece, também, os seios túmidos e oferecidos.
Resplandescentes dormem sobre as  virgens aréolas,
Esperando que lábios afoitos os beijem embevecidos.

No ventre trêmulo da corça que espera o macho no ardor
Incrusta-se o berilo azul no recôncavo do suave umbigo.
Mesmo que, a posse seja febril nas lides suadas do amor,
Ele, permanece, fiel e solitário, cumprindo o seu destino.


Enfim, o rubi, vermelho, como os lábios da mulher- pecadora,
Aninha-se, indolente, no âmago da flor de Lis ; flor voluptuosa,
Dentre as coxas tenras, roliças e permanentemente afogueadas
Da mulher que eu presentei com as perenes pedras preciosas.

terça-feira, 30 de maio de 2017

O CEMITÉRIO

Tantos muros deteriorados, caiados e sem vida,
Circundam o terreno áspero no cimo do morro,
Portando-se como guardiões de corpos sem guarida
Assemelhando-se a um forte frágil, em desuso.

Dentro dele brotam como cardos, esqueléticas tumbas
Que abrigam sem seu interior, corpos, em decomposição.
Como imaginar que de uma ravina, outrora, fecunda,
Rebrotem, caules mirrados, poleiros, para a solidão.

Nunca pensei que um dia a minha alma, forasteira
De alegrias, felicidades, amor e companheirismo,
Ambicionasse repousar no campo santo,oh, aforisma...
Do que é para o ser, mas, não o é, pelo cruel destino.

Muros empedrados projetam-se como labaredas frias
Nas noites em que somente os gatos se tornam humanos.
Para os que estão fora do calabouço, viver, é não ter vida,
Para os que estão dentro da tumba, morrer, é ser ufano.

O cemitério, impassível, vive, e cultua, sua cidadela.



sábado, 27 de maio de 2017

SIMBIOSE ENTRE AMANTES

Sim, por incrível que possa parecer aconteceu
Uma simbiose entre três ferrenhos amantes:
O primeiro, um beija-flor, que nunca escafedeu;
Eu, que sempre me fiz presente e relutante,
E, por fim, ela, a mulher, que nos cativou.

Fomos amantes por vários dias em tardes outonais,
Vivendo a cada momento um amor pleno e surreal:
A avezita, com sua língua comprida tirando dela "ais",
Eu, com meus lábios de fogo, beijando a boca divinal,
Ela, semiacordada, desfrutando o momento, o "dèjá vu".

Quando ela reclamava do calor o beija-flor vibrava as asas,
Refrescando a pele alva, perfumada,trêmula e ardente:
Assim, ele beijava os lábios carmim e sugava a doce baba;
Eu, me refestelava das sobras e gemia tendo o coração fremente;
Enquanto, ela, gata sempre no cio, eriçava os pelos do corpo.

Cada qual, atendia o apelo do seu amante no momento fugaz,
Uma perfeita simbiose onde os desejos se locupletavam:
Da avezita, ela tina a brisa produzida pelo vibrar das asas;
De mim, ela recebia a língua grossa e e pegajosa no doce afã,
Dela, nós, tínhamos, os beijos mais sensuais e insanos.

Porém, um dia, encontrei o beija-flor morto, na relva verdejante,
E, ela, chorosa, se descabelando, pela morte do querido amor.
Do beija-flor, ficou sem a aragem e a língua molhada e latejante,
De mim, ficou sem os beijos que avermelhavam o seu palor,
Deles, só restou, para mim, infeliz amante, os meigos vultos.



ESTRELAS ALÉM DO TEMPO - MARGOT LEE SHETTERLY

ESTRELAS ALÉM DO TEMPO é o título de um belíssimo livro escrito por MARGOT LEE SHETTERLY e publicado pela HARPER COLINS (adquiri o livro na Amazon).  Trata-se de um romance baseado em fatos reais nas décadas de 40 -50 e 60. O livro contém 342 páginas de uma leitura contagiante. Este livro deu origem ao filme de mesmo nome e que concorreu ao OSCAR 2017. Após assistir o filme e adorar, comprei o livro, o que mostrou ser mais completo na descrição da vida de três mulheres negras que trabalharam na NASA como "computadoras humanas", ajudando a enviar o primeiro  homem no espaço.
SINOPSE DO LIVRO DA CONTRACAPA:

Muito antes de Neil Armstrong pousar na Lua, um grupo de mulheres trabalhava como matemáticas para a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NACA, em inglês), que mais tarde se tornou a NASA. Elas eram conhecidas como "computadores humanos", pois estimavam com lápis, réguas e calculadoras os números que lançariam foguetes e astronautas para o espaço.
Entre elas, várias mulheres afro-americanas se destacavam. Eram algumas das maiores mentes de sua geração.Originalmente relegadas a darem aulas em escolas públicas, foram chamadas para trabalhar para o governo de seu país depois da Segunda Guerra Mundial, quando faltava mão de obra em várias indústrias.
Apesar do racismo e da segregação elas se mudaram para a cidade de Hampton, na Virgínia, e passaram a trabalhar na no impressionante laboratório de Aeronáutica. Graças a isso, os Estados Unidos conquistaram uma importante vitória na corrida espacial contra a União Soviética, estabelecendo-se como a nação que dominou completamente os céus.
A história dessas mulheres nunca havia sido contada. Até agora.
Recomendo assistir o filme. Já está sendo exibido pela Net flix.
O livro é surpreendente e deve ser lido pelos aficionados de uma boa leitura.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

SOBRE "BURACOS DE MINH0CA"

Já li e reli dezenas de vezes artigos científicos dos mais renovados cientistas, inclusive o mais brilhante da atualidade que está numa cadeira de rodas e só se comunica piscando os olhos , de que, no Universo, existem formações tidas e denominadas como BURACOS DE MINHOCA, que permitem o retorno ao passado. É evidente, que ainda não foram comprovados, mas, dia virá, e não muito distante, que serão conhecidos. As Leis do Universo estão por aí, simples e reais; basta um cérebro privilegiado para desvendá-las.
Bom, mas , para que falar dos BURACOS DE MINHOCA?
É que estou viajando pelo espaço sideral já há alguns dias e, procuro sem descanso, um BURACO DE MINHOCA, QUE ME FAÇA VOLTAR NO TEMPO.
Não quero nada de mais, apenas, retroceder uns quarenta anos, para fazer a coisa certa, já que, por todos estes anos só cometi atos e atitudes que nada me acrescentaram. Vivi, sim, uma vida de descompromissos com a realidade e normas de conduta aprovadas pelos HIPÓCRITAS. Viajei por estradas tortuosas e sem chegada... Naveguei por águas turbulentas e barrentas e, por isso, nada vi e, nada conquistei. Digo e com certeza de que fui apenas um aproveitador das inúteis facilidades que a vida me presenteou. Nada foi construído sobre alicerces de pedra, ao contrário, sobre terrenos de areias movediças.
Enfim, quem sabe eu sonho com um BURACO DE MINHOCA e, acabo dentro dele e, pela minha felicidade, retorno numa sala de aula numa Escola Estadual de São José dos Campos, onde, realmente, eu fui amado e respeitado... QUEM SABE!

domingo, 21 de maio de 2017

POR COISAS DA VIDA!

Por "COISAS DA VIDA", estou a flanar pela vida. O que fazer, se, a minha LENDA PESSOAL, exige que eu cumpra o que me está reservado? Às vezes, penso que sou um demente por sofrer tantas agruras no meu dia a dia. Desde os 10 anos de idade, que me lembro de tudo, nunca, mas, nunca mesmo, nada me foi fácil. O que conquistei, se é que, conquistei algo, foi com muito sacrifício e imensa dor. Na vida sentimental foi uma busca incessante pelo amor e, sempre afirmo, como poeta: ' 
"EM CADA PORTO, UM AMOR, MAS, NUNCA, EM CADA AMOR, UM PORTO". Na vida profissional o que conquistei foi através de muita luta e de vários Concursos. Sempre administrando o pouco, para pagar, o muito. Vivo em constante luta com o meu subconsciente. Sou um guerreiro de batalhas perdidas. Mas, se SOU O QUE SOU, não devo me lamuriar, pois, A VIDA É UM RIO DE CORRENTEZAS VIOLENTAS QUE DESPREZA AS DORES DAS ALMAS LAMURIENTAS, já escrevi em um dos meus tantos poemas ( mais de 600), são 10 livros de poemas.
Enfim. meus leais seguidores, vou à luta e, assim, viverei, pelo que me resta de vida nesta curta existência que o Universo nos reservou.

O BANHO DE RIO

Eram quatro as garotas que se banhavam no rio
Toda tarde de verão, sob o sol causticante.
Umas, chegavam de bicicletas, era o trio,
Enquanto, a morena, era a única caminhante.

Chegavam  num esbaforido como rolas na revoada,
Espadanando poeira e água pela relva verde e macia.
O grupo, num ímpeto desvairado jogavam as roupas
Dentre os sulcos das pedras recebendo o frescor da brisa.

Num estalar de dedos atiravam-se na água fresca e límpida
Imergindo os belos corpos dentre as espumas do redemoinho.
Com graça e sutileza brincavam, fazendo doidas acrobacias,
Ora, espirrando água, ora, saltitando... ninfas dos meus sonhos.

Dentre um tufo de nenúfares eu tudo via e me excitava
Sentindo-me no momento um fauno à espreita de seu regalo.
Por horas a fio, o espetáculo sensual me levava à loucura.
Porém, estático, permanecia, e só tinha, o coração, tresloucado.

Uma tarde em que o sol estava a pino no azul celestial
Em que, as garotas, nuas, exibiam as formas sensuais,
Senti, uma dor no peito,e, sucumbi, pela dor bestial.
Por um tempo gemi e, fui morrer, no rio, dos meus "ais".




domingo, 14 de maio de 2017

BONECA DE PANO

Tinha como "marca" o cabelo preto e escorrido
Sobre os ombros arqueados pelo peso da dor,
De, todo dia, faça chuva ou sol, viver o destino:
Suplicar esmolas, pedir, e viver de favor.

Menina esquálida fazia ponto sob a  estreita marquise
De uma loja, famosa, por abrigar esquivos ciganos.
Dentre eles, ela se destacava, como frágil pedinte,
Embora, carregasse um tesouro: uma boneca de pano.

Por várias vezes eu me compadeci de sua triste sina
E, tentei, convencê-la, a deixar o mísero sustento.
Ah, tudo em vão, ela, altiva, continuava, no insano

Esticar das finas e sujas mãos em busca das moedas
Que, a alimentaria e, o pedir, nunca lhe deu tréguas.
Hoje, triste, recordo, da menina da boneca de pano.







sexta-feira, 12 de maio de 2017

A GAROTA DA RODA-GIGANTE

A garota da roda-gigante conquistou o meu coração
Na primeira noite em que o parque se instalou
No terreno baldio da praça da Matriz, quando então
Eu a vi, de tranças caídas, sobre a blusa de ban-lon.

Por noites sucessivas trocamos olhares enigmáticos
Não demonstrando, talvez, a nossa excessiva timidez.
Para mim ela era a rainha  dos incríveis brinquedos
Que atraíam o povo, ávidos, por momentos felizes.

Mas, do que ela mais gostava era da roda-gigante
Que levava os jovens a sonharem nas alturas.
Volta e meia, ela dava várias voltas estonteantes
Soltando gritinhos de medo na doida aventura.

Então, uma noite de lua cheia, repleto de coragem
Aproximei-me da garota e lhe ofereci companhia.
Num repente, tendo os cabelos tocados pela aragem
Ela, sem titubear me convidou para a roda-viva.

Quando o banco balançou e balançou, na subida íngreme
Senti o seu corpo se aconchegar junto ao meu corpo.
Num ímpeto tresloucado segurei sua mão fremente
E, de olhos fechados, nos beijamos... um beijo morno.

Desde essa noite então, passei a sonhar com a excelsa magia
Do encanto que me possuiu, que me fez inocente amante...
Da querida garota ficou apenas a recordação da carícia:
Meu primeiro beijo no sacolejar da RODA-GIGANTE.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

A OLEIRA

Saia levantada... Pernas roliças, morenas e torneadas
Colo arfante... Seios túmidos, afoitos e oferecidos
Ventre trêmulo... Carne tenra, lisa e perfumada
Olhos fagueiros... Iris rutilantes ,olhares esquivos.

No chão de terra batida os pés socam o barro viscoso
Como se estivessem pisando em brasas refulgentes.
O sol, queima a sua tez, como se fora o duro lenho,
Na ardência do ritmo marcado pelo chicote inclemente.

Escrava, bamboleia o corpo sensual no árduo labor
De ser OLEIRA, na fazenda do senhor de Engenho
Seu amo, seu patrão, que a despreza e lhe causa dor
Ignorando os seus trejeitos que o inundam de desejos.

Porém, assim que o sol se põe e a noite chega silente
A Oleira, recolhe-se para a mísera cabana barroteada
Onde o catre de varas recebe o seu corpo fremente
Para mais uma infinda noite onde, "puta", reinará.

Sim, de dia, ela é a submissa amassadora de barro
Mas, ao escurecer, quando a coruja pia indolente
Ela, se transmuda na  "puta" do patrão, macho bárbaro
Que a possui, que a sodomiza, em seus desejos dementes.

Oh! Oleira, que inferniza as noites dos escravos ensandecidos
Que sonham em ter em seus catres o corpo rijo e encharcado
Do suor que brota em borbotões dos poros e da grêta inchada
Sonhos...Sonhos que se convertem em agoniados urros.

Para mim, a Oleira, nunca se fez de rogada, de mulher difícil
E, sempre que a desejei, ela se entregou, no frenesi da paixão.
Fui por um século o seu amo, o único que ficou, que existiu
Em sua vida... OH!, OLEIRA, nunca saia do meu coração.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

SENHORA EINSTEIN

SENHORA EINSTEIN - um delicioso e informativo livro sobre a vida da a primeira esposa do renomado e genial cientista ALBERT EINSTEIN. O livro foi escrito em forma de fatos reais e ficção pela escritora MARIE BENEDICT ( Mitza) e publicado pela EDITORA GENTE. São 283 páginas de muita emoção.
Tive a oportunidade de comprar este livro quando estava voltando de Porto de Galinhas e o encontrei numa livraria no aeroporto de Recife. Em dois dias li a trajetória de MILEVA MARIC, a primeira esposa do cientista e que teve com ele três filhos, sendo que, o primeiro, uma menina morreu de escarlatina ( uns acham que ela foi doada). Durante sua vida com Einstein, ela o ajudou em suas  pesquisas científicas, visto que era dotada em Matemática. Após alguns anos casada, ela se divorciou de Einstein, que contraiu núpcias com sua cunhada ELSA. Pelo divórcio, Einstein, se comprometeu em lhe entregar o valor do prêmio Nobel, que tinha certeza que o ganharia, o que realmente aconteceu, dois anos depois.
O canal NATIONAL GEOGRAFIC , está passando a série GENIUS - A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, aos domingos às 22 horas, baseado no livro em questão.
Recomendo a leitura desta obra.