E, eu, que amo tanto, tanto, tanto...
De repente me vejo num redemoinho atroz.
Desprovido das forças solucei num débil pranto,
Tentando sufocar a dor que paralisa a minha voz.
Num repente ela disse-me adeus e partiu sorrindo
Desapiedada deste amante que por um tempo a quis.
São tantas as dores que embotam o meu coração partido,
Que, na demência das despedidas, soçobrei, na tarde gris.
Querer e querer foi sempre o meu intento junto a ela,
Embora, isso, não a tenha de mim, causado juízo de valor.
Ah!, como entender a alma que se enfurna em quimeras
E, desdenha os sentimentos daquele que a quer com ardor.
E, eu, que amo tanto, tanto, tanto... ELA,
Hoje, caminho por sendas que conduzem ao desengano.
Desejo sim, neste instante, em que vivo só querelas,
Escutá-la, num doce sussurro, me dizer: EU TE AMO, TANTO...
sexta-feira, 1 de maio de 2015
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