domingo, 23 de dezembro de 2012

UMA LEITURA QUE RECOMENDO!


Hoje, assisti no Fantástico, que um garoto de 7 anos de idade já leu até o presente momento mais ou menos 500 livros. É de se admirar, pois, no Brasil, o hábito da leitura não é cultuado. Raras são as livrarias que sobrevivem abertas por um longo período. Geralmente, fecham, no primeiro ou segundo ano de vida. Em minha cidade, Taubaté, existem e sobrevivem 3 livrarias e, isto, para uma cidade universitária e com quase 300 mil habitantes. Nada diferente ocorre nas demais cidades do nosso querido Brasil. Para ilustrar: em Buenos Aires, praticamente, existe uma Livraria em cada esquina. Bom, voltemos ao nosso garoto intelectual: Os pais, com muita felicidade, incentivam o filho, presenteando-o, com livros. Diferentes de muitos pais que preferem presentear seus filhos com armas de brinquedo; é a anti-cultura grassando pelos lares que futuramente abrigarão adolescentes agressivos e perigosos à sociedade. Aproveitando um "gancho" nesta alvissareira notícia recomendo aos meus seguidores a leitura do Livro: NIETZSCHE PARA ESTRESSADOS, de ALLAN PERCY,

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

UM TEMPO CINZENTO!


Faz muito tempo que eu não contemplo um tempo cinzento. Para contemplar um tempo cinzento é necessário de que os olhos estejam imersos em um oceano cinzento; imersos num deserto povoado por sombras cinzentas; imersos numa tempestade de nuvens cinzentas ou, o melhor, que estejam possuídos por uma decepção extremamente cinzenta. Quando contemplamos paisagens multicoloridas emolduradas por um tempo salpicado de cores fortes, certamente a alma está sorrindo para a vida. Não se pode ter o coração e a alma imersos em torvelinhos de nuvens escuras e ao mesmo tempo contemplar o belo; isto não existe; é utopia.Viver realidades duras e palpáveis faz com que os olhos se tornem inertes para as cores. De que adianta ter frente aos olhos rosas escarlates se a alma se recusa em apreciá-las? É o mesmo que se envolver com tecidos de riqueza ímpar, mas, sabendo, de que o corpo, continua nu. É necessário estar decepcionado com alguma coisa qualquer para se ver o mundo cinzento. Hoje, acordei com a sensação de que tudo à minha volta está tingido por uma cor cinzenta. Sabendo de antemão de que o coração, a alma e as células que me compõem estão em desalinho com a felicidade, resolvi não me levantar da cama. Como uma serpente, me embarafustei dentro dos lençóis e permaneci em um silêncio nostálgico pelo tempo que me foi preciso. Se demorou ou não o meu estado letárgico não o sei precisar; só sei que depois de muito tempo voltei à vida e pude pouco a pouco contemplar o vazio em que estava imerso... um vazio não muito cinzento. Algumas manchas de cores variadas dançavam à frente dos meus olhos  e, uma névoa esbranquiçada serpenteava pelo vazio do quarto procurando as frestas existentes para escapar e seguir o seu destino. Vi, após muito tempo, tudo colorido e, compreendi de que a minha decepção tinha pegado"carona" com a fumaça e se esvaiu, deixando-me um pouco mais feliz. Incrível, mas, pude visualizar no pouco que restou da névoa no quarto uma figura sensual de uma mulher, que, balançando os cabelos e acenando com as mãos de mim se despediu. Sem dúvida alguma era ela, a mulher, que estava atormentando os meus sonhos e que, sempre que tentava abraçá-la, ela se desprendia com uma graça infinda. Que decepção não poder tê-la, materializada, em meus braços. De decepção em decepção passei a contemplar tudo cinzento... Ainda bem que ela se foi para outras plagas, atormentar outro amante, que, certamente, passará a contemplar tudo cinzento.  

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

UMA VONTADE DE EXPLODIR EM VERDADES!


Sim, estou com uma vontade enorme de explodir em verdades. Não sei dizer se este sentimento vem da alma ou das bestialidades que ouço e contemplo no meu dia a dia. Só sei dizer de que elas teimam em galgar minha garganta e chegam em borbotões à boca e, como labaredas pedem "pelo amor de Deus" que saiam e, atinjam sem dó e nem piedade àqueles que usam de má fé para enganar os incautos. Às vezes, penso, que sou um grão de areia no meio da praia; inerte, fraco, mudo e desprovido de vida, mas, sei que isto não é verdade. A partir de agora vou deixar que as verdades voem em projéteis aos ouvidos dos calhordas; mentecaptos. corruptos, tubarões do asfalto e párias da sociedade. Chega de eufemismo!
Para iniciar digo a plenos pulmões: Que vá para o inferno os "pastores" milagreiros que usurpam sem piedade os inocentes "fiéis", sugando até o último centavo o pouco que possuem;
Que vá para um silo repleto de merda os políticos que roubam descaradamente os cofres públicos do nosso Brasil;
Que se exploda em doenças infecciosas e letais os estupradores e assassinos de pessoas indefesas...
Por hoje é só... estou com a alma lavada.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

EU VI O QUE NÃO QUERIA TER VISTO.

Eu vi o que não queria ter visto.
A despeito de ter os olhos fechados, eu vi.
Vi, ou não vi, não importa saber o certo, muito menos o errado.
A escuridão tomava conta de mim e das paisagens que não existiam.
Se existiam, onde estavam que não as via?
Mesmo que meus olhos permanecessem fechados, imagens dançavam à sua frente.
Sei que eram imagens porque fiapos de vestido batiam em meu rosto.
Não sentia frio, fome, dor, arrepio ou medo.
Era tudo aquilo que tinha de ser, menos eu.
Eu sempre fui o inverso do real; o antagônico da existência.
Quando achava que era homem, era espectro;
Quando achava que era romântico, era pétreo;
Quando achava que era fecundo, era estéril...
Sempre achando o que podia ser, mas que na verdade, nunca o fui.
Mas, eu vi.
Vi coisas irreais se tornarem reais.
Vi também coisas irreais se tornarem reais.
Enfim, de tudo o que vi, não vi o amor à minha frente.
Não vi a mulher cujos fiapos de vestido me açoitavam.
Vi, sim, um vulto fantasmagórico se distanciar de mim.
Por tudo isto e pela solidão que me envolveu, eu afirmo:
Eu vi o que não queria ter visto.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

FATALIDADE, OU COISAS DA VIDA?

Aconteceu na Ilha do Governador - RJ. Um fuzileiro naval após a celebração de seu casamento, ao sair para a rua, tropeçou e quebrou sobre si mesmo uma taça que estava levando no bolso. O vidro quebrado seccionou a veia femoral. Ensanguentado ele foi levado para uma UPA, que alegou não poder atendê-lo por falta de condições técnicas; em seguida foi levado para o hospital que também não o atendeu por falta de médico. Logo após veio a falecer.
Qual é a conclusão que chegamos deste lamentável incidente? Muitas e talvez nenhuma. Concreto mesmo temos o fato de levar consigo uma taça no bolso. Seria imprescindível trazer consigo o objeto? Quanto às instituições médicas fica provado de que não estão aptas a socorrer um acidentado. Fora isso podemos entrar no terreno do abstrato: destino?, chegou a sua hora? Forças do além que vieram resgatá-lo?
É difícil encontrar uma solução plausível. A morte, por si só tão dura, não permite questionamentos de nenhuma ordem. Para quem ficou, ficam as perguntas. Pra quem foi, fica o desconhecido.
Fatalidade ou Coisas da Vida?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O SOL QUE NÃO GOSTA DE FERIADOS, OU, A CHUVA QUE AMA OS FERIADOS!


Não dá mais para viver assim!
O Sol, rei-astro, está odiando os feriados. É incrível como esta relação de ódio entre eles está acirrada. Basta, aparecer na folhinha um dia marcado em vermelho, para o Sol, ficar vermelho ( já o é) de raiva e se recolher em seus aposentos. Assim, que ele se recolhe, fecha todas as portas e janelas do Universo com chaves e cadeados  e se põe a ferver de alegria: Um feriado sem Sol, não é um feriado que se preze. É o mesmo que, uma festa sem cerveja; um baile sem mulheres; um poeta sem inspiração; um político sem corrupção; um casal de amantes sem tesão... É uma aberração. Ao mesmo tempo, que o Sol, está enjoado de feriados, a chuva passou a amá-los. Realmente, se tornaram fenômenos antagônicos.
Vai chegando o feriado: O Sol, lentamente, com ares de deboche e desprezo vai se recolhendo aos poucos: ele adora passar a imagem de que fez as pazes com o feriado. Ah, ledo engando. Aos incautos fica a impressão de que desfrutarão de uma cachoeira de raios solares: compram bronzeador, fazem planos e vão para a praia. O Sol é terrível. Assim que ele contempla a praia apinhada de banhistas, ele vai pouco a pouco se recolhendo dentre as nuvens: lençol de sua cama macia e, fica rindo às gargalhadas dos atônitos e afoitos adoradores de Hércules e Diana.
Vai chegando o feriado: A chuva espera pacientemente que os "esperançosos" se ponham como formigas pelas estradas em busca da merecida diversão e descanso dos dias atribulados. Basta ela contemplar a estrada repleta de veículos torrando ao Sol, para que se faça aparecer e, vem em forma de trovoadas, tempestades e frio. Só desgosto; dinheiro perdido; brigas entre a família e, decepção, muita decepção.
De hoje em diante, vou tentar enganar o Sol: quando chegar um feriado vou gritar a plenos pulmões de que não vou sair de casa; quem sabe assim ele não queira me punir. Quando eu notar de que ele está brilhando no firmamento, saio de mansinho, entro no carro, amordaço a mulher, as crianças e o cachorro e vou deslizando de mansinho pelo asfalto quente em direção à praia.
Serei feliz duas vezes: a primeira por enganar o Sol e a segunda por dirigir até o litoral sem ouvir os ganidos do cachorro e as vozes esganiçadas dos meus entes "queridos".
Arre, Sol!
Arre, Chuva!

DA BANALIZAÇÃO DA VIDA



Um dia, num passado muito remoto, um homem das cavernas assassinou um seu companheiro. Foi um crime premeditado? Havia motivo para tanto? Houve violência em excesso? A morte ocorreu com requinte de prazer? Qual a relação entre os dois?... È, evidente, que estas perguntas ficarão sem respostas. Mas, é possível responder sem medo de errar as mortes, ou melhor, os assassinatos que ora ocorrem com frequência nas noites escuras ou não da Capital do nosso Estado de São Paulo. A violência desmedida está grassando como praga nos atemorizados paulistas. Toda noite, crimes bárbaros são cometidos impiedosamente e, geralmente, não importa aos criminosos quem é quem, na hora de puxarem o gatilho. Mata-se pelo simples ato de matar. Alguns são marcados para morrer por decisão do alto comando do PCC; outros morrem por estarem no local errado, na hora errada... Destino ou "chegou a hora de morrer".
Não importa, importa sim, saber que estamos vivendo um período de matança indiscriminada. E, o governo o que faz? Tudo, ou nada, dependendo do foco analisado. É um guerra inglória. Seres humanos não aniquilados como se fossem figuras abstratas; como se não fizessem parte deste ecossistema maravilhoso criado pelo Ente Supremo. Toda guerra tem início, meio e fim. No início, as pessoas não dão muito valor; acham que vai terminar logo. No meio, já terrificados, oram a Deus para que cesse logo e, quando vai chegando o fim, já sem forças; sem credulidade e subjugados pela dor da perda de entes queridos tornam-se apáticos e não possuem forças para lutarem. Os déspotas; ditadores e assassinos só sobrevivem pela violência; são vencedores quando "quebram" o indivíduo em pedaços, usando para tanto coerção moral ou violência física.
É o que está ocorrendo na maior cidade do país: a população honesta, trabalhadora, amedrontada está cedendo espaço para os bandidos. Vivemos hoje uma inversão de valores: sobrevive o mau; o canalha; o corrupto. Enclausura-se em suas "cavernas" o homem íntegro.
Até quando viveremos a BANALIDADE DA VIDA?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A BUSCA DA ALMA!



Li, hoje, na UOL, de que cientistas podem provar a existência da alma. O que há de novo nesta notícia? Nada!
A  existência ou não da alma é mera especulação de quem não tem coisa melhor a fazer. Vive-se, desde que o mundo é mundo com a ferrenha crença na existência da alma. Por que, hoje, o homem, fica procurando pelo em ovo? Será que se eles declararem que a alma existe, ou, não existe, mudará alguma coisa? Muda alguma coisa declarar a existência de água em Marte? Existem certo fatos que não devem ser questionados, pois, não alteram em nada a vida dos milhões e milhões de simples mortais que nasceram, viveram e vão morrer com a crença já arraigada em verdades inquestionáveis. Uma delas é a certeza da existência da alma.
Muda sim, descobrir uma vacina ou seja lá o que for par a cura do Câncer; um remédio que previna o infarto fulminante; o retardo da velhice... enfim, algo que seja palpável e, não, um fato abstrato. O melhor que estes cientistas da "alma" fazem é se fecharem em seus laboratórios e descobrirem o porquê dos homens encetarem tantas guerras civis; dos facínoras matarem impiedosamente pessoas inocentes... Deixem a alma em paz. Se existe ou não existe é um fato que não vai alterar em nada o destino da humanidade. Bem, agora vou desligar o computador e vou dormir e, comigo vai a minha alma, ou não vai... O que muda? O sono virá de qualquer maneira como veio neste 67 anos de existência. Se durmo bem, a alma também dorme; se tenho pesadelos, a alma também os têm... E, se um dia me chegar a notícia de que a alma não existe: deixarei de dormir bem?, deixarei de ter pesadelos?, deixarei de viver?... Ah, balelas, somente balelas.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA!


Existem lei e mais leis criadas pelo homem desde os primórdios da humanidade. A cada delito que é sacramentado, uma lei é criada. Assim, viveram os homens e assim vivem ainda em nossos dias atuais. Milhares de leis foram instituídas com o objetivo único de resguardar os direitos de cada um. É querer ser mais realista do que o rei pretender ter o domínio de um milésimo que seja das infindas leis que grassam pelos 4 cantos do nosso planeta Terra. Porém, de uma eu tenho certeza de que todo e qualquer ser vivente está sujeito a ela: A LEI DO RETORNO.
Esta lei é implacável; não perdoa ninguém. Pode ser rico ou pobre; gordo ou magro; homem ou mulher; católico ou protestante; idiota ou gênio... Ela não derrama misericórdia à ninguém. E, o mais importante: não está escrita em livro nenhum; não adianta pesquisar que não vai ser encontrada. Como toda lei é abstrata, porém, de um abstracionismo abissal. Ela nunca se faz anunciar. Às vezes demora anos e anos para atuar, mas, chega e chega, com a intensidade de um furacão. Não adianta, depois de ser submetido à ela, cruzar os joelhos e suplicar a Deus que a extingua... é perda de tempo, mesmo porque, ela vem das alturas onde habita o Todo Poderoso.
Se um dia, você acordar e sentir sobre o peito uma opressão terrível, pode ter certeza de que a LEI DO RETORNO, está trabalhando em você. Basta apenas, ser humilde e relembrar tudo aquilo que você fez para estar onde está hoje... Durante a caminhada você vai se lembrar de atos que no momento julgou desprezíveis, porém, eles foram pesadíssimos para alguém: você feriu alguém , julgando-se intocável e, hoje, a LEI DO RETORNO vem cobrar o seu quinhão.
Meu amigo(a), espero que um dia, ela não te procure, pois, se isto acontecer, certamente você será um miserável à mais a lamentar os pecados cometidos.
Será que um dia, a LEI DO RETORNO, me alcançara?
Quem viver, verá!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

REFÉM DA CALORIA



Quem diria que um dia eu ( ou o mundo todo) seria refém da caloria. É, o que está acontecendo nos dias de hoje.
Vivemos em função da quantidade de caloria ingerida e da gasta. É uma loucura ficar a todo momento lendo nas embalagens a quantidade de calorias que o alimento possui. Tornou-se uma verdadeira neurose fazer a conta do que ingere e do que gasta.  Está mais complicado do que fazer as contas do cheque especial no final do mês. Existem, hoje em dia, especialistas e mais especialistas dando as "regras" mágicas para se conviver com as tais famigeradas calorias e tabelas surgem mais rápidas do que num piscar de olhos. Assim é que, se quisermos ter uma vida "agradável", devemos nos submeter ao seu jugo. É andar com a máquina de calcular no bolso e ficar as 24 horas do dia fazendo as contas e no final ter a conclusão se ganhamos peso, ou não. É comer uma barra de cereal, calcular a caloria e ver o deve se fazer para gastá-la; um pastel ingerido dá um trabalhão enorme para equilibrar a caloria. O bom (se é que existe) é que fazer sexo pelo menos durante 30 minutos, gasta 300 calorias. O problema está no tempo necessário e na quantidade de vezes por semana. Quando se trata de um jovem de 20 anos, tudo bem e, no caso dos que estão gozando (desfrutando) da coisas da melhor idade? Como consumir 300 calorias em 30 minutos de sexo, pelo menos 3 vezes por semana? Devemos pensar antes na famosa relação CUSTO & BENEFÍCIO: CONSUMO DE 3 VIAGRAS; ALGUMAS TAÇAS DE VINHO; REMÉDIOS PARA COLUNA; ENERGÉTICOS COM GUARANÁ... Tudo isto deve dar mais de 300 calorias e, então o que fazer? Nada pode ser feito contra este terrível verdugo chamado CALORIA. Só existe um remédio: viver como viviam nossos avós, quando não se cogitava deste "modernismo" e consumiam a bel prazer todas as guloseimas que enriqueciam uma lauta refeição... Muitos deles estão até hoje vivendo de barriga cheia, sem se preocuparem com as tais malditas CALORIAS.
Ah, vou parar de  escrever ( embora tenha gasto 12 calorias) e vou tomar o azulzinho para tentar perder não 300, mas, digamos umas 140 calorias... e, tá bom demais.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

VIVENDO DE EXPECTATIVAS



Por mais que a gente queira viver na real, é impossível. Vive-se mais de expectativas do que de fatos reais. O real (fato) está sempre ao nosso alcance; ele não se faz de rogado para conviver com o nosso âmago. Posso até afirmar sem medo de errar de que ele é mesmo comum; digamos que no mundo das aquisições materiais ele é "carne de vaca". Se você deseja ter um carro, hoje, você terá; basta não ser exigente. O real (fato) é nosso companheiro do dia a dia. É real sentir fome e logo em seguida "matar" o desejo; é real, olhar ao redor e contemplar tudo aquilo que de um jeito ou de outro está a nos oferecer... agora, viver de expectativas é somente e tão somente para os que sonham uma vida melhor. Às vezes nós criamos e vivemos uma expectativa e, lutamos muito por ela, pois, elas, são raras e portanto, difíceis de serem alcançadas; são jóias belíssimas no meio de tantas bijuterias. Por um tempo, criei uma expectativa e lutei como um gladiador para torná-la real... tudo em vão, pois, tratei-a como algo simples de conseguir. Ah, ledo engano.Deveria sim, tê-la tratado com mais respeito e consideração. Por que errei? Porque não soube valorizar o cerne dela. Enquanto a tratava como um arbusto desprovido de raízes, ela, criava mais raízes e mais se distanciava de mim. Bem feito para mim. É errando que se aprende e, eu, errei e muito, quando não soube transformar a minha expectativa num fato real (comum). Hoje, mais amadurecido e cheio de cicatrizes pelos constantes erros, estou mais cauteloso. Por incrível que possa aparecer estou criando uma nova (ou velha; ou a mesma) expectativa. Se vou sair vitorioso ou não, só o tempo dirá, mas, de uma coisa tenho certeza; não cometerei os mesmos erros; terei mais perseverança; serei mais cauteloso e, o mais importante: lutarei com todas as minhas forças para torná-la real...
QUEM VIVER VERÁ!

sábado, 20 de outubro de 2012

DIA DO POETA



Hoje, é o dia consagrado ao POETA. Mas, as coisas não andam bem para os Poetas.
Se olharmos para o céu, ficamos perplexos por tantas agressões e constante violação da intimidade dos nossos queridos e inspiradores ASTROS. Assim é, que, o homem que não é poeta, já feriu a Lua com naves; mastros e toda sorte de instrumentos científicos;
Com seus instrumentos potentes, penetrou na intimidade de tantos outros astros, isto, sem falar, na devassa que está fazendo na Via Láctea.
As flores sobrevivem às duras penas com a agressão pelos inseticidas;
Os pássaros cada vez mais se retiram para lugares distantes, procurando fugir da sanha assassina dos nossos ditos mortais e inteligentes;
O clima, parece que está com Labirintite: um dia aparece de um jeito; outro dia aparece completamente antagônico ao anterior. Parece com um bêbado que não sabe para onde vai; se vai... o que diz, ou, o que não diz... Não dá para confiar e nem entender mais nada.
As mulheres... como saber se realmente é uma mulher que está a nos inspirar para compor um poema? As lindíssimas, se assim o são, graças a muita cirurgia plástica.... E a beleza natural? Onde estão as morenas de lábios de mel como descrevia  José de Alencar?
Tá difícil ser poeta nos dias de hoje.
Mas, de qualquer maneira, vamos tocando o barco e de preferência carregado de ilusões, esperanças e amor, muito amor... Inspiração? Cavamos-as em minas profundas dentro do nosso cérebro sonhador.
Parabéns a nós poetas, que nunca desistimos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


UM SURTO CANINO




A tarde estava maravilhosa. Bento Palhares, como sempre, aproveitava o tempo livre, visto que, a dedicada patroa tinha ido ao Shoping com sua amiga inestimável Heloísa para fuxicar as lojas: sempre encontravam algo para comprar, ou, se não comprar, pelo menos para fazer de conta _  para ele se deleitar e se esparramar no sofá e curtir o futebol das tardes de domingo. Era sagrado estar sozinho e vibrar com palavrões que vociferava dentre as jogadas do seu time de coração: o Corinthians. Bom, nesta tarde tudo estava transcorrendo dentro da normalidade: as cervejas suando no congelador; o prato de tira-gosto na mesinha central; as calças jogadas a esmo sobre o grosso tapete; a porta trancada (por fora, a consorte esqueceu de deixar as chaves); o canal de transmissão do jogo sem uma única sombra (LCD impecável de 42 polegadas), enfim, estava instalado para assistir o jogo como um paxá. E, o juiz deu o apito inicial e o jogo começou e, no mesmo instante, começou um cachorro a latir desvairadamente em algum apartamento superior (o prédio tem 12 andares). A princípio, Palhares não se incomodou, pois, pensou: é questão de minutos e o cãozito ( no prédio só tinha cães de madame) fecha a goela. E, o jogo continuou indiferente aos ganidos, agora, já irritantes do fudido – primeiro palavrão que lhe veio à boca cheia de salaminho. Num gesto natural, Palhares, colocou uma almofada sobre o lado exposto da cabeça, tentando assim, amenizar os latidos que ecoavam pela sala como explosões de bombinhas de São João. Num instinto natural pegou o controle remoto e aumentou o som, mas, qual o quê: os latidos não cessavam e à medida que o tempo passava, eles ficavam mais altos e mais aterradores no cérebro do pobre torcedor fanático do Timão. Palhares, aproveitando o intervalo do jogo (o Timão estava perdendo de dois a zero para o último colocado da tabela), se dirigiu para a porta da rua com a nítida e ferrenha intenção de identificar de que andar vinham os malditos ganidos e silenciá-los de uma maneira ou de outra; tudo em vão, pois, a porta estava trancada e ele não tinha outra cópia. Desesperado pela sua fragilidade em não poder sair do apartamento e resolver o impasse à sua maneira, xingou, entredentes,  a consorte que levianamente o deixou preso à mercê dos ganidos ensurdecedores. Para ele, agora, o jogo já não tinha a menor importância; precisava sim, ficar livre dos latidos frenéticos que ribombavam tanto pelos seus ouvidos, quanto, pelos quatro cantos do apê. Quase chegando às raias da loucura, pegou o interfone e ligou para o porteiro exigindo que providências fossem tomadas imediatamente para silenciar o abominável vira-lata (deixou de ser cãozinho de madame). Para piorar a situação, ouviu do pacato porteiro de que a dona do apê e consequentemente do cão, estava viajando, e só voltaria no dia seguinte, portanto, não podia fazer nada _ único jeito é aguentar, aconselhou ao  candidato à loucura, Bento Palhares.
A tarde continuava magnífica. No céu azul, nenhuma nuvem pairava... Se existiam nuvens, estas estavam dentro do cérebro atormentado do infeliz corinthiano. Desesperado, sentindo-se um naufrago, à deriva, procurou refúgio no primeiro porto-seguro que encontrou: imiscui-se sob o tapete felpudo da sala. Como uma cobra; como uma minhoca; como um verme qualquer foi se enfiando na vã tentativa de ficar protegido dos insistentes ganidos do miserável vira-lata. Tudo em vão. O que conseguiu realmente foi encontrar um par de brincos e uma tiara de cabelos que a fudida ( seu estado de ânimo estava péssimo) tinha perdido e tinha colocado a culpa na pobre da empregada. Por mais que se enfiasse no inusitado abrigo, mais chegava até ele os ganidos satânicos. Doido e com uma dor atroz nos ouvidos entrou como um réptil por baixo do sofá: nada... os latidos continuavam em sua tarefa de enlouquecer o nosso torcedor. Numa última tentativa desesperadora tentou se atirar da janela, mas, no último momento sentiu uma fisgada no lado direito do cérebro e caiu, imediatamente, no chão de porcelanato escorregadio do apê e, inexplicavelmente para ele, começou a latir ; a ganir; a rosnar entredentes e, o mais curioso: a andar de quatro pelos cômodos bem cuidados pela sua senhora. Ganindo, agora mais alto do que o miserável cãozito, foi até o quarto e mijou , erguendo uma das pernas, na cabeceira da cama, molhando com o líquido   amarelo e nauseabundo a colcha de cetim: orgulho da sua (megera) esposa. Em seguida, dando vários saltos e siricoteios foi até a cozinha onde devorou os restos do frango assado que estava sobre a pia; ainda correndo pela casa e latindo a plenos pulmões pôs-se a arranhar o sofá de couro e, não satisfeito, pôs-se a arranhar as paredes do apartamento visinho, onde reside uma velha senhora, ranzinza e sofredora de otite (inflamação dos ouvidos). Para encurtar a história, basta dizer de que os moradores do prédio não suportando por muito tempo os latidos do corinthiano Palhares e, como a porta estava trancada e ele não a abria, chamaram os bombeiros pra resolver o impasse canino. É claro que num abrir e fechar de olhos a porta foi aberta e qual não foi a surpresa de todos quando depararam com o fiel corinthiano acuado num canto mostrando as garras (unhas) e arregaçando os beiços expondo os caninos pontiagudos e eriçando os pelos do corpo: estava pelado. Os bombeiros ficaram amedrontados com a ferocidade do pobre cão, quero dizer; do pobre homem, que, em posição de ataque se preparava para defender o seu território e o resto dos ossos de frango espalhados ao seu redor. Com muito custo conseguiram lhe passar uma corda pelo pescoço. Com muita paciência e usando de psicologia animal (passaram a chamá-lo de Rex), ele saiu arrastado e ganindo e de quando em quando mostrava os dentes em atitude ferina. Do apartamento seguiu direto para o Pronto-Socorro Municipal onde uma junta psiquiátrica se interessou pelo seu inusitado mal. Pelos seis meses seguintes, Palhares, foi alvo de muitos médicos, questionamentos, entrevistas e cuidados mil, a ponto de ter uma cadeira cativa no plantão médico do Hospital Municipal. Centenas de estudantes da Faculdade de Medicina queriam a qualquer custo conhecê-lo e anotar as suas querelas. Com o passar do tempo e a poder de muito remédio faixa preta ele foi aos poucos voltando ao seu normal. A primeira coisa que evidenciou o início de sua cura foi deixar de roer ossos; em seguida deixou de mijar no pé dos móveis e por último, abandonou os ganidos que ainda dava quando era noite de Lua cheia. Problema mesmo, só deu, quando uma cadela Labrador do apartamento vizinho entrou no cio. Foi um “Deus nos acuda” para mantê-lo preso no apê. De todos os predicados caninos que tinha tomado conta do seu “EU”, só restou mesmo o hábito de dormir enrodilhado ao lado de sua mulher e de vez em quando coçar o corpo como se tivesse expulsando algumas pulgas inconvenientes. O amigo leitor deve estar se perguntando como eu fiquei sabendo de sua tragédia e eu respondo: “ Eu fui o primeiro psiquiatra que cuidou dele e, a mim, ele se abriu, sem antes, porém, me dar uma mordida na mão. A cicatriz ainda está viva em minha mão para quem de mim duvidar.”
Em tempo: Bento Palhares depois de curado, nunca mais assistiu futebol pela TV e, no seu laudo, para dar entrada na Ford solicitando licença médica, todos nós, psiquiatras que dele cuidamos, fomos unânimes em declarar  “ O paciente Bento Palhares teve um SURTO CANINO”.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

QUANTOS PINGOS DE PACIÊNCIA AINDA FALTAM PARA TRANSBORDAR O CÁLICE?



O cálice está pra transbordar. É impossível continuar a conviver com tanta superficialidade.
Todo fim de semana é a mesma coisa: Discurso e discurso de banalidades. Quando esperamos que o fim de semana seja repleto de coisas novas e agradáveis, eis que, a banalidade se investe de superioridade e nos insufla de diz-que-diz, sem dizer nada. E, o pior, é que devo aceitar, ou melhor, me resignar e dizer amém.
Antes, eu esperava o fim de semana para coroar os dias comuns com algo que me fizesse feliz, mas, infelizmente a realidade é outra: é um desastre.
O que fazer? Sim, o que fazer quando torna-se impossível reagir ou tentar reagir. Mesmo todos vendo que o cálice está para transbordar o barco continua no seu rumo: um rio de banalidades; papo-furado e, muita, muita, baboseira.
Será Carma?, ou apenas uma inércia.
Mais um fim de semana imerso no vazio... Preciso preencher a minha alma com coisas sólidas, mesmo que seja a composição de um poema.
Poema?, ou um conto tenebroso?
Arre!!!!!!!!

5 COISAS QUE ME DEIXAM ENGASGADO NA REDE GLOBO

Das inúmeras chatices da Tv Globo destaco 5 que me irritam sobremaneira:

1. A voz do Faustão nas tardes de domingo;
2. A voz do Galvão Bueno nas transmissões esportivas;
3. O papo furado dos apresentadores do Link Vanguarda ao meio dia;
4. As risadas da Sandra Anemberg no Jornal Hoje;
5. A frivolidade do programa da Fátima Bernardes.

Poderia citar muito mais, mas, os meus leitores poderiam também me enquadrar como um chato.
É melhor ir aos poucos.

sábado, 6 de outubro de 2012

Um pouco de Tudo... Um pouco de nada



Assim é a vida: Um pouco de tudo... Um pouco de nada.
Se, de tudo temos um pouco, é porque do pouco temos tudo.
Basta apenas nos contentarmos com o pouco que nos é dado , para termos o tudo que às vezes achamos que não vamos tê-lo. Ter e não ter, se resume na luta diária de todos aqueles que se dizem racionais. Não importa para um boi se ele é dono ou não das pastagens. Basta sim, a ele, saber que terá no momento necessário o quinhão que lhe é reservado. Porque, ambição, não reside em seu cérebro. Diferente é o homem que vive em busca do possível e mais ainda, do impossível. Dê ao homem um pedaço de terra cercada e ele, não descansará enquanto não ver a cerca por terra. Para conseguir ampliar o seu quinhão, ele se lança de todos os métodos saudáveis ou não; não importando o que é certo ou deixa de ser certo. Ter tudo e não ter nada é o mesmo para quem tem bom senso e a crença num Ente superior: È feliz com aquilo que conquistou. Existem homens que amargam momentos de trevas em suas vidas por não terem mais do que suas mãos podem abarcar. O ex- dono da APLE, Steve Jobs conquistou e acumulou uma fortuna grandiosa e, no entanto, afirmou, antes de morrer de que seria o " HOMEM MAIS RICO DO CEMITÉRIO!". Podemos afirmar sem medo de errar, de que ele teve tudo e, não teve pouco. Melhor seria se ele tivesse tido um pouco de tudo e tudo de um pouco. Certamente, ele poderia afirmar de que seria o homem comum no cemitério dos comuns. Hoje, durmo com a consciência e a alma em paz, pois, tenho um pouco de tudo e tudo de um pouco.
Sou feliz por ser um mortal comum.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A HORA E A VEZ DOS...CNPJ


Nunca eles estiveram tão em alta, quanto agora. Só mesmo o período eleitoral acompanhado do famigerado horário político eleitoral para colocá-los em destaque. Eu sei e disso tenho certeza de que muitos estão vivendo o seu dia de glória. Também, pudera! São endeusados e idolatrados como artistas de primeira grandeza. Alguns que há muito estavam no anonimato, explodiram em aparições diárias na mídia... Tornaram-se artistas do dia para a noite. Outros, então, se enchem de orgulho quando saem pelas ruas estampados em cartazes e faixas. É, incontestavelmente, chegou a hora e a vez dos CNPJ. E, como isso acontece?, deve se estar perguntando o amigo leitor; é muito simples. Basta um apaixonado pelos problemas da cidade ( e nunca pelos $$$$), se registrar no cartório eleitoral por um partido qualquer em busca do titulo de "nobre" e de " vossa excelência", para garantir o direito de estampar junto ao seu nome ( sempre desconhecido) o nome de seu estabelecimento comercial ou, da empresa onde trabalha... e o CNPJ o referenda. Assim é que temos uma enxurrada de CNPJ circulando pelas mais diferentes plagas desse imenso Brasil. Quem ainda não deparou com:
- Zézinho do Bar Pinga de Ouro;
- Ditão da Borracharia Prego dePrata;
- Ludovica da Boate Vai que é Mole;
- Aristeu da Farmácia Veado Vermelho;
- Teodorico da Mercearia Sorriso Franco;
- Juquinha da Pastelaria da JUJU;
- Alcebíades o Palhaço do Circo Jupiara;
- Bola Sete do Bilhar Quatro Esquinas;
- Zeca Ferradura do Ponto de Carroças do Mercadão...
E, assim, meus amigos pra frente. O que seria de tais candidatos sem o apoio do CNPJ?, ah,no mínimo seriam infelizes desconhecidos da população. Pensando em tudo isso cheguei à conclusão de que ao invés de procurar saber dos "dotes intelectuais" dos bizarros candidatos, é preferível investigar o CNPJ dos estabelecimentos comerciais citados: Está progredindo?; já foi alguma vez à bancarrota?; Pode tirar certidões negativas no fisco?, ... Em que país estamos?. onde o CNPJ qualifica o indivíduo para disputar eleições... Eu ficaria imensamente feliz se deparasse com uma propaganda eleitoral assim: CORONEL MARCOS PONTES DA ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL... Aí sim, ficaria bem os adjetivos "nobre" e " vossa excelência", mas, ao mesmo tempo ficaria indignado quando ele e seu nobre par Zeca ferradura do Ponto de Carroças do Mercadão ( supondo que os dois venceriam o pleito) serem chamados à tribuna da Câmara de Vereadores para um debate... Com todo o respeito que vocês leitores merecem, mas... QUE MERDA, HEIN?

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

UM SUCESSO TREMENDO!



Sim, a Noite de Autógrafos do meu 10 livro de Poemas: Do corpo,da alma e do vento foi um sucesso tremendo. Mais de 200 pessoas compareceram no evento. O salão nobre do TCC ficou completamente lotado, sendo necessário buscar cadeiras e mesas para acomodar tantos amigos. Foram vendidos 85 livros o que é um feito heroico numa noite de autógrafos, ainda mais se tratando de um livro de poesias. Estou muito feliz.
Breve, muito breve, lançarei o próximo livro: ALBATROZ VAGABUNDO... O sucesso está me farejando e logo ele vai me achar... é só acreditar e não desistir.
Obrigado aos meus queridos amigos que me prestigiaram.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

UMA CORRERIA DANADA

Sim, estou numa correria danada pra dar conta da Noite de Autógrafos do meu décimo livro de Poesias. Dia 06 de setembro está chegando mais rápido do que eu esperava. Meus dias e noites têm sido frenéticos. Já entreguei mais de 300 convites, fora outros preparativos que antecedem o evento. Porém, toda esta correria será recompensada com a presença dos meus amigos. Que delícia será à meia noite eu dar uma parada, tomar um copo de cerveja e colher os louros da "batalha"... Claro, tendo ao lado a minha querida consorte (nunca com azar) Edna.

Até lá, com as bençãos de Deus!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

UM NOVO LIVRO -11°



E, já está em fase de preparação - Diagramação e Formatação, o meu 11° Livro. Transformei os registros do Blog em livro. São Contos, Poemas, Crônicas e Citações dos anos 2009 a 2012. No todo deve dar umas 250 páginas. Assim que fechar o lançamento do Livro de poemas Do Corpo, da Alma e do Vento, dia 06 de setembro, que espero seja um sucesso, trabalharei com afinco no novo "FILHO". Também para o início de 2013, deverá estar pronto o Romance do Magistério: GIZ, QUADRO NEGRO E DOR ..ARRRREEE!!!. Não dá mais para parar. Ainda, em fase de construção, os livros:
O INSTINTO DO ESCORPIÃO - ROMANCE;
POR QUE DUVIDAS DE MIM?- POEMA BÍBLICO;
A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS - ECOLOGIA;
ARMAS DE BRINQUEDO - A CULTURA INOCENTE DA VIOLÊNCIA.

PARAFRASEANDO ARNALDO JABOR: " COM LICENÇA, VOU À LUTA."

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O GATO SIAMÊS

Aos oito anos de idade, Josiane, ganhou de sua madrinha de batismo o primeiro gato, dos inúmeros que teve pela sua vida. Alguns ela ganhou; outros, ela comprou e teve vários que recolheu das ruas e vielas da cidade onde nasceu, cresceu e morreu. Sempre foi aficionada por felinos. A primeira vez em que foi assistir a uma apresentação do Circo Trombeta levada pelos seus pais (tinha sete anos), se emocionou a ponto de verter lágrimas quando deu entrada no picadeiro uma jaula conduzida por 4 rapazes, abrigando um leão. À medida que o domador extraía do infeliz felino números de acrobacia acompanhados de urros ( de dor, pelas inúmeras chicotadas), ela se debulhou em um choro condoído, a ponto de seu pai exclamar: “ Josi, o circo não é lugar de choro e sim, de dar risadas...” O que seu pai não sabia é de que ela sofria também no corpinho as terríveis vergastadas. Se pudesse, comentou mais tarde com sua mãe, daria o troco no domador, pra ele ver o que era bom. Assim, pela infância e adolescência e até chegar à maturidade plena, conviveu, com amor, ternura e compreensão férrea, com dezenas de bichanos, não importando a raça, a cor e o estado físico; importava sim, dar a eles um lugar para morar e o seu imenso amor... Um amor inconteste que a levou...

Bem, deve estar perguntando o leitor: Que a levou a quê?; e daí?...

E, daí, que um dia, mais precisamente, uma noite em que voltava de um baile a pé; já que seu namorado estava sem carro e a fez vir de circular e que parou um ponto antes de sua casa (dois quarteirões), ela ao dobrar uma esquina escutou miados agoniados; miados de um felino que estava sofrendo dores atrozes motivadas ou pela fome; ou pelo frio, ou por outro elemento da natureza... Os débeis gemidos não deixavam outra interpretação. Curiosa e já condoída pela dor expressada nos miados, mais que depressa se aventurou pela escuridão da viela e se embrenhou nas sombras dos casarões à procura do infeliz bichano. Andando curvada, em ziguezague e, pisando, com cuidado, nas seculares pedras do calçamento, ela se deparou com uma lata de lixo caída no meio fio e pôde verificar que de dentro dela procediam os doídos miados. Mais que depressa, atendendo os apelos do seu coração enfiou as mãos delicadas no fundo da lata e trouxe para si um mirrado gatinho; um gatinho SIAMÊS. Desnecessário será falar de sua imensa alegria ao ter no colo, agora, protegido das intempéries da noite e aquecido no calor do seu corpo o infeliz felino, que logo mais estaria desfrutando de suas benesses: uma casinha forrada de cetim com acolchoado e ao lado uma terrina cheia de leite quente e perfumado. Sim, a sorte do gatinho Siamês, passou a mudar a partir daquele feliz encontro com sua dona e excelsa protetora. De, um pária, abandonado numa lata de lixo por mãos impiedosas, para um príncipe, cuidado a partir de então por mãos caridosas e perfumadas. Se pudesse se expressar como os humanos, certamente, diria: “ Ah!, como a vida é boa para mim! Há pouco tempo estava na pior; era um mendigo à espera da morte e, no entanto, hoje, desfruto da maior mordomia... Graças à minha bela mulher e protetora abnegada... Nunca a abandonarei e nem permitirei que ela me abandone... Ela, hoje e sempre, fará parte do meu destino e, eu, do seu destino.”

Josiane tinha 23 anos quando levou para sua casa o gatinho siamês. Ele, devia ter, no máximo, 5 meses, embora, pelos maus tratos que tinha passado, apresentasse bem menos. Para Josiane o achado foi incrível. Com um sorriso amplo no rosto chegou em sua casa e mais que depressa foi cuidar do bichano. Deu-lhe um banho com sais aromáticos e depois o serviu com uma tigela de leite espumoso e quente. Em seguida, levou-o para dormir em sua cama. Nesta noite, ela foi obrigada a dormir encolhida, visto que sua cama era de solteiro e ela não queria de jeito nenhum machucar a pobre criaturinha. Lá pelas tantas da noite ela acordou e pôde verificar, extasiada, que o seu filhinho (passou a pensar assim) estava em segurança e de que dormia o sono justo dos inocentes... (INOCENTE?).

E, assim, se passaram os dias, os meses e os anos.

Josiane, agora, com 32 anos, madura e experiente, morava só, num apartamento no 7º andar de um edifício no centro da cidade. De dia trabalhava como vendedora de seguros e à noite gostava de ficar em casa assistindo televisão, tricotando e, principalmente, curtindo o seu belo, robusto e carinhoso gato SIAMÊS, que ela chamava carinhosamente de ÁTILA.

Átila, pelo excesso de atenção de Josiane, transformou-se de um mirrado filhote para um felino de proporções gigantescas para a sua raça. Pesava na época dos fatos, uns10 kg; tinha os pelos espessos e macios; garras aduncas e afiadas e dentes extremamente perfurantes: próprios dos carnívoros. O que o marcava profundamente era a sua personalidade; dono de um instinto possessivo, não permitia de que ninguém se afeiçoasse à sua dona. Inúmera vez mostrou-se altamente agressivo frente aos poucos namorados de Josiane; com rosnados roucos e profundos ameaçava os pretendentes da bela moça. Alguns, não davam tanta importância; já, outros, sentindo-se ameaçados, desistiam dos projetos amorosos e davam no pé; para tristeza de Josi e felicidade do Átila. Este comportamento do seu bichano já a estava deixando encasquetada.

Uma tarde, em que ela passeava pelo Shopping, despreocupadamente, tropeçou num belo moço. Entre desculpas e perdões, pintou entre eles um clima amigável, a ponto do jovem convidá-la para tomar um chope logo mais, à noite. E, foi o que aconteceu.

Conversa vai, conversa vem, e nasceu entre eles o início de um romance. Com o passar do tempo, Abelardo se tornou frequentador assíduo do apartamento da rua Carolina Bitencourt, nº 33. Toda vez que ele chegava ao apê, Átila vinha recebê-lo. Invariavelmente, com mau humor. Nunca, em hipótese alguma, enroscou-se nas pernas do moço, como é comum aos gatos procederem, quando gostam de alguém. Assim, que o jovem se instalava no sofá, ele, de um salto espetacular, ocupava o lugar mais alto da estante e daí, fica tomando conta dos dois. Se acontecia um carinho ou carícia mais ousada, imediatamente, ele passava a ronronar com ferocidade. Por diversas vezes, Josi, tentou tirá-lo da sala, mas, em vão. Quanto mais ela tentava afastá-lo, mais ele se tornava agressivo, a ponto do jovem apaixonado fazer menção de lhe atirar um objeto qualquer; um modo de intimidá-lo. A situação estava se tornando insustentável.

Uma noite, após degustarem uma garrafa de um excelente “bordeaux”, e, ao sentirem –se leves e atordoados foram para a cama (primeira vez). Talvez, o vinho tenha sido a “gota” que faltava para o transbordamento da taça do amor: em instantes, estavam nus; se entrelaçando nos liames dos desejos liberados. Os “ais” contidos em diversos momentos de carícias, agora, soltos, ecoaram pelo quarto e demais dependências do aconchegante “apê” e chegaram até os ouvidos requintados do felino, que, impaciente, ronronava, mostrando o seu descontentamento com o que se passava no interior do quarto. E, a desgraça, aconteceu num repente. Pelo vão da porta entreaberta, Àtila entrou sorrateiro. Com o movimento ondular dos quadris, próprios dos da sua raça, foi adentrando no recinto, sem despertar a mínima suspeita no casal de amantes, que num corpo uno, gemiam e gozavam o momento inaudito. Átila se preparou para o ataque. Com um salto espetacular logrou cair sobre as costas nuas do feliz amante cravando-lhe as unhas com furou, para em seguida mordê-lo na base da nuca. Tudo aconteceu num átimo de segundo, não permitindo qualquer reação do infeliz ( agora) amante.Tendo concluído o seu ataque de ódio, Átila, se desvencilhou do lençol que Josi jogou sobre ele e saiu em disparada para o seu esconderijo no patamar mais alto da estante da sala.

Ensanguentado, extenuado e ferido, Abelardo foi levado por sua namorada até o Pronto Socorro Municipal onde recebeu os primeiros socorros, incluindo injeções contra a raiva animal. A sua recuperação foi lenta e complicada. As injeções contra a “raiva” lhe causaram sérios transtornos. Durante o tratamento Josi esteve sempre ao seu lado, indo diariamente em sua casa, visto que ele jurou nunca mais retornar em seu “apê” , enquanto o maldito gato lá permanecesse. O problema a partir desta afirmação se instalou na vida de Josi. O que fazer?, perguntava aos seus botões: Desfazer do Átila e ficar com o namorado, ou, desfazer do namorado e ficar com o Átila... Por noites e noites ficou em vigília esperando que Deus a iluminasse. Por incrível que possa parecer, quem apresentou ou criou a solução para tão terrível impasse foi o próprio bichano. Desde a agressão que cometeu, Átila, passou a viver retraído. Invariavelmente, ficava deitado nos lugares mais inacessíveis da casa. Retraído, agora, não se deixava mais ser acariciado pela dona. Para se alimentar esperava que ela saísse e quando escutava o baque da porta sendo fechada é que ele punha a cara fora dos seus esconderijos e ia sorrateiramente até as tigelas se fartar do leite ou da ração. Pode-se afirmar sem medo de errar de que ele tinha consciência da gravidade do ato cometido e, com a desconfiança própria dos felinos mantinha-se o mais distante possível da doce Josi. Porém, a situação, antes de se amainar, estava se tornando insustentável. Por diversas vezes, Josi, pensou em dar o gato a quem o quisesse. Para ele, que não era bobo, nem nada, já tinha entendido de que não era mais o predileto; o queridinho da sua dona. E, assim, um clima de contenda se instalou entre os dois. Já, Abelardo, mantinha-se afastado do lar onde um “terrível felino” ( assim se referia ao Átila) morava, deixando a sua bela namorada em estado permanente de insatisfação. O desenlace do impasse ( mortal para Josi) se deu quando uma amiga de Josi foi até o seu “apê” para visita-la. Após o café, Josi perguntou-lhe, à queima-roupa: “ Querida amiga, por acaso você não gostaria de ganhar de presente o meu gato, o Átila... Você mora numa chácara e lá é o lugar ideal para ele... Aqui no “apê” é muito apertado e ele não está se sentindo bem...” Quando ainda estava falando das ótimas qualidades do seu bichano, notou, entre olhos, de que ele se afastou da sala e foi para a varanda, ronronando baixinho e agressivamente. Dando saltinhos de alegria, sua amiga, concordou em receber tão inusitado presente e disse que viria no sábado, sem falta, buscá-lo. Era sexta feira. O tempo urgia. Á noite, Josi, separou tudo o que era do Átila: a cama; as tigelas; as roupas de frio; as fitas ( guardou só a do Corintians) enfim, tudo o que pertencia ao gato SIAMÊS.

Aliviada, pela decisão tomada e. sabendo de que assim que o gato fosse embora, o seu namorado voltaria a frequentar a sua casa, arrumou-se para dormir, vestindo uma camisola vermelha. No aparador do quarto, maquiou-se, como antes fazia para receber o jovem enamorado. Por último, prendeu os longos cabelos sobre a cabeça num simples coque e dirigiu-se para a cama macia e perfumada... Quando...

Quando ouviu um miado agoniado vindo da sacada do “apê”. Imediatamente, dirigiu-se até lá, quando, estupefata, contemplou o Átila pendurado nas grades por uma só pata; balançando no ar, dando a impressão de que cairia a qualquer momento. Sem raciocinar, num ímpeto, ela se projetou até a grade e se debruçou para resgatá-lo, apoiando somente uma das mãos no gradil, enquanto com a outra tentava soergue-lo. Foi então ao olhar nos olhos dele, que teve consciência do perigo que estava correndo. Seus olhos faiscavam como duas brasas na noite escura. De sua candura, nada mais restava. Para ela, ele tinha se transformado no satã. O ódio estava estampado em sua cara. Os bigodes finos se moviam como látegos em sua mão. De repente, de um salto acrobático ele se desvencilhou da mão que o agarrava na tentativa de salvá-lo e se projetou para a mão que segurava o ferro frio. Tudo ocorreu num átimo: com mordidas raivosas ele obrigou a pobre moça a soltar-se do gradil e por conseguinte a mergulhar no abismo insondável da noite escura de encontro à morte. O último gesto que ela fez antes de projetar-se no vazio foi segurá-lo com uma força hercúlea arrastando-o consigo: sua vingança.

Dois corpos estatelaram-se no chão duro de cimento do estacionamento. O sangue, vermelho e quente, brotou dos corpos e se espalhou pelo piso frio e inerte.

Uma jovem de cabelos esvoaçantes e ar sonhador foi a primeira que chegou no local. Dando gritinhos de assombro ela se abaixou e pôde constatar que os dois ainda viviam. Piedosamente ela colou o ouvido na boca da infeliz Josi que balbuciava, ou, tentava balbuciar algumas palavras. Com muito custo ela ouviu da moribunda alguns fiapos de palavras, que contou mais tarde ao Delegado de Polícia e que são: “ O gato... o gato... ele é um demo... Não o deixe vi... Estou morrendo... Ele é o culpa... E, morreu. Com muita força a jovem conseguiu soltar a mão da infeliz Josi que segurava o pescoço do Átila, como se o estivesse estrangulando.

Catarina, este é o seu nome, soltou o gato e condoída levou-o para a clínica veterinária. Oito dias se passaram e o gato SIAMÊS, (antes, Átila), agora, Sófocles, já restabelecido das feridas, vive como um nababo na sua nova casa.

- Sófocles, saia de cima do sofá e venha conhecer o meu novo namorado...

_ Rooooommmm....Rooooommmm... Roooommmmm....

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

NOITE DE AUTÓGRAFOS

Estou numa carreira desabalada para dar conta da Noite de Autógrafos do meu livro de Poemas Do Corpo, Da Alma e Do Vento, que será realizada no Salão Nobre do TCC, em Taubaté, dia 06 de setembro às 20h. Já fechei com o responsável pelo coquetel; com o cantor; com os convites, com a decoração etc. A relação de convidados já está com quase 300 nomes. A noite deverá ser um sucesso como sempre aconteceu. Quando os ponteiros se juntarem à meia noite, estarei fazendo aniversário. Com muita alegria comemorarei os meus 67 anos ao lado dos meus familiares e amigos que sempre me acompanham. Se Deus quiser e ELE quer, tudo correrá às mil maravilhas.
Saudações literárias!!!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

RECOMENDO A LITERATURA RUSSA


Com muita satisfação e prazer é que leio, embevecido, os autores russos. Leio todos que me caem às mãos. Para minha felicidade, comprei de uma só tacada ( raro isso acontecer no Brasil) 12 exemplares de diversos autores, passando de Gógol a Tolstói, e no meio Nicolai Karamzin, Dostoiévski, Púchkin, Turguêniev, Nabókov, Tchekhov e outros. Hoje, tenho o prazer de recomendar aos meus bloguistas a leitura do conto: POBRE LISA ( 1792) de Nikolai Karamzin
Sobre o autor:
Nikolai Karamzin ( 1766-1826), foi a figura cultural russa mais destacada na virada do século XVIII para o XIX. Em meio a uma produção alentada, que inclui poesia, prosa, traduções e relatos de viagem, da lavra de Karamzin saíram os dois primeiros best sellers em prosa do país: uma fundamental história da Rússia ( História do Estado Russo, publicada entre 1818 e 1826) e este " Pobre Lisa" , de 1792. Ambos enraizaram-se profundamente na imaginação russa e foram criados de inúmeras maneiras nas décadas seguintes (Gente pobre, romance de estreia de Dostoiévski, faz referência direta a ele). Seguindo a praxe de sentimentalismo europeu, os leitores realizaram peregrinações ao Mosteiro Símonov, em Moscou, para ver o local onde se dá o trágico final da história. "Pobre Lisa" é uma peça-chave na busca dos artistas russos pela adequação de formas europeias e da luta pela obtenção de uma linguagem literária moderna e flexível. O conto é uma variação das incontáveis narrativas sentimentais que inundavam a Rússia em francês, mas nele já aparecem prefigurados alguns elementos -- como o tipo do " homem supérfluo"-- que depois ganhariam densidade nas obras de Púchkin, Dostoiévski e outros.

Hoje, Dia do Escritor, homenageio Nikolai Karamzin, representando os demais escritores Russos e das demais nacionalidades.

terça-feira, 24 de julho de 2012

NOITE DE AUTÓGRAFOS DO LIVRO DE POEMAS "DO CORPO, DA ALMA E DO VENTO"

"A Noite de Autógrafos do meu 10° livro acontecerá dia 06/09/2012 ás 20:00 horas no Salão Nobre do Taubaté Country Club - TCC. Convido a todos os meus amigos Bloguistas para me prestigiarem"

LIVRO DE POEMAS "DO CORPO, DA ALMA E DO VENTO"

Eu, em meu escritório, exibindo, o meu 10° filho, ou seja, o meu 10° livro.

O CHORO DA LAGARTA!



Uma tarde ensolarada em que eu passeava, versejando, por dentre as alamedas de um belo pomar, deparei com uma lagarta que se sustentava num ramo de laranjeira e, chorava!
Num arremedo de curiosidade cheguei mais perto e perguntei-lhe o que estava sentindo para chorar tanto. Esticando e recolhendo o corpo, falou-me num débil sussurro, de que, não aceitava o seu destino, isto é, explicou, viver dentre o perfume das flores silvestres; receber no corpo a fresca aragem da tarde; ouvir extasiada o mavioso canto dos pássaros; se alimentar de perfumadas e tenras folhas e, quando, ainda pretendia mais e mais, o destino influi em seu corpo e a faz enrodilhar-se e produzir o útero que a manterá afastada de todas as coisas belas da natureza: o seu invólucro; o seu casulo... o túmulo para a sua eternidade. Tendo o coração contristado por tamanha dor e abundante lamúria da infortunada lagarta, pensei, no momento, em maldizer a Deus, pela ausência de piedade do infeliz animal. Foi apenas um décimo de segundo e nada mais. Com a sabedoria e o pouco de poeta, que Deus presenteia os homens que possuem cabelos esbranquiçados, fi-la ver de que o seu destino não era medonho, mas sim, celestial; de que como lagarta, estava predestinada a gerar uma vida de raro esplendor, um milagre de Deus. Como?, perguntou-me, admirada, porém, ainda revoltada. Com extremo carinho e atenção contei-lhe que o seu destino, após viver uma vida como lagarta, era dar vida a um ente maravilhoso; um ente que enfeita os pomares e alamedas; um ente que possibilita a continuidade da vida nas flores; um ente multicolorido que esvoaça dentre os jardins... Que ente é este tão importante a ponto de ser imprescindível para outras vidas?, perguntou-me, agora, já aceitando o seu destino. É uma borboleta, respondi, tendo a respiração ofegante. Uma borboleta?, mostre-me uma, somente uma... Nesse exato instante dardejou sobre nós uma imponente borboleta-monarca, de asas laranja com listras pretas e marcas brancas, de mais ou menos 70 mm de envergadura... Esta borboleta é o que você será quando o ciclo evolutivo se realizar plenamente em seu corpo... Você será uma das mais belas criações de Deus...
"Ah!, aceito o meu destino e agradeço ao supremo Criador por ter colocado você à minha frente... estava pensando em suicidar-me... Que felicidade terei o dia em que me tornar uma viçosa borboleta..." Esticando e retorcendo o corpo arrastou-se para um galho seguro, onde protegida pelas folhas aguardou o início do seu encapsulamento.
Assim, com poucas palavras, fiz, de uma triste lagarta, uma criatura ansiosa, em se tornar uma esplendorosa borboleta.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

ÓCIO PRODUTIVO!




Vivendo e aprendendo!
Em conversa com um grande amigo, quando, discutíamos as mazelas da vida no que concerne às notícias veiculadas nos meios de comunicação e da necessidade de nos voltarmos para coisas agradáveis que amenizem um pouco tanta tragédia, falamos do bem que a leitura de ótimos livros nos faz e, neste caminho, chegamos ao ato de escrever, quando então, comentei com o amigo de que muitas pessoas julgam os escritores como pessoas que vivem no mundo da Lua, isto é, não derramam suor com o seus trabalhos; para elas o trabalho tem que ser dispendido com muito esforço físico e, torna-se inconcebível um homem ou uma mulher ficar numa cadeira de balanço, ou mesmo num banco frente ao mar por horas seguidas... O conceito que se faz é de um preguiçoso. Foi então que aprendi uma "máxima" proferida pelo amigo: " ÓCIO PRODUTIVO". Com sua maneira peculiar de expor suas idéias, disse-me: " O escritor quando está refestelado numa cadeira, ou num banco frente ao mar, não está descansando, mas, sim, trabalhando, pois, ele trabalha com a mente. Olhando para o céu, concluiu, ele está construindo um grande romance; um magnífico poema; um extraordinário conto... Ele está imerso num "ÓCIO PRODUTIVO!". Imediatamente concordei com ele e, agradeci, esta "tirada mágica", pois, há muito que eu vinha encasquetando com isto e, chegando, inclusive, a pensar que eu, em meus momentos de "FLAUTA", estava vagabundeando. De olhos fechados e numa deliciosa rede estou vendo TOLSTÓI, EM SUA CADEIRA DE BALANÇO, TAMBÉM, DE OLHOS FECHADOS, CRIANDO EM SUA MENTE O MAGNÍFICO ROMANCE " GUERRA E PAZ"... Um ÓCIO PRODUTIVO!
Vivendo e aprendendo... O lado mágico da vida.

sábado, 21 de julho de 2012

TODO DIA É DIA DE VIVER!




Todo dia é dia de viver!
Vive-se a vida intensamente, quando, o viver é para cada um, o desafio inconteste de permanecer vivo. Não importa a maneira de se viver, importa, sim, VIVER!
Assim é, que, VIVO, o dia a dia, em sua plenitude, sem me preocupar se estou vivendo de acordo com as normas estabelecidas; com os costumes arraigados na sociedade, ou com os parâmetros estabelecidos por este ou por aquele que se acha no direito de ditar "normas". Sabemos sobejamente que, cada um, quer ser rei em seu reino, não importando se é de fantasia ou não. O importante é saber distinguir a qual reino queremos pertencer; a qual rei, queremos ser contestador ou súdito.
César, Imperador de Roma, disse: " É MELHOR SER O PRIMEIRO EM UMA ALDEIA, DO QUE O SEGUNDO EM ROMA!" Eu digo: é melhor ser o primeiro em minha vida, do que ser o segundo na vida dos outros."
E, pensando assim, vou vivendo; ora na "flauta", ora na realidade.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

TALVEZ SIM, TALVEZ NÃO!


Às vezes sou acometido por um sentimento de dúvida cruel, que me faz ficar em constante sobressalto. Procuro dentro de mim e fora de mim o, ou, os motivos que me conduzem a isso e, quase sempre não os identifico. Sofro como se tivesse dentro do peito um punhal encalacrado ou, então, como se tivesse nu; as roupas dilaceradas e espalhadas no caminho sem fim. São dúvidas que exigem uma resposta hábil e sincronizada com o momento em que me dizem respeito, embora, alguns, não tenham respeito comigo, Assim é que, não sei se devo ou não devo arriscar uma conduta que poderá me trazer dissabor. Quando assim fico, fico como a gazela, que não sabe se deve ou não, ir até a nascente beber água... O perigo ronda os incautos, ou, melhor, os crédulos.
Aí, fico sem ação. Se, questiono a alma do que devo fazer, ela, muito sabiamente, se exime de opinar; se, indago ao coração, o que ele faria no meu lugar, ele emudece e se restringe a pulsar, como se fosse um surdo-mudo andando à deriva no deserto. Pois bem, sem a certeza do que fazer, não o faço; me enrodilho e escondo a cabeça dentre o corpo e, fico, taciturno pensando: Para o meu bem viver, o melhor, é ir levando, na flauta, e se me perguntarem se vou ou não, eu respondo: TALVEZ SIM, TALVEZ NÃO!

sábado, 14 de julho de 2012

MEU DÉCIMO FILHO CHEGOU!!!!

Com enorme satifação, amor e orgulho recebi ontém, em minha casa, o meu décimo filho: explico, O LIVRO DE POEMAS , DO CORPO DA ALMA E DO VENTO. A gráfica fez a entrega dos exemplares. Modéstia à parte, ficou lindoooo!!! È o sétimo livro de poesias... Este ano a minha produção literária têm sido profícua. Terminei o primeiro volume do livro Giz, Quadro-negro e DOR( 160 páginas) e estou trabalhando arduamente no segundo volume. Devo terminá-lo ainda este ano, pois, é meu propósito inscrevê-lo no Prêmio Jabuti de 2013. Também está em fase de execução o livro do meu Blog, o ALBATROZ VAGABUNDO. é, não dá mais para parar. Concomitantemente, estou preparando a Noite de Autógrafos do livro de Poemas, por enquanto, estou pensando em fazer o evento na Bica do Curió, da minha amiga Mércia, em 14 de setembro.
Também, estive na FLIP em Paraty, Foi maravilhoso o contato cm os autores e com os milhares de livros. Comprei 8 exemplares de diversos autores. Me realizei na Festa Literária.
Um abraço aos meus bloguistas e,
Saudações literárias,

quinta-feira, 5 de julho de 2012

FLIP 2012


Estou embarcando para visitar a FLIP 2012 em Paraty. Devo ficar em Ubatuba e de lá ir diariamente para a cidade histórica e curtir intensivamente a Festa Literária. O que mais pode desejar um escritor do que estar no "meio" da cultura nacional e mundial? Livros e mais livros é o que me espera e, claro, os autores consagrados. Já reservei uma boa $$$$$, para adquirir livros.
FLIP, me espere, que estou chegando!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O ESPELHO



Um dia ele se olhou no espelho como fazia todas as manhãs e, se assustou.
Pudera! Não reconheceu o homem que estava à sua frente.
Realmente era um outro homem.
Ele que nunca dava risadas, viu, frente a si, um homem risonho:
Ele que nunca perdoou, viu frente a si, um homem cheio de virtudes;
Ele que nunca teve uma palavra de carinho, viu frente a si, um homem romântico;
Realmente, pensou, desconsolado: não era ele que estava do outro lado do espelho.
Angustiado e desnorteado, pensou em quebrar o espelho; em destruí-lo com furor;
Pensou também em dar um tiro de garrucha no homem que não era ele, ou era?
Se era ele, por que tinha o semblante leve e feliz se ele era grotesco e infeliz?
Então, teve uma ideia que o fez saltitar de felicidade: Olharia em outro espelho.
Abriu a porta do guarda-roupas e por um instante ficou de olhos fechados.
De olhos fechados pela insegurança de ver desmascarada a sua esperança, ou não?
Lentamente abriu os olhos e constatou um outro homem diferente do primeiro:
Um outro homem que não era ele, pois, este além de estar nu, era bonito, forte, e viril.
Irado, como sempre o foi, se aproximou mais do espelho e vociferou entre dentes:
Desgraçado!, e descarregou a arma sem dó e nem piedade e, passou a gargalhar como louco.
Como louco ele viu a imagem do homem que não era ele sair em desabalada carreira.
Por um fragmento do vidro que ficou, viu, não um homem, mas sim uma mulher nua.
Nua, na cama, estendida, envolta em lençol, sua mulher, lamentava o abandono do amante.
Era um homem sem imagem... Um espectro à vagar sem rumo pelas noites da vida

segunda-feira, 18 de junho de 2012

GIZ, QUADRO-NEGRO E APAGADOR



Terminei o primeiro volume. Ao todo são 164 páginas. Terminei quando a professora irá iniciar a profissão sonhada, ou seja, lecionar. O segundo volume já está em andamento. Reflete a saga da professora em todos os cargos do magistério até a aposentadoria. Deverá resultar em mais ou menos 180 páginas. É muito complicado escrever um romance. São muitos personagens e a trama é intrínseca. Não se pode perder o fio da meada. É um desafio diário. O Importante é não desanimar. No final os louros serão colhidos.
O primeiro volume já foi para a revisão. Antes de lançá-lo vou lançar o livro de poesias Do corpo, da alma e do vento. Este ano a colheita será intensa.
O meu cérebro às vezes parece que vai estourar de tanta criação literária. Estou feliz, muito feliz.

domingo, 17 de junho de 2012

O QUE SERIA



_ Das feras, se não fossem as sombras?

_ Dos hipócritas, se não fossem os pecados?

_ Dos amantes, se não fossem os desejos sexuais?

_ Dos iracundos, se não fossem os deslizes dos amigos?

- Dos janotas, se não fossem os prazeres da vida?

- Dos miseráveis, se não fosse a ambição?

- Dos hipocondríacos, se não fossem as doenças?

- Dos mentirosos, se não fossem os crédulos?

- Dos cientistas, se não fossem as descrenças?

- Dos déspotas, se não fossem os fracos?

- Dos ladrões, se não fossem as sombras da noite?

- Dos falsos profetas, se não fossem as promessas de salvação?

O QUE SERIA DO ESCRITOR, SE NÃO FOSSEM AS PALAVRAS ?
( Certamente, eu não estaria escrevendo estas considerações)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

UM CONTO MINIMALISTA

RETIROU O COELHO DA CARTOLA E, FAMINTO, SE DESPEDIU DA PLATÉIA.

domingo, 10 de junho de 2012

UM CONTO MINIMALISTA

QUANDO NASCEU, CHOROU O LEITE DERRAMADO.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O ENSIMESMAMENTO DE LÍDIA



Nunca quis ser flor; sempre optou por ser botão e,
por isso, nunca abriu.
Quando pôde ser ostra, preferiu a união das conchas e,
assim, unida, não permitiu que a sua pérola visse o mundo.
Uma vez, sentindo-se estrela, seguiu de rastro por dentre
o negrume do Universo e sumiu por detrás de um astro.
Um dia, teve a oportunidade de ser a preferida do harém,
porém, acanhada, fez-se sombra projetada no vão escuro da tenda.
Ensimesmada, retraiu-se em posição fetal e,
enrodilhada, procurou refúgio no abismo das desventuras.
Lídia, bela mulher que um dia resolveu não ser feliz e,
Infeliz, tornou-se pupa eterna, ao invés de ser borboleta efêmera.
Por um ensimesmamento, Lídia, deixou de amar e se fez rocha.
Um século se passou... Um dia, munido de um cinzel deparei
com a Lídia- Rocha, ou, Rocha-Lídia e, com entalhes vigorosos,
Esculpi uma estátua de uma mulher bela e sedutora: Lídia...
Uma fada esvoaçou sobre ela e bafejou em suas narinas e,
Num átimo a estátua ganhou vida e eu, ganhei a bela mulher...
Hoje, pelo amor, Lídia não fica mais ensimesmada...
É flor entreaberta;
É ostra exibindo sua pérola;
É estrela brilhando no Universo;
É a rainha do harém,
É borboleta dardejando dentre as flores
É Lídia...




quinta-feira, 31 de maio de 2012

RETORNO DO SPA

Hoje, voltei do Spa Serra do Japi , onde passei 10 dias. Foi um período maravilhoso. Uma bela paisagem, muita hidroginástica (40), comida agradável. Regime de 800 calorias. Não dá para passar fome. Li 3 livros e dei andamento no livro do Magistério. Retornei com 4,7 Kg A MENOS e bastante redução das medidas dos braços, pescoço, abdômen, pernas e cintura. VALEU!!!.
Uni o útil ao agradável e na volta entrei em São Paulo e registrei os direitos autorais dos meus 10 livros na Biblioteca Nacional. Não foi preciso ir ao Rio de Janeiro.
Estou muito feliz e farei tudo para continuar perdendo peso: caminhar, fazer academia e sauna e, claro, reduzir a alimentação. É muito bom vestir roupas que há muito tempo estavam ociosas no guarda-roupa. Foi tão bom que já deixei reservado mais 10 dias em setembro.
Agora, é voltar às atividades de escritor: Noite de autógrafos do livro de poemas e concluir o segundo volume do livro do MAGISTÉRIO.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

UMA SÁBIA DECISÃO



Quando chegou em Taubaté, vindo de uma cidade qualquer de Minas Gerais, abriu seu consultório de Dentista e com o passar do tempo, ganhando bem, resolveu comprar um sítio. Até então vivia sossegado e confortavelmente... não tinha problemas maiores de que os triviais. Mas, mineiro de coração, não podia viver sem sentir o cheiro de curral; de ouvir os cacarecos dos galos e galinhas; do balir suave das ovelhas; do miado do gato rajado; do mugir das vacas e bezerros e, por que não dizer dos maviosos cantos dos pássaros silvestres. Pensando assim, resolveu comprar um sítio. Dia vai, dia vem, e chegou o grande dia. Um corretor de uma imobiliária qualquer lhe ofereceu uma bela propriedade no Bairro dos Guedes: um sítio lindo com uma bela casa, com nascente, com verdejantes pastos e alguns animais e o mais importante, com caseiro. Tirou o dinheiro da poupança e fechou o negócio e fez questão que fosse de "porteira fechada". Exigiu também que o caseiro permanecesse. Não fez questão quando um amigo lhe disse: " Sítio dá duas alegrias: quando compra e quando vende." De posse do sonhado sítio passou a investir em aves, animais e benfeitorias. Feliz, assoviava aos pássaros e viajantes que aportavam na propriedade.
O nosso amigo "curtiu" com requintes de fazendeiro o seu quinhão de terra, embora a patroa e as crianças não sentissem tanta admiração quanto ele: raramente iam passear no belo sítio.
Tudo transcorria dentro dos conformes até o dia em que...
Em que deu por falta do cabrito "Jessé". Angustiado perguntou ao caseiro do seu paradeiro quando foi informado de que o mesmo foi devorado por uma onça que andava rondando o sítio.
Ficou triste.
No final da semana seguinte, assim que chegou no sítio foi imediatamente informado de que o peru "pelé" foi comido por uma raposa. Cabisbaixo, sentou numa raiz de uma figueira secular e ficou incomodado... parecia-lhe que algo não estava indo bem, mas...
Assim aconteceu mais vezes. Em todas, algum animal tinha desaparecido... todos, comido por algum predador. Sempre o caseiro contando e, o mais interessante, não sentia dor nos relatos, parecia sim, que sentia um imenso prazer( O amigo dentista me confidenciou).
Tanta tragédia em pouco tempo. Nunca conseguiu um frango caipira para o almoço. Até o leitão "rabicó" foi devorado por um cachorro do mato. Em pouco tempo só restava o cão "brutus" e o silêncio passou a reinar no sítio. Desconfiado de que o caseiro era o único predador do sítio resolveu despedi-lo. Sem caseiro o mato tomou conta da propriedade.
Uma tarde ao chegar no sítio deparou com o cão morto estatelado no chão, picado que fora, por uma jararaca. Neste momento tomou a decisão de vender o sítio.
Dois meses se passaram e numa bela manhã de um dia qualquer, de um mês qualquer, vendeu o sítio (perdeu dinheiro), mas, recuperou a paz e o equilíbrio mental que já estavam indo para o brejo ( de outro sítio).
Uma tarde em que fui ao seu consultório para tratar de um dente, perguntei-lhe se não tinha saudade da roça, ou melhor, do seu sítio... Dando uma gostosa risada me respondeu:
- Professor, quando eu sinto saudade da roça; do cheiro de curral, pego o carro, vou até uma estrada de roça e, quando encontro no meio do caminho um monte de estrume, desço do veículo, me ajoelho e cheiro o "bolo" durante alguns segundos... mato a vontade de roça e volto para casa feliz... sem caseiro e sem sumiços de animais.
- Ah, que sábia decisão... e ri com gosto.

sábado, 12 de maio de 2012

DOS BELOS OLHOS UMA LÁGRIMA ESCORREU

Dos belos olhos uma lágrima escorreu e caiu em minhas mãos,
E, ficou, por uma eternidade estagnada formando um pântano,
Onde tive os sonhos e os desejos imersos em pegajoso lodo
Sufocados pela incoerência de almejarem um frio coração.


Nada tive dela que não seja migalhas rotas de um olhar triste
Mesmo porque, se contemplativo estive, foi por absurda inércia.
Devo sim, olvidar, o que nunca possuí, por fugaz inépcia
De ser uma folha presa na tempestade da mulher que não existe.


Hoje, tento sair do lodo que me suga com atroz voracidade
E, escapar ileso, das artimanhas da mulher triste que não me quer,
OU, se quer, não demonstra, nem pelo cair da lágrima que verte,


Dos belos olhos que boiam no lago de águas repletas de infelicidade.
Sei sim, e muito sei, que sou um amante a viver o malmequer
Dos caprichos da mulher triste que me fita com o olhar inerte.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

UMA MULHER TRISTE


Nunca pude fitar os seus olhos por um momento sequer...
Tentei sim ser espectador de uma realidade que jamais existiu
Vivi ilusões quando poderia viver o concreto de uma pintura,
Mas, a moldura teimava em ofuscar o belo incrustado na tela branca;
Tentei olhar o invisível imaginando que assim a veria em sua plenitude;
Fui observador atencioso do irreal sem saber que a ficção me possuiu...
Era uma mulher muito triste...
O rosto, embora visível para outros olhos, se escondia de mim.
Por mais que eu tentasse, nunca vi dela senão vestígios inimaginários;
Às vezes, por uma fresta de sua alma, podia se ver o universo de tristeza
que habitava em seu âmago constantemente pontilhado de desilusões.
De tanta tristeza que exalava de seus poros eu também me fiz triste.
Chorei por uma tarde e por uma noite e ela também chorou.
De seus olhos tristes lágrimas escorreram, mas, mesmo assim, não os vi.
Era uma mulher triste...

quinta-feira, 10 de maio de 2012

COISAS DA VIDA

Em 1962 fui trabalhar com o meu amigo Fuad na Willys Overland do Brasil. Tinha 17 anos e muita esperança no coração e, claro, um universo de ilusões dentro do cérebro. A Agência ficava na antiga Rua das Palmeiras, hoje, Conselheiro Moreira de Barros. No lugar, hoje, funciona o Ponto Frio Bonzão. Era pobre e de rico só tinha a juventude e o desejo de ser alguém na vida. Bom, o que quero relatar é de que sempre almejei ser sócio do Taubaté Country Club, mas... um sonho até então impossível. Por COISAS DA VIDA, fui e voltei várias vezes de Taubaté: Trabalhei em várias cidades do Vale do Paraíba... o tempo passando e nada de conseguir ser sócio do requintado clube.
Casei, tive filhos, separei, enviuvei e casei novamente. Em 1998, me aposentei do serviço público e, passei a labutar como escritor... quantas dificuldades!
Hoje, nesta data, realizei o meu sonho da juventude: ME TORNEI SÓCIO DO TAUBATÉ COUNTRY CLUB. É tarde? Não sei dizer, pois, enquanto respiramos, vivemos...
De uma coisa tenho certeza: Vou aproveitar ao máximo tudo o que ele possa me oferecer.
Eu e a Edna , é claro!

domingo, 6 de maio de 2012

COLHENDO FRUTOS

A árvore do trabalho começou a dar frutos. A primeira Prefeitura Municipal que visitei propondo o projeto: "O escritor vai à Escola", aderiu prontamente. Foi em São Bento do Sapucaí e, fiz uma excelente venda do livro: A Ecologia No Sítio do Taquaral. Deverei também participar dia 19 do corrente mês na Feira doLivro, quando estarei autografando e discorrendo com os alunos a minha obra. Com muito ânimo e fé em Deus estarei percorrendo mais Prefeituras.
Também estou trabalhando com afinco na conclusão do livro GIZ, QUADRO NEGRO E DOR. Tomei a decisão de dividi-lo em dois volumes. O primeiro volume já está pronto e vai englobar os seguintes capítulos:
I - A ENTREVISTA
II- O DIPLOMA DE PROFESSOR
III- A FORMATURA
IV- O BAILE DE FORMATURA
VI - O SONHO REALIZADO
Aprendi que para se obter sucesso em qualquer área é necessário sacrifícios.
Vou à luta!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

FÉRIAS DO BLOG

Sim, devo tirar umas férias do blog. Deixarei de escrever por uns tempos. Vou me dedicar aos meus livros que estão em fase de término.
São eles:
Giz, quadro negro e apagador; - romance sobre o magistério
O instindo do escorpião; - romance pornográfico
Por que duvidas de mim? - poema bíblico
Armas de brinquedo : a cultura inocente da violência
A menina que soltava pássaros - ecológico

Também devo preparar a noite de autógrafos do meu 10 livro : poemas do corpo, da alma e do vento para o iníco de agosto.
E, sobrando tempo ir às prefeituras propor o meu projeto: O ESCRITOR VAI À ESCOLA, com o livro de ecologia.
Ainda: do dia 21 a 31 de maio estarei no SPA SERRA DO JAPI em CABREÚVA
Ufaaaa!!!
Creio que o café na Dona Bela com os amigos Laércio e Olívio ficará prejudicado.
Para se conseguir algo é necessário sacrifício.
Os amigos certamente entenderão e me incentivarão.
Até...

ENSAIO SOBRE O SILÊNCIO

O que é o silêncio?
É nada e é tudo!
O silêncio é a coroação dos atos que pedem palavras explosivas e pejorativas e, silenciam.
Silenciar quando se quer gritar de indignação é próprio de almas maduras e, que, foram bafejadas pela inteligência.
Por "COISAS DA VIDA", constantemente somos agredidos em nosso "forum íntimo" e, se respondemos à altura, muita coisa desmorona. É preferível sermos entendidos como insensíveis do que retrucar defendendo nossas posições. Alguns, porém, não admitem passar por tolos ou covardes e respondem com impropérios e adjetivos de baixo calão. Estes são, talvez, penso eu, respeitados em suas atitudes: Certas ou Erradas?, não importa, pois, cada um é cada um.
Quem pode se arvorar de juíz? Quem pode julgar o que é certo e errado? Quem nunca cometeu um erro em sua vida? Ah, quisera eu ser um exemplo de perfeição!.mas, será que não seria um chato de galocha? Um puritano vestido do manto da hipocrisia... não há ser mortal que resista a esta companhia.
Silenciar quando a contenda se mostra em toda a sua extensão de destruição é ser sábio.
O silêncio é NADA e TUDO!
Nada, porque é tão simples silenciar; basta aquietar a alma e dominar os impulsos.
Tudo, porque com ele evitamos cenas desagradáveis e situações criadas que não ensejam mais a volta.
Deus, em sua infinita misericódia, me ensine sempre a silenciar: É O QUE VOS SUPLICO!

terça-feira, 17 de abril de 2012

DELICIOSA CONCUPISCÊNCIA

Deliciosa concupiscência aflora em borbotões
Nos instantes em que lânguidos nos acariciamos.
Um suave torpor inunda os céleres corações,
Prenunciando a excelsa posse dos sexos insanos.


Afogueada na tez, lasciva nos gestos, cândida no olhar,
Apresenta-se aos meus lúbricos olhos despida das vestes.
Nua - carne tenra e palpitante - iguaria de fino paladar.
À mercê do ceifador - amante feliz, pela farta messe.


Concupiscentes nas palavras e nos embates sexuais,
Despojamo-nos da razão e mergulhamos no oceano da insensatez,
Onde, náufragos, boiamos à deriva nos líquidos carnais


Expelidos dos sexos ardentes em golfadas infindas.
Ah, como é doloroso retornar ao inóspito deserto da lucidez,
Vestir as vestes, dar adeus e chorar, chorar até a alma ficar ressequida.


DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
EDIVALE- 2006
PG 43

eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CARA OU COROA?

Cara ou Coroa?, que dúvida cruel!
E, tudo por uma leve distração de minha parte.
Estava eu, na janela do meu quarto no quinto andar do prédio onde resido, contando um punhado de moedas, quando sem mais nem menos uma moeda ( 1 real) escapuliu dos meus dedos e despencou em queda livre indo chocar-se com os ladrilhos da calçada. No momento até que apreciei o tilintar que fez ao receber o impacto e, acredito mesmo, que prosseguiu tilintando enquanto dançava pelo chão áspero, atraindo a atenção dos sisudos transeuntes que por ali desfilavam seus passos apressados. Curioso, perguntei a mim mesmo: " Vai dar Cara ou Coroa?" e, respondi: " Se der Cara eu convido o meu amor para uma noitada ( no apê) regada a vinho françês, medalunas e brioches e..., é claro." Mas, se der Coroa, a levo para um jantar no Gadióli, com direito a vinho Grego; um prato especial e uma deliciosa esticada no Éden Motel".
Assim, antevendo uma noite dos deuses desci até a rua e fui conferir o que o destino me reservou... que decepção!
Por mais que procurasse não encontrei o vil metal. Escarafunchei vãos de ladrilhos, frestas do muro, tufos de grama e, nada! "A moeda criou asas e voou", pensei, decepcionado.
Estava já voltando para os meus aposentos quando vislumbrei do outro lado da rua uma "Coroa" andando com passos largos com a mão direita fechada como se estivesse guardando um tesouro: Na certa achou a moeda e a guardou. No mesmo instante presenciei um "Cara", antipático, sisudo, com modos de "cachorro sem dono" cruzar a rua , como se estivesse acabado de cometer um delito ( estava com a moeda?). Assim, tive a constatação de que um dos dois estava com o meu tesouro; que, um dos dois,apossando-se daquilo que não lhe pertencia, tinha estragado a minha noite.
Cara ou Coroa?, perguntei à minha amada à noite, refestelado no sofá, tendo na palma da mão uma moeda de 1 real.
Nem Cara, nem Coroa, respondeu-me ela, também, refestelando-se no sofá...e, por favor, continuou - Fique quieto, que eu não quero perder o último capítulo da novela e, arrematou: Esse Pereirinha é de lascar...

domingo, 15 de abril de 2012

A TEMPESTADE

A tempestade chegou e, ficou!
Antes mesmo de chegar mandou seus mensageiros
anunciarem a sua vinda.
Assim é que:
Ventos e ventanias;
Raios e trovões;
Nuvens escuras e trevas;
Poeira e folhas quebradiças;
Galhos e telhados...
Todos, escravos da tempestade, se fizeram presentes.
E, ela, chegou de forma possessa:
Derrubou casas e edifícios;
Rachou pelo meio árvores frondosas e seculares;
Arrastou homens, animais e insetos;
Destruiu plantações e arrebentou diques;
Enegreceu de forma assustadora
o céu sobre a cidade vilipendiada.
O caos tomou conta de tudo
E, neste instante Tudo se tornou Nada e,
Nada se tornou Tudo.
Ninhos e pássaros voaram sem rumo certo;
Cavalos e vacas perderam o seu Norte;
Peixes migraram para as profundezas em busca de abrigo...
No mais alto do prédio um galo de metal deixou de cantar
E, assustado, se encolheu em uma bola de aço disforme.
Não choveu!
Apenas infinitos grãos de poeira subiram aos ares e
após estranhas cambalhotas cairam sobre os cabelos
escanecidos do ancião deitado sob o banco da praça.
A tempestade alheia a tudo continuou seu intento:
Destruir os homens e suas criações materiais.
E, assim, num átimo de segundo o pesadelo se fez presente;
O desastre se fez verdugo de tudo o que tem vida;
O deserto brotou no que antes era verde e tingiu
O que restou da natureza de uma cor marrom e visguenta...
Não sei como sobrevivi, mas, sobrevivi e vi:
O inferno de Dante à minha frente e,
Desde então, tenho pesadelos descomunais.
Hoje, quando a tempestade se faz anunciar, recolho-me
ao meu túmulo e dormito... até que ela passe.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

ARRE!!!! ESTOU NO AR NOVAMENTE

Depois de uma luta insana para recuperar o Blog, estou no ar novamente. Fiquei dias sem escrever no Blog... vou recuperar o tempo perdido.
Preciso dominar a tecnologia com urgência, embora, os sábios tenham afirmado de que: "Burro velho não pega cangalha." Vou tentar.
Um abraço aos meus fiéis leitores.

sábado, 7 de abril de 2012

FERIADO DA SEMANA SANTA

FERIADO DA SEMANA SANTA

Neste feriado da semana santa, estivemos eu e minha querida esposa Edna, nosso refugio preferido “Mirante dos Alemães”, situada na Serra do Mar, a convite do meu dileto amigo Hans Schutz, que foi presenteado por Deus, deste belo e aprazível local, onde vivemos momentos inesquecíveis, quando a paz, harmonia e amizade prevaleceram em suas plenitudes. Tal paraíso se situa numa escarpa





Tudo isto obra divina da criação do ser supremo, inspira o Poeta e porque não dizer aqueles que o acompanham a vivenciar momentos de extrema poesia.









Invariavelmente à tarde uma densa e poética neblina desce sorrateira sobre a pousada e os vales que a circundam.











A NEBLINA QUE ME ENVOLVE A exuberância da paisagem era tanta que me inspirou a compor um poema exaltando um de seus atrativos que tem o poder místico de conquistar e envolver em sentimentos nostálgicos e poéticos as almas românticas que anseiam em adentrar no universo da poesia...A NEBLINA



A NEBLINA QUE ME ENVOLVE

A neblina que me envolve é singular.
Não é densa, nem tampouco fugaz.
Assemelha-se em consistência ao véu virginal,
que esconde o semblante da tímida noiva,
em seu momento nupcial.
Desce das encostas das montanhas sorrateira
e lépida...
às vezes imagino-a como a cauda farfalhante
do vestido que abriga as formas sonhadas pelo pretendido
e impaciente, o amante privilegiado.
Eu também sou privilegiado:
A neblina oferece-se toda para mim neste momento inaudito;
A face antes corada, agora fria, fremita ao ser tocada pelas gotículas
que se embarafustam pelos poros entreabertos;
O corpo ao se ver abraçado pela aragem perfumada tremula e
se iguala ao corpo do feliz noivo e sente desmaiar.
E a neblina continua a sua trajetória sublime de beijar e tudo aquilo
que compõe este quadro celestial pintado pela natureza.
Assim arvores, arbustos, rios e riachos, montes e ravinas, pássaros e
animais silvestres, e eu, nos vemos, enternecidos e mergulhados no
novelo intrincável da alva lã que se esprai em tufos pelo mistério do éter
Desnecessário é dizer que mais alvos ficaram os cabelos encanecidos
deste poeta sonhador,




que de joelhos agradece o presente que recebeu.
Neste feriado no “Mirante dos Alemães”, junto à neblina fui feliz, como também
felizes se sentiram os demais convidados do nosso ilustre anfitrião.

Até o próximo feriado...

Aldo de Aguiar – 07.04.12 – 23:15hrs







domingo, 1 de abril de 2012

DEMÓSTENES

Júlio Dantas

Em casa de laís, Demóstenes entrara:
Como Atenas inteira, o supremo orador
Vinha comprar também, nuns minutos de amor,
O corpo escultural dessa beleza rara.


Quase a possuíra já, de tanto que a sonhara:
E ao ver, gloriosa e nua, em todo o seu esplendor,
cingido o strophion de ouro aos dois seios em flor,
Essa linda mulher que se vendeu tão cara.


Tímido, perguntou: - "Um só beijo fugaz
por quanto o vendes, grega?" E ela, num gesto lento:
- "Conta mil dracmas, velho, e tu me possuirás!"


- "Quê? pagar por tanto ouro o beijo dum momento?
Dar mil dracmas por ti? Não, mulher; fica em paz:
Eu não compro tão caro um arrependimento.

Lagos- Algarves,1876
Lisboa - 1962

strophion : faixa usada pelas mulheres para segurar os seios.

EXTRAÍDO DO LIVRO DAS CORTESÃS ( 1500- 1900)
SELEÇÃO, ORGANIZAÇÃO E NOTAS DE SÉRGIO FARACO
( POETAS PORTUGUESES E BRASILEIROS)

ESTE LIVRO ESTÁ À DISPOSIÇÃO PARA EMPRÉSTIMO.

quinta-feira, 29 de março de 2012

CATARSE

Às vezes, ou, quase sempre, vivo momentos de extrema angústia quando após muito clamar, faço a vontade de minha alma. Ela sabe fazer de mim um fantoche. Preso por cordéis invisíveis ela me domina e me direciona para aquilo que melhor lhe aprouver. Sempre fez isto. Por infinitas vezes já me vi subjugado por forças que não consigo vencer. Sou frágil como um cálice de cristal e, para não me ver em pedaços me entrego aos seus caprichos. Ela faz de mim o seu brinquedo predileto: joga-me para os lados; rasga-me as roupas; fere-me o corpo e tudo isto acompanhado de estrondosas gargalhadas. Não tem e nunca teve pena de mim. Mas, que posso fazer se ela é parte íntima do meu ser? Se, sem ela, não consigo respirar... sou um molambo jogado às margens do caminho? Melhor é submeter-me aos seus doidos repentes e viver alguns instantes em catarse.
É o que estou fazendo neste momento... são 3 horas da madrugada. Já recebi nas entranhas a mensagem de que ela não quer esperar nem mais um segundo... Desmaio... não sinto mais o pulsar do coração... antes corpo afogueado, agora um pedaço de granito. Antes de sucumbir para o sono profundo peço ao bondoso Deus de que ela não se demore muito em suas aventuras pelo passado em busca das lembranças de amores vividos. Da última vez ela me deixou em catarse por dois séculos. Quando me libertou e voltei à vida eu tinha criado raízes no solo e me transformado num soberbo jacarandá... ainda bem que um lenhador me libertou com seu afiado machado.
Sei que agora e por mais um tempo ela estará viajando pelos caminhos que já percorremos e certamente encontrará os nossos mais queridos amores. Não posso reclamar. Também por um tempo que não sei precisar as lembranças me acompanharão. Oh! inanição bendita: acorrenta-me em teus elos... preso aos momentos inesquecíveis vivo encantos que não quero esquecer.
Alma querida, prolongue o estado de catarse em que me colocaste... saia deste corpo e viva o que hoje não posso viver... libere as nossas emoções e pricipalmente as lembranças que se alojam, recalcadas e doloridas, no recôndito do coração sonhador...
São 5 horas da madrugada... lentamente sinto o sangue correr nas veias... um espasmo dorido me traz à consciência novamente... alma por onde andaste? por onde andei?... Por que saber... basta apenas saber que fui novamente aquele que sempre foi.
Bom dia, Sol!