sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O GRANDE CIRCO!

Atenção: Não percam o grandioso espetáculo! O maior da Terra! Jamais visto em outras plagas... É o Grande Circo "Congresso Nacional", apresentando até meados de setembro a peça: SENADO FEDERAL e suas Estrepolias. Uma única oportunidade do brasileiro assistir em seu sofá, comendo pipoca com refrigerante os melhores atores circenses desempenharem com maestria o papel de INDIGNADOS; DESCLASSIFICADOS, IMORAIS, CORRUPTOS E TANTOS OUTROS ADJETIVOS, que eles mesmos se qualificam. É um saco de gatos enlouquecidos. E tudo em nome do drama "IMPEACHMENT DA PRESIDENTA DILMA". É incrível como eles se odeiam, para, em seguida se amarem. Ao mesmo tempo em que gastam as suas verborragias com impropérios, amenizam com o emprego de Vossa Excelência, a saber: Vossa Excelência não tem moral alguma... Vossa Excelência é réu no STF... Vossa Excelência dilapidou os cofres da Estatal ... e, assim, por diante.
É cômico, se não fosse trágico!
O que o Brasil espera destes distintos atores de comédia? Devemos continuar pagando impostos para que eles enchem suas "burras " com o nosso suor?
Brasil, acorda do seu berço esplêndido e reaja!
Chega de Circo e pão para os pobres e miseráveis brasileiros que enfrentam a pior crise já vivida. Está na hora de acordarmos e dizermos um B A S T A! para estes assassinos dos sonhos brasileiros.
Se, assim, não reagirmos, o CIRCO continuará prosperando e, nós, nos tornaremos espectadores-ZUMBIS, de uma cena Nacional caótica.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O CAMAFEU DE PRATA

Era impossível não notar o reluzente camafeu de prata
Adornando o colo alvo riscado por veias finas, azuladas.
Ficava à mostra como um troféu exposto em rico museu:
Imponente, altivo e feroz, como o Minotauro de Teseu.

Ela sempre o trazia, indiferente se era vivo, ou, inerte,
No colo arfante; a sua morada, o estojo de puro cerne.
Ali o pequeno lagarto reinava a despeito do meu ódio.
Sim, ódio, pela maneira como se portava no mais alto pódio.

Tinha os olhos formados por dois rubis flamejantes e rublos;
As unhas, feitas do mais duro alabastro e afiadas com esmero;
A boca, trazia enfieirado, dentes finos, alvos e cortantes
E, por fim, tinha o aspecto sombrio de uma fera-amante.

Uma noite, embriagado de absinto e de um desejo insaciável,
Colei os lábios no pescoço macio num longo beijo afável.
Oh, maldito camafeu que me atacou com suas armas letais,
Mordendo-me; lanhando-me e causando-me feridas mortais.

Agonizante, ainda tive forças para num débil gesto brusco,
Arrancar, dela, o objeto assassino, ciumento e possesso.
Num átimo, a bela mulher, se apossou do camafeu que ria
E, o guardou dentre os seios túmidos; agora, joia fria.

O tempo passou e nunca mais vi a mulher do lagarto-rei,
Nem mesmo, pelas andanças que por "Coisas da Vida", andei.
Só me dei conta, hoje, ao ter os cabelos encanecidos
Do perigo que passei ao enfrentar o CAMAFEU assassino.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

SONETO DO CORAÇÃO SANGRANDO

Coração sangrando que não cabe dentro do peito,
Agoniza, em seus últimos estertores de vida.
Sofrendo dores cruéis de amores findos, desfeitos,
Pulsando, ora sim, ora não, na triste sina.

Sim, na triste sina de ter se entregue à mulher
Que lhe prometeu o amor em sua idílica plenitude.
Oh, órgão tolo, que pensando ter a Estrela Vésper,
Teve, apenas, um cometa, solitário na infinitude.

Sangra, em borbotões de líquido rubro e fervente,
Inundando a alma como se ela fora um náufrago débil,
Ou, mesmo, um andarilho roto, alquebrado e, demente.

Coração sangrando, sangra, pelos poros dilacerados,
Que regurgitam o sangue e a crença na mulher ignóbil,
Que o traspassou com o punhal gélido do amor negado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

UMA VISITA À LIVRARIA SIGMA NO SHOPPING VIA VALE

Ontem, estive no Shopping Via Vale, quando fiz uma visita literária à Livraria Sigma. Sem dúvida alguma é uma esplêndida Livraria. Existem livros de todas as áreas, bem como, revistas e afins. Maravilhosa é a Cafeteria com poltronas próprias para se passar ali algumas horas devorando os mais diversos autores. è importante que os Taubateanos a frequentem, pois, do contrário, poderá acontecer com as demais que não vingaram. Existe uma estatística que prova que os brasileiros não cultivam o hábito da leitura. Enquanto na Dinamarca exite uma Livraria para cada 1.800 habitantes, no Brasil, a coisa piora, sendo apenas uma Livraria, para 29.000 pessoas.
Após me deliciar pelos corredores repletos de livros acabei comprando 3 obras de um dos meus autores preferidos: DOSTOIÉVESKI, do qual tenho praticamente todos os seus livros.
Assim, é, que, comprei:

1. DUAS NARRATIVAS FANTÁSTICAS : A DÓCIL E O SONHO DE UM HOMEM RIDÍCULO - EDITORA 34 - 123 PÁGINAS
Designadas pelo próprio autor como "narrativas fantásticas", as duas novelas aqui reunidas foram publicadas pela primeira vez nas páginas do Diário de um Escritor, publicação mensal redigida por Dostoiéveski entre 1876 e 1879.
Em A Dócil, um homem desesperado refaz, diante do cadáver da mulher, a história do seu relacionamento, tentando compreender passo a passo as razões que a levaram ao suicídio. Já em O Sonho de Um Homem Ridículo, o narradora ponto de acabar com a própria vida, adormece na poltrona diante do revólver carregado. Principia então um dos sonhos mais extraordinários da história da literatura, durante o qual Dostoiéveski anuncia a possibilidade de uma vida utópica em outro planeta antes de seus habitantes serem contaminados pelo veneno da autoconsciência.

2. A ALDEIA DE STIPÂNTCHIKOV E SEUS HABITANTES - EDITORA NOVA ALEXANDRIA - 240 PÁGINAS
Este livro destaca-se na obra de Dostoiéveskipor representar uma de suas faces mais surpreendentes como escritor: o prosador satírico, criador de personagens e narrativas cômicas e patéticas.
Ambientado numa propriedade rural do interior da Rússia, A Aldeia de Stiepântchikov e seus Habitantes narra as intrigas e confusões que se dão na convivência de uma família cercada por estranhos agregados e parasitas. No centro dos acontecimentos está Fomá Opískim , com um passado de bufão da corte, mas com a pretensão de ser considerado um grande pensador - dominado a todos com seus caprichos e excentricidades.
Com uma dicção diferente daquela apresentada em outra de suas obras, o grande autor de Crime e Castigo revela, nesta narrativa, a atormentada alma humana através das lentes do humor e da sátira mordaz, constituindo, assim, a matéria prima fundamental para a construção de alguns de seus personagens mais emblemáticos.


3. BOBÓK - EDITORA 34 - 84 PÁGINAS,

Primeiro testo de ficção publicado no Diário de um escritor, que então estreava como seção do Grajdanin, o conto BOBÓK, mais do que uma resposta genial do autor a seus críticos, é uma peça-chave do universo dostoieveskiano: aquela que concentra, como uma cápsula, as principais aspirações criativas do escritor.
Um escritor frustrado sai para se divertir e vai parar num enterro. Acaba cochilando sobre uma sepultura e, de repente, começa a ouvir vozes vindas de debaixo da terra. É em torno desta situação, entre cômica e fantástica, que se desenvolve o conto BOBÓK, de Dostoiéveski.

Já tive a felicidade de nestes dois dias ler os livros Duas Narrativas e Bobók. Recomendo-os aos meus fiéis seguidores deste blog.

Ler, Ler, Ler e Ler... Exercício salutar e necessário para o desenvolvimento do cérebro e consequentemente da inteligência.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

INFÂNCIA... DAS COISAS QUE TENHO SAUDADES - SÃO LUIZ DO PARAITINGA

Dos 6 aos 8 anos de idade morei em São Luiz do Paraitinga. Meu pai era dentista do Grupo Escolar Cel. Domingues de Castro. Eu estudava no segundo ano do grupo. O meu professor era o Pedro que mais tarde se tornou Delegado de Polícia em Taubaté.
Ah, tempo bom. Tempo de muitas traquinagens pelas ruas dos casarões e, principalmente na Vargem dos Passarinhos. As ruas eram de terra batida e, quando chovia descia uma enxurrada do Morro do Cruzeiro. Assim, que a chuva passava nós (toda a garotada) descia o Morro sentado em folhas de Pita, deslizando pelo barro macio.
Ao lado da Igreja da matriz tinha um morro suave que descia até a Praça e, era nele que nós descíamos dentro de pneus, rodando vertiginosamente.
Aos Domingos eu ia assistir os seriados do Homem Foguete; do Tarzã; do Hopalong Cassyd e outros que nos deixavam em suspense. O cinema ficava lotado.
Sempre nas tardes de Domingo ia assistir o futebol. O campo ficava ao lado do Rio Paraitinga e, quando acontecia de um jogador chutar a bola para o rio, imediatamente um nadador se atirava em suas águas frias e nadava até pegar a bola e devolvê-la para os jogadores.
Frente ao Asilo , ao lado da casa do Pedro Costa tinha um terreno vazio onde se instalava circo, parques e arena de rodeio. Lembro-me de ir assistir uma peça de teatro com o famoso ator Casca Grossa. Era um drama e, eu, chorei muito.
Quando acontecia as festas tradicionais, às noites eu perambulava pelas barracas e, ficava procurando pelas ruas as moedas que alguém tinha deixado cair. Assim, que encontrava uma, corria para comprar um pirulito ou algodão doce.
Por Coisas da Vida voltei a São Luiz do Paraitinga após 40 anos como Diretor da Escola Monsenhor Ignácio Gióia. Foi lá que tive a grata satisfação de ter a competente Cida da Bitica como minha Assistente. Dizem as boas e más línguas que ela batia muito em mim quando eu era criança.
Ah, que saudades da Festa do Divino organizada pela professora DIDI; das cavalhadas no campo de futebol; dos afogados (carne com batata) no Mercado Municipal e, principalmente, das noites enluaradas da pequena, mas, aconchegante, cidade.
Das coisas que tenho saudades...

domingo, 14 de agosto de 2016

INFÂNCIA ... DAS COISAS QUE TENHO SAUDADES!

Neste final de domingo quando a tarde some e a noite chega com sua escuridão e seus incontáveis mistérios; quando a televisão só apresenta matérias frívolas, que nada acrescentam em nossa vida; quando os desafios da semana que está breve a nascer parecem intransponíveis; quando a "luta" árdua pela sobrevivência oprime os nossos corações, deixo a realidade tormentosa por uns instantes e passo a recordar os melhores momentos de minha também árdua mas benfazeja infância... infância passada na "ROÇA", mais precisamente no Sítio do Taquaral, no sítio dos Velosos, no Bairro do Pinheirinho e, finalmente no Sertão das Antas, todos no município de Redenção da Serra.
Era criança. Vivi esta vida entre os oito e doze anos de idade.
O que recordo com saudade e com um desejo enorme de voltar no tempo... ser criança novamente e me sentir livre para o que de melhor aconteceu comigo?
RECORDO:

1. O cheiro adocicado e penetrante do capim gordura quando eu ia buscar as vacas no pasto para a ordenha diária;
2. O leite quente e espumoso da vaca Favorita que espirrava na caneca de alumínio contendo no fundo um pouco de açúcar com uma pitada de chocolate em pó (tinha que economizar para que durasse o maior tempo possível.Chocolate era uma raridade);
3. O banho diário na Bica feita de Embaúba, onde escorria a água que vinha do grotão que chegava fria e prateada;
4. A pescaria de lambaris na lagoa após terminar as tarefas diárias ( raspar o esterco do curral, tratar do gado; tratar dos porcos e galinhas etc.);
5. Os mergulhos no ribeirão que serpenteava pelas árvores e matos rasteiros;
6. O almoço em que Mamãe fazia no prato de ágate um delicioso "sortido" onde nunca faltou um ovo frito de gema amarela, alguns torresmos e dois ou três pedaços de carne de porco tirados da lata de banha onde ficavam imersos para não estragarem;
7. Sair a cavalo para ir entregar o leite no "ponto" e me deliciar com o caminhão leiteiro do Juca Bé;
8. Após entregar o leite ir no armazém do João Corrêa para tomar um copo de água tirada da moringa com xarope de limão ou de groselha ( Sítio do Taquaral);
9. Todo dia montar a cavalo e ir até Redenção da Serra para estudar no quarto ano do Grupo Escolar- tinha 9 anos( um percurso de 30 km - ida e volta - Sítio dos Velosos);
10.Os momentos mágicos à beira do fogão de lenha à noite quando meu pai nos contava causos de assombração;
11. O sono delicioso e reconfortante à noite quando deitava na esteira e dormia ouvindo os pios das corujas e os mugidos das vacas chamando seus bezerros;
12. As caçadas com estilingue dos inúmeros tico-ticos que ciscavam os estrumes das vacas atrás dos bichinhos;
13. Assoar o nariz toda manhã na bica de água para tirar a "fuligem" que ficava grudada no nariz pela fumaça da luz da lamparina de querosene;
14. O primeiro sentimento de "amor" da menina vizinha do nosso sítio (Sertão das Antas - Eu tinha 12 anos) que se chamava Dorvalina;
15. A emoção quando deparava com uma cascavel no meio do samambaial ( Eu roçava o pasto toda tarde) e a matava com a foice...

Amigos, é bom eu ir parando com as minhas recordações, pois, os meus olhos já estão lacrimejando.
De tudo isto fica a assertiva: "EU ERA FELIZ E, NÃO SABIA!".

P.S. Na TV o âncora está falando dos corruptos da Lava Jato. Ninguém merece.
ARRE!!!!!!!!!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PUXANDO A BRASA PARA A MINHA SARDINHA

Que me perdoem os meus leitores a "falsa" modéstia, mas, vou puxar a brasa para a minha sardinha. É o seguinte:
A Academia Taubateana de Letras da qual sou fundador e membro efetivo ( cadeira no. 1) publica bimestralmente o seu jornal denominado O EXPERIMENTAL. E, não é que, neste último eu fui citado por 3 vezes,o que muito me honrou e, feliz, gostaria de participar aos abnegados leitores os conteúdos.
São eles:

1. ACADÊMICO ALDO DE AGUIAR É HOMENAGEADO NO DIA DO ESCRITOR
A Câmara Municipal de Taubaté promoveu no dia 14 de Abril, quinta-feira, às 19 horas e trinta minutos, na Alameda Cultural do Taubaté Shopping, a solenidade comemorativa ao Dia do Jornalista Oswaldo Barbosa Guisard - 64 Semana Monteiro Lobato e ao Dia do Escritor e da Literatura.
Na ocasião os Acadêmicos Professor Aldo de Aguiar, da Academia Taubateana de Letras, ATL, e o Professor, José Eurico de Moraes, da Academia Valeparaibana de Letras e Arte, AVL, indicados pelos seus pares, foram também homenageados.
As Academias de taubaté se sentem honradas por tê-los entre os seus ilustres Acadêmicos.

2. ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS
No dia 24 de junho, em reunião mensal comum da nossa Academia, foi comemorado o aniversário de sua fundação. O fundador desta Academia foi o Acadêmico Prof. ALDO DE AGUIAR, que ocupa a cadeira no. 01, Patrono Monteiro Lobato, que, após inúmeras reuniões numa das salas do prédio onde se localizava o Departamento de Educação, sob a direção da Acadêmica Profa. Maria Mércia Agostinho, formalizou a criação da Academia, já tendo os frequentadores das reuniões levado vários nomes como sugestão para Patronos das 40 Cadeiras. Escolhidos estes, os que se achavam presentes fizeram a escolha de seus Patronos e foi marcada a sessão de instalação da Academia, que foi denominada - também por escolha da maioria - Academia Taubateana de Letras
Estávamos em Junho de 1998. Vale lembrar que o Prof. ALDO DE AGUIAR sempre foi um batalhador pela criação de uma Academia DE LETRAS, em Taubaté, e dessa vez obteve o sucesso desejado. Na comemoração deste 17 aniversário de sua criação ( a instalação foi em 1999), nossos parabéns ao Prof. ALDO DE AGUIAR e a todos os demais Acadêmicos que o ajudaram nessa nobre tarefa, bem como aos que, ao longo desses anos, foram-na engrandecendo cada vez mais

3. A VIDA COMO ELA É
ACADÊMICO TITULAR ALDO DE AGUIAR
CADEIRA No. 1 da ATL

A VIDA COMO ELA É:
É BELA;
É EXCITANTE;
É ROMÂNTICA;
É DESAFIADORA.

EU, SOU, COMO SOU:
APAIXONADO;
POETA;
ROMÂNTICO;
SONHADOR.

TANTO EU, QUANTO A VIDA,
SOMO O QUE SOMOS E, NADA MAIS.

Sempre, eu agradeço às forças do Universo que me deram a oportunidade de me envolver e sair vitorioso em projeto tão magnífico como a Idealização e posterior Fundação da Academia Taubateana de Letras.



quarta-feira, 10 de agosto de 2016

INSIDIOSA INDIFERENÇA

Hoje, ela me trata com insidiosa indiferença
Desdenhando as atenções e carinhos oferecidos.
Sou, não mais o preferido e, tenho a crença
De que, aos poucos, serei um amor esquecido.

Antes, éramos um casal que vivia os encantos
Do amor perene, sublime: um idílio celestial.
Porém, sem mais nem menos, para o meu espanto
Ela, passou a me ignorar. Eu, pobre mortal.

Sim, um pobre mortal que se ajoelhou aos pés,
Na tentativa vã de resgatar a atenção sonhada.
Ah, triste quimera, pois, mesmo com a garrida fé,
Só tive dela o olhar mais frio na face enregelada.

Uma dia, não aguentando mais tão maléfica atitude
Disse-lhe, num débil sussurro embasado na crença
De que o amor por mais eterno que seja tem a finitude:
"Mulher, vai-te e leva contigo esta INSIDIOSA INDIFERENÇA!".

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O QUARTO DE JACK - FILME E LIVRO

Quando assisti o filme " O Quarto de Jack" fiquei impressionado pela saga que passam a mãe e seu filho Jack, enclausurados em um minúsculo quarto por um Psicopata de meia idade, que durante 7 anos mantém a moça prisoneira, abusando sexualmente dela a seu contento. Desta aberração sexual nasce um garoto que é chamado de Jack e que vive à margem da vida real, só assistindo TV. O filme é muito interessante, embora, em algumas cenas a gente chegue às lágimas.
Recomendo que assistem o filme e, se possível, leiam o livro, que é mais completo.
Sobre o livro:
Foi escrito pela escritora EMMA DONOGHUE e publicado pela VERUS EDITORA. O livro tem 350 páginas.
Resenha:
Para Jack, um esperto menino de cinco anos, o Quarto é o único mundo que existe. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, brincam e dormem. Ali há maravilhas infindáveis para soltar sua imaginação. À noite, sua Mãe o fecha em segurança no Guarda-Roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.
O Quarto é o lar de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a Mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é o suficiente, para nenhum dos dois. A curiosidade de Jack vai crescendo,
assim como o desespero da Mãe, e ela elabora então um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, como está despreparada para fazer o plano funcionar.
Narrado na voz terna, divertida e original de Jack, Quarto é a história de um amor imbatível em circunstâncias atrozes, bem como de laço entre uma mãe e seu filho, com a solidez do diamante. É um romance comovente que choca, arrebata e cativa - mas que é sempre profundamente humano e comovente. Quarto é um lugar que você jamais esquecerá.

Trata-se de ficção, porém, sabemos que hoje, neste instante em que escrevo, milhares de mulheres estão sendo submetidas a Psicopatas travestidos de ovelhas em imundos, horríveis e tétricos " Quartos de Jack".

sábado, 6 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS NO BRASIL

A abertura dos jogos olímpicos 2016 no Brasil, no Estádio do Maracanã, surpreendeu-nos pela criatividade, riqueza de personagens e tema altamente voltado para o socorro do Planeta Terra.Sem margens de dúvidas nada ficou a desejar de outras "aberturas" em países mais ricos e desenvolvidos. Foi um espetáculo rara beleza apresentado pelos nossos artistas, voluntários e equipes técnicas. Agora, só nos resta torcer para que as medalhas cheguem aos borbotões e, atletas capacitados para isso temos, embora, a competição ocorra com atletas de países mais desenvolvidos na área esportiva como os são o Canadá, USA, Austrália , Japão, Coréia do Norte e principalmente a China. Como nada é perfeito ficou a impressão desagradável do logotipo da C & A no paletó dos nossos atletas (Patrocinadora?).
Que venham as medalhas,pois, o BRASILEIRO, não desiste nunca.
Parabéns aos organizadores desta memorável Olimpíada na Cidade Maravilhosa.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O ESTOJO DE MAQUIAGEM

Quando ela partiu esqueceu o estojo de maquiagem
Sobre a penteadeira, ao lado do gato de porcelana.
Saiu, com os cabelos molhados, na doída friagem
Da noite de inverno e, desfilou, como, uma dama.

Sozinho, fiquei na alcova onde a penumbra reinava,
Como ela reinou nos momentos em que me fez feliz.
Embriagado pelo vinho e pelas ardentes carícias,
Sentia-me um robô e, assim já o vinha, pela tarde gris.

Antes de sair do ninho do amor inaudito, vislumbrei
O estojo prateado onde ficava o seu odor de fêmea,
Com gestos trêmulos tive-o nas mãos e, aspirei
Os eflúvios que saíram de sua pele suave e trêmula.

Oh, troféu bendito que hoje guardo em meu quarto
Como se fora o mais requisitado tesouro da Pérsia.
Tenho-o não como um frio objeto feito de alabastro,
Mas, sim, como, o corpo sedutor da mulher-fera.

Nunca mais a vi para lhe devolver o seu estojo fiel
Dela, as notícias feneceram como folhas secas na estiagem.
Porém, ela vive para mim ao lado de uma estrela no céu
E, nunca se apagará enquanto eu tiver o ESTOJO DE MAQUIAGEM.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A CAMPA

Era uma tarde fria e cinzenta que caía no cemitério.
Uma neblina toldava a visão que descortinava a paisagem,
Impedindo que os olhos vissem os totens funéreos,
Que se perfilavam dentre as raras e pobres folhagens.

Por entre as vielas repletas de tocos de vela derretidos,
Eu, seguia, como um autômato à procura da Campa Santa.
De quando em quando o meu coração sangrava, ferido,
Pela perda da moça da trança sedosa, comprida e, loura.

Sim, a perdi em um tempo remoto que não sei precisar,
Nem mesmo dela ainda hoje consigo uma imagem real.
Sei e muito sei que vivi só para a idolatrar...
Ah, destino ingrato que a levou para a morada celestial.

Num repente, eis-me frente à tumba encardida pelo tempo,
Pelas ervas e líquens que hoje formam sua bela trança.
Cabisbaixo, dobro os joelhos e relembro o belo rosto
E, choro, por ter herdado um cemitério de desesperança.