quarta-feira, 31 de julho de 2019

PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA... O DESERTO QUE NOS ACOLHE



O DESERTO QUE NOS ACOLHE NÃO É O DO "ATACAMA" E NEM O DO "MOJAVE",
NÃO POSSUI AREIAS ESCALDANTES, PEDRAS E NEM SERES ASQUEROSOS.
É SIM, PARECIDO COM UM MACIO, PERFUMADO E MORNO DOSSEL,
E, MUITAS VEZES, SE TORNA, ACONCHEGANTE, ATRATIVO E VOLUPTUOSO.

NELE, NOSSOS CORPOS SE DELICIARAM EM EMBATES FERINOS... SENSUAIS,
ONDE OS SUSPIROS, ERAM DOS BEIJOS DADOS E, NÃO, DO SOL ESCALDANTE.
TÍNHAMOS-NOS POR ELE, DESEJO, ADORAÇÃO E, OLVIDÁ-LO?, JAMAIS!
POIS, RECEBIA-NOS SEMPRE E, ERA COMO SE FOSSE, UM VINHO EMBRIAGANTE.


PORÉM, O TEMPO, ESSE VERDUGO IMPIEDOSO, SE ENCARREGOU DE MOLDÁ-LO,
TRANSMUDANDO-O, PELAS NOSSAS DESAVENÇAS E, DESAMORES CONTÍNUOS,
NAQUILO, QUE, HOJE, SE APRESENTA AO CASAL QUE, INCAUTO, ESCOLHE

VIVER NO CAMPO DA BATALHA DE SENTIMENTOS JÁ NÃO EXISTENTES,
DE EMOÇÕES QUE NÃO MAIS SE COADUNAM COM A PAZ DO AMOR PERENE.
HOJE, O COLCHÃO PUÍDO E SOLITÁRIO É, O DESERTO QUE NOS ACOLHE.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA ...O MAUSOLÉU DO AMOR



QUANDO UM AMOR MORRE DEVE SER SEPULTADO
O MAIS BREVE POSSÍVEL E, EM LUGAR ESPECIAL.
DE NADA ADIANTA QUERER MANTÊ-LO ABRIGADO
SE NADA MAIS É DO QUE UM TRASTE, SEM IGUAL.

HÁ AMORES QUE MERECEM SEREM RECOMPENSADOS
COM REVERÊNCIAS DE UM SULTÃO, OU DE UM PRÍNCIPE,
PORÉM, QUANDO, O AMOR É VILMENTE DESPREZADO
NÃO MERECE AS LÁGIMAS DE UNS OLHOS TRISTES.

ASSIM, ACONTECEU COM O MEU AMOR ILUDIDO
DE QUE ERA O PORVIR DE UM RADIOSO DESTINO,
E, COMO TAL, ABENÇOADO PELOS ANJOS DO CÉU.


PORÉM, DE NADA ADIANTOU SONHAR O GRANDE AMOR,
SE ELA,AO DAR-ME ADEUS, DISSE-ME, COM DESAMOR:
SEPULTA O MEU AMOR NO TEU CORAÇÃO: FRIO MAUSOLÉU.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

OLAVO BILAC



REMORSO

ÀS VEZES, UMA DOR ME DESESPERA...
NESTAS ÂNSIAS E DÚVIDAS QUE ANDO,
CISMO E PADEÇO, NESTE OUTONO, QUANDO
CALCULO O QUE PERDI NA PRIMAVERA.

VERSOS E AMORES SUFOQUEI CALANDO,
SEM OS GOZAR NUMA EXPLOSÃO SINCERA...
AH! MAIS CEM VIDAS! COM QUE ARDOR QUISERA
MAIS VIVER, MAIS PENAR E AMAR CANTANDO!

SINTO O QUE ESPERDICEI NA JUVENTUDE;
CHORO, NESTE COMEÇO DE VELHICE,
MÁRTIR DA HIPOCRISIA OU DA VIRTUDE,


OS BEIJOS QUE NÃO TIVE POR TOLICE,
POR TIMIDEZ O QUE SOFRER NÃO PUDE,
E POR PUDOR OS VERSOS QUE NÃO DISSE!

sábado, 20 de julho de 2019

QUANDO O SOL É RADIOSO



QUANDO O SOL É RADIOSO EU FICO SENTADO AO AR LIVRE PARA CONTEMPLAR O QUE NÃO DESEJO VER. ASSIM É, QUE, NUMA MANHÃ DE SOL RADIOSO E PAISAGEM ESPLENDOROSA, SENTEI-ME NA RELVA VERDEJANTE DE UMA CAMPINA E PUS-ME A CONTEMPLAR O QUE O MEU CORAÇÃO NÃO QUERIA VER E, ASSIM, VI:
- CONTEMPLEI UMA REVOADA DE ANDORINHAS QUE, NUNCA EXISTIU;
- CONTEMPLEI O FLANAR DE BORBOLETAS QUE, POR NÃO TEREM ASAS, TAMBÉM, NUNCA, EXISTIRAM;
- CONTEMPLEI A IDA E VINDA DAS FORMIGAS CORTADEIRAS QUE, AOS MEUS OLHOS, NADA MAIS ERAM DO QUE FRAGMENTOS DE FOLHAS SECAS;
- CONTEMPLEI AS RAJADAS DE VENTO QUE VARRIAM AS FOLHAS E OS GALHOS, EMBORA, NÃO DESALINHASSEM OS MEUS CABELOS, PORQUE, NUNCA EXISTIRAM;
- CONTEMPLEI OS ANDARILHOS MALTRAPILHOS E NAUSEABUNDOS QUE FORMAVAM ROLOS DE FUMAÇA, JÁ QUE NUNCA EXISTIRAM...
QUANDO O SOL É RADIOSO, EU ME TORNO ESCURO E CEGO E PENSO QUE CONTEMPLO O QUE NUNCA CHEGUEI A CONTEMPLAR.
PARA MIM, O SOL SÓ É RADIOSO QUANDO, ELE, EM SUA LUMINOSIDADE, ME FAZ CONTEMPLAR TUDO AQUILO QUE EU NUNCA VI, PELOS SIMPLES MOTIVO DE NÃO EXISTIREM.


segunda-feira, 15 de julho de 2019

ESCRITORES TAUBATEANOS - JUDITH MAZELLA MOURA - IN MEMORIAM

FALAR SOBRE A ESCRITORA JUDITH MAZELLA MOURA É UMA HONRA PARA MIM. CONHECI-A NA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS E COMO SÍNDICA DO PRÉDIO ONDE MORO, NOS IDOS DE 2004.
CONSAGRADA ESCRITORA, JORNALISTA, VEREADORA E ACADÊMICA, JUDITH MAZELLA MOURA, SE TORNOU UMA REFERÊNCIA EM TAUBATÉ, COMO UMA MULHER DE GARRA, FIBRA E DETERMINAÇÃO.
COMO ESCRITORA, ESCREVEU VÁRIAS OBRAS DE CUNHO SOCIAL E FAMILIAR E, EM SEU LIVRO "RECORDAÇÕES DE TAUBATÉ", DESCREVE COM MAESTRIA A NOSSA CIDADE E SEUS RECANTOS. ESCREVEU TAMBÉM O LIVRO " PAULA", ONDE DESCREVE O MUNDO DE "PAULA" E SUAS PERIPÉCIAS PARA SE SITUAR NO MUNDO ONDE OS HOMENS SE SENTEM "DONOS".
SOBRE A ESCRITORA:
JUDITH MAZELLA MOURA NASCEU EM TAUBATÉ/SP EM 1920. FILHA DE ANTONIO MAZELLA E BEATRIZ GOMES MAZELLA, CASOU-SE COM GERALDO CURSINO DE MOURA. TEM QUATRO FILHOS, NOVE NETOS E DOIS BISNETOS(CONSTA DA EDIÇÃO DO LIVRO DE 2005). CURSOU O GRUPO ESCOLAR "DOM PEREIRA DE BARROS", EXTERNATO SÃO JOSÉ E A FACULDADE DE DIREITO.
É ADVOGADA, JORNALISTA. TEM COLUNA NO DIÁRIA NO JORNAL "A VOZ DO VALE" COM O NOME "BOM DIA TAUBATÉ" E TAMBÉM ESCREVE PARA O JORNAL MATÉRIA PRIMA, EM COLUNA INTITULADA "JANELA ABERTA". SEU PRIMEIRO TRABALHO FOI PUBLICADO EM 1956, SOB O TÍTULO "VERSOS DE UMA ALMA ERRANTE", DEPOIS VERSADA EM ESPANHOL PELO POETA URUGUAIO IZIDORO RODRIGUES.
PRIMEIRA VEREADORA ELEITA NA REGIÃO, TRABALHOU TREZE ANOS NA REPRESENTAÇÃO POPULAR, SENDO A PRIMEIRA MULHER A OCUPAR A PRESIDÊNCIA DA CASA DR. PEDRO COSTA.
OBS: INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DA ORELHA DA CAPA DO LIVRO "PAULA".

SOBRE A AUTORA ESCREVEU NA ORELHA DA CONTRA-CAPA A ESCRITORA TAUBATEANA THEREZA FREIRE VIEIRA:
JUDITH MAZELLA MOURA, VEREADORA, POETISA, TROVADORA, MEMBRO DA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS, CADEIRA NÚMERO 8, QUE TEM POR PATRONO O ESCRITOR E PROFESSOR HUMBERTO PASSARELLI, É AGORA ROMANCISTA, LANÇANDO SUA OBRA "PAULA" QUE CERTAMENTE, VAI AGRADAR A TODOS QUE CONHECEM O SEU VALO COMO JORNALISTA, POLITICA E ESCRITORA. JUDITH PODERÁ ATÉ SURPREENDER COMO ROMANCISTA, POR SER SEU PRIMEIRO TRABALHO. TENHO CERTEZA DE QUE VAI AGRADAR A TODOS QUE A CONHECEM PELO SEU MODO FRANCO E DIRETO DE ESCREVER.
THEREZA FREIRE VIEIRA.
OBRAS DA AUTORA:
"PAULA" - ROMANCE
"RECORDAÇÕES DE TAUBATÉ" - CRÔNICAS

1920/2007

A QUEM POSSA INTERESSAR AS OBRAS DA ESCRITORA PODEM SER ENCONTRADAS NA BIBLIOTECA DA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

O CASO DAS CHUPETAS



O "Caso das Chupetas" aconteceu no meio de duas famílias moradoras de Rincão dos Anjos, município incrustado na serra dos Quatis, no Estado do Ceará. Conta-se em verso e prosa o ocorrido envolvendo tais famílias tradicionais, embora, fossem de nível financeiro e social equidistantes. A primeira família, formada pelos Cintras Coelhos, de longa dinastia no município e região, era constituída pelos genitores Ramiro Cintra Coelho e sua patroa Da. Ermelinda Cintra Coelho,genitores de oito filhos , sendo o mais velho, um jovem imberbe de dezessete anos e o temporão; um lindo garoto de ano e meio de idade. Para melhor nos situarmos nesse estranho caso, darei somente o nome do bebê, a saber, Deolindo Cintra Coelho. A segunda família em questão era formada pelos Matosos Guedes, que vinham de uma sucessão de "caipiras" que se fixaram nesse município no começo do século vinte. Tal família era constituída pelos genitores Serafim Matoso Guedes e sua patroa Da. Doralinda Matoso Guedes e pelos três filhos; sua prole, a saber: Raimundinho, o primogênito; Ritinha, a do meio e Pedrinho, o filho temporão, de apenas uma ano e quatro meses de vida.O fato teve início quando os Matoso Guedes foram convidados para a festa de aniversário do pequeno rebento Deolindo, que iria completar dois anos de vida. Como o seu pai era um fazendeiro abastado, fez questão de convidar todos os moradores do município, incluindo tanto os ricos, quanto, os pobres e claro, os políticos, bem como o farmacêutico Crispim Gonçalves.
Mesmo sendo um dos mais pobres do município, pois, sem estudo algum, Serafim, só conseguiu emprego na prefeitura municipal de limpador de rua. E, Já que sua patroa não trabalhava, vivia em constante petição de miséria e, dar conta da família estava se tornando impossível e, agora, que recebeu o convite para o aniversário, tinha que deixar de comprar alguns mantimentos, para, comprar um presente, pois, chegar de mão vazias não era o seu modo de agradecimento.
O dia tão esperado chegou e, com sua família Serafim aportou no portão de ferro do lindo casarão trazendo a tiracolo seus rebentos.Foi acolhido pela empregada, a negra Dorvalina, que, sem maiores preâmbulos os conduziu até o salão principal onde estavam, já comemorando, os Cintras Coelhos. Sentado no colo de sua mãe, no sofá principal, estava o aniversariante, o menino Deolindo. Espalhados pelo salão estavam os presentes de todo tipo. Um pouco acanhado, Serafim foi até o garoto e deu-lhe um pacote envolvido num papel de presente que representava alguns cachorrinhos. Rindo, o pequeno garoto rasgou o papel e rindo, mostrou ter adorado o simples presente: Um caminhão de madeira feito e pintado pelo Serafim. Durante a festa os seus filhos, principalmente o caçula, se regalaram com os bolos e demais guloseimas. A festa estava no auge, quando o farmacêutico Crispim, deu de presente ao garoto uma chupeta toda incrementada, que ele fez questão de dizer e, que a mesma veio do Estados Unidos, trazida pelo seu primo Adamastor, que lá viveu um bom tempo. A chupeta foi a "vedete" da festa. Assim que o garoto a colocou na boca, ela passou a piscar e a fazer um barulho, como o silvo de uma cobra. O farmacêutico explicou aos convivas que estavam admirados da inusitada chupeta, de que tanto a luz quanto o barulho era para que a criança a encontrasse, mesmo na escuridão do quarto, não chorando pela sua ausência. A festa teve o seu final quando os sinos da Matriz soaram as dez badaladas. A lua resplandecia no céu do pequeno município.
Tocando o cavalo e dando maior velocidade à charrete, Serafim, chegou sem maiores problemas à sua humilde residência. Após, colocar o cão Satanás (era todo preto), para dormir no relento, se arrumaram e foram deitar. Nessa noite e, em outras que se sucederam, quase se tornou impossível dormir pelo choro angustiado do rebento Pedrinho.
Após algumas moites mal dormidas, Serafim chegou a conclusão, pelos gestos que o filho fazia, de que, ele queria uma chupeta igual a do aniversariante. Criou-se um grave problema na família Matoso Guedes, pois, nunca o pobre homem poderia adquiri uma chupeta tão estranha quanto o era a do menino Deolindo. Cansado de passar noites e noites ouvindo as lamúrias do filho, ele, teve uma ideia , que classificou como genial. Uma noite de Lua cheia ele foi até o pasto onde ficavam os bezerros apartados de suas mães e, de cócoras ficou procurando dois insetos, a saber: grilo e vaga-lume. Eram dez horas da noite, quando ele entrou no quarto do bebê chorão; pegou sua chupeta simples, comum e, com jeito, amarrou os dois insetos em sua argola. Paciencioso como o era, esperou o menino se acalmar e então lhe pôs a chupeta na boca e, em seguida apagou a luz do lampião. O que se seguiu após deixou todos estupefatos: assim, o ambiente ficou às escuras, o grilo passou a "chilrear" e o vaga-lume a emitir a sua luz verde. Instantaneamente, Pedrinho, dando um pequeno sorriso de alegria, buscou a chupeta na escuridão e, devido ao som e luz, a encontrou com facilidade e, a colocou em sua pequena boca. A noite foi de calma em que todos puderam dormir a sono pesado.
Porém, todo caso estranho, tem algo que não cai bem e, foi o que aconteceu com o nosso Pedrinho. Na terceira noite, ele arrancou os dois insetos da chupeta e os devorou, como se os mesmos fossem duas balas de coco, a que estava acostumado, antes de dormir. Como já tinha se acostumado com a sua estranha chupeta, o sr, Serafim, teve que fazer uma criação de vaga-lumes e grilos para atender o inusitado costume gastro, do mirrado Pedrinho.
Os anos se passaram e, como consequência do estranho hábito, Pedrinho se desenvolveu mais do que os irmãos. Um dia, levado ao médico, o mesmo afirmou que, de tanto comer os insetos ele repôs toda a proteína necessária para sua vida.
Acreditem quem quiser: até o fim de sua vida, Pedrinho,calculou que devorou mais de mil grilos e vaga-lumes.
Esse estranho "caso das chupetas", que levou nosso Pedrinho a degustar insetos, aconteceu num município do Brasil e, não de um país oriental( Japão ou China).

domingo, 7 de julho de 2019

PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA ... UMA GOTA DE SANGUE



POR UMA GOTA DE SANGUE SENTI A ALMA EM FRANGALHOS,
MESMO QUANDO, A CRUEL DOR, DE MIM, NÃO SE AUSENTOU.
CHOREI, CHOREI E, ME VI, UM REFÉM SEQUESTRADO,
PELA MULHER QUE UM DIA DE JURAS, AOS MEUS PÉS, AJOELHOU.

FEZ-ME CRÉDULO DE QUE NOSSO AMOR NUNCA SERIA EFÊMERO,
E, POR MAIS QUE AS DESAVENÇAS GERMINASSEM, SOBREVIVERÍAMOS.
AH, LEDO ENGANO! NADA FOI CRÍVEL, TUDO FOI DESVELO,
APENAS, PALAVRAS ATIRADAS AO VENTO E, TOLOS, EXISTIMOS.


HOJE, QUANDO, DELA, AS SAUDADES INEXISTEM E, SÃO ROLOS DE FUMAÇA,
PEGO-ME, ABSORTO A TENTAR RECORDAR AS CARÍCIAS FÚTEIS E ESPARSAS,
DADAS NO FRAGOR DE MOMENTOS EM QUE SENTÍAMOS A ALMA EXANGUE.

MULHER QUE TENTOU FAZER DE MINHA VIDA UM CALVÁRIO DE TORMENTOS,
VIVE HOJE, A IMPLORAR DE MIM, O ETERNO E SONHADO ABSOLVIMENTO
OFERTANDO-ME O CORAÇÃO MACHUCADO, VERTENDO, UMA GOTA DE SANGUE


PRO

sexta-feira, 5 de julho de 2019

ESCRITORES TAUBATEANOS.. MAURICIO PEREIRA

FALAR DE MAURICIO PEREIRA É MUITO FÁCIL E HONROSO. TRATA-SE DE UM ESCRITOR TAUBATEANO DE PROFÍCUAS IDEIAS. ESCREVE COM MAESTRIA SOBRE "CAUSOS DE ASSOMBRAÇÃO", TEMA QUE DOMINA COM ARGÚCIA, FACILIDADE E INSPIRAÇÃO ACIMA DO NORMAL.
VOU DESCREVER O LIVRO QUE ME DOOU COM DEDICATÓRIA INTITULADO: " ASSOMBRAÇÕES DO VALE DO PARAÍBA", PUBLICADO PELA LEMOS EDITORIAL. 61 PÁGINAS
TAL OBRA VERSA SOBRE "CAUSOS DE ASSOMBRAÇÃO", PASSADOS (FICÇÃO OU REALIDADE), NO VALE DO PARAÍBA E, EXPLANADOS, COM MUITA FACILIDADE E, VERSATILIDADE, PELO AUTOR.

SOBRE O AUTOR:
O AUTOR DESTE LIVRO NASCEU E CRESCEU NO ESTADO DE SÃO PAULO, NA CIDADE DE TAUBATÉ, QUE FICA NO VALE DO PARAÍBA.
DURANTE TODA A SUA VIDA ELE OUVIU AS HISTÓRIAS QUE COMPÕEM O SEU LIVRO. SÃO "CAUSOS" REGIONAIS, REPLETOS DE FIGURAS DO FOLCLORE BRASILEIRO. DE ONDE SIAU O SACI DE LOBATO, AINDA HAVIA MUITO MAIS PARA SER IMAGINADO.
MAURÍCIO FEZ FACULDADE DE COMUNICAÇÃO EM TAUBATÉ E, UMA VEZ FORMADO, VEIO TENTAR A SORTE NA CIDADE GRANDE, COMO DIZEM LÁ NO INTERIOR. NO CASO DELE DEU CETO: NOS TRABALHOS COMO DESIGNER GRÁFICO DESCOBRIU QUE ERA CAPAZ DE MATERIALIZAR OS SERES MÁGICOS QUE HÁ TANTO TEMPO POVOAVAM SUA IMAGINAÇÃO.
AO PRODUZIR UM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA A SUA PÓS-GRADUAÇÃO, TEVE UM ESTALO : UMA IDEIA QUE IRIA MODIFICAR A VIDA DELE PARA SEMPRE. ELE JUNTOU ENTÃO, SEU PAI E MAIS TRÊS AMIGOS EM VOLTA DE UM FOGÃO À LENHA E PROPÔS QUE ELES RECONTASSEM AS HISTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO MAIS FAMOSAS DA REGIÃO. AQUELAS MESMA HISTÓRIAS QUE MAURICIO PASSOU A INFÂNCIA OUVINDO.
NÃO ERAM HISTÓRIAS QUE SE CONHECE DE OUVIR DIZER, MAS SIM HISTÓRIAS JURA " DE PÉ JUNTO" QUE CADA UM DOS AMIGOS ALI PRESENTE "JURA DE PÉ JUNTO" SEREM VERÍDICAS. A DIFERENÇA ENTRE ESSA RODA DE AMIGOS E AS DA INFÂNCIA DE MAURICIO É QUE, DESSA VEZ, O AUTOR GRAVOU A CONVERSA EM ÁUDIO. UM REGISTRO RICO E BELÍSSIMO.
DAÍ CONCRETIZOU-SE O PRIMEIRO LIVRO, "CONTOS DE ASSOMBRAÇÃO", PUBLICADO EM 2009, COM ILUSTRAÇÕES E TEXTO ADAPTADO PELO PRÓPRIO AUTOR. MAS A COISA NÃO PAROU POR AÍ.
COMO UMA IDEIA PUXA OUTRA, DEPOIS DO PRIMEIRO LIVRO VIERAM MUITOS OUTROS.
MAURICIO PEREIRA É ACADÊMICO TITULAR DA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS.

RECOMENDO A LEITURA DE SEUS LIVROS, PRINCIPALMENTE PELOS ALUNOS DA REDE ESCOLAR. EXCELENTES MATERIAIS DE CONSULTA PARA A SEMANA DO FOLCLORE.

CONTATO COM O AUTOR:

WWW. MAURICIOPEREIRA. ORG

terça-feira, 2 de julho de 2019

GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS... OLAVO BILAC - POETA

ORA - DIREIS - OUVIR ESTRELAS - OLAVO BILAC

" Ora ( direis ) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso" E eu vos direis, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: " Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: " Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

OLAVO BILAC
RIO DE JANEIRO - 16/12/1865 ; 28/12/1918 ( 53 anos)
Olavo Bilac foi jornalista e poeta brasileiro.
Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira número 15, cujo Patrono é Gonçalves Dias.
Foi eleito o PRÍNCIPE DOS POETAS BRASILEIROS, pela revista FON-FON em 1907.
Junto com ALBERTO DE OLIVEIRA e RAIMUNDO CORREIA, foi a maior liderança e expressão do PARNASIANISMO no Brasil, constituindo a chamada TRÍADE PARNASIANA.
A publicação de POESIAS em 1888 rendeu-lhe a consagração.
Viveu só sem constituir família até o fim de seus dias.
É o criador do HINO À BANDEIRA.

Uma breve crônica sobre o título da magnífica poesia: ORA - DIREIS - OUVIR ESTRELAS.

Sim, os poetas somos aficionados por conversar e ouvir as estrelas do firmamento. Necessitamos como alimento para a alma e o coração dos colóquios sem fim nas noites estreladas.
Quantas vezes me dirigi a elas expondo minhas dores e agruras quando a mulher amada não entendia os meus queixumes. Oh, quanta desdita vociferei às mesmas procurando delas um conselho ou mesmo ( algumas vezes ) uma "bronca" que me fizesse enfrentar com altivez os desamores. Sim, conversamos e ouvimos as estrelas. Porém, hoje,quedo-me a pensar o que fazem os homens altamente tecnológicos, nunca poetas, com seus rádios-telescópios perscrutando as vozes do Universo? Disse o renomado Príncipe dos Poetas: " Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Não consigo imaginar um cientista com fone de ouvido capaz de ouvir uma estrela... Ouvem sim, ruídos ininteligíveis... quem sabe ( imagino ) são ruídos provocados pelo ronco de meteoros brutamontes que passam zumbindo pelo universo. Ah, felizes somos os poetas que temos "ouvido para ouvir estrelas... "