quinta-feira, 28 de novembro de 2013

UMA GRIPE DANADA!



Desde sábado à noite (23-11) estou acometido de uma terrível gripe. Como esta "maldita" doença judia de mim. É uma dor no corpo de não dar trégua, além, do nariz escorrer e de uma dor de cabeça infinda... Estou acamado, sem coragem de sair à rua para tratar dos problemas do dia a dia. O que me conforta é ter na cabeceira da cama livros dos meus autores preferidos...RUSSOS, assim é que, aproveitei o "incômodo" para ler "O ETERNO MARIDO" DE DOSTOIEVSKI e o "JOGADOR" DO MESMO AUTOR, E INICIANDO A LEITURA DE "O IDIOTA" do mesmo autor. Algumas horas, me ponho a assistir tv e por sorte assisti vários filmes muito bons. Creio que no fim de semana estarei apto para outras atividades, embora, esteja um pouco assustado... doença do pulmão nessa idade não é brincadeira.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O DIREITO DE FAZER TUDO ERRADO!


Hoje, eu acordei com uma vontade enorme de fazer tudo errado.
Asssim é que, ao me levantar da cama joguei o par de chinelos pela janela abaixo e, para logo em seguida, esconder a colcha e os travesseiros dentro do banheiro. Continuando "errando" derramei o café com leite na toalha alva de linho e passei manteiga nas bordas do microondas e da geladeira. Ainda, não contente, peguei os remédios que tomo de manhã e os atirei de encontro a uns passantes que passeavam pela calçada. Intimamente eu ria em gostosas gargalhadas... e, continuei a "errar". Num instante me vi atrasando os ponteiros de todos os relógios do apartamento. Sobre a mesa reinava absoluto um arranjo de rosas num vaso.De um salto, peguei-o e o coloquei sobre a grade de proteção da sacada ( 5 andar) e o vi balouçar de um lado para outro até que... Num repente me apoderei do liquidificador e num átimo de segundo fiz um suco usando óleo de comida, pimenta, maioneses, mamão e póde café e enchi um copo e deixei na geladeira... Ah, Ah, Ah,... Continuando minha saga de "errar" tapei os buracos de fechaduras das portas com araldite e, entortei as chaves. Ainda, não satisfeito, risquei com prego a coleção de CDs da minha consorte ( ou com azar?) do Victor e Leo, do Roberto Carlos e do Bruno e Marrone e, é, claro, que deixei intactos os do Cauby. Quando a tarde chegou, eu troquei as lâmpadas boas por umas queimadas que eu tinha guardado ( premonição?) e esperei com o coração transbordando de alegria a chegada da noite. Não demorou muito e a Lua se fez parecer e a casa em completa escuridão...
Quando me preparava para fazer mais um "erro" eis que escuto uma voz a me chamar ininterruptamente: " Aldo, Aldo, Aldo... mais uma vez você tomou 3 gardenal, dois frontal... Está variando... falando palavras incompreensíveis... Não é possível, você "erra" na hora de tomar seus remédios... Se arrume, vamos já para o Pronto Socorro fazer uma lavagem estomacal..."
Bom, pelo menos eu "errei" em algo de concreto, mas, que seria bom se tudo fosse verdade, seria...
Será que um dia eu vou ter o direito de fazer tudo errado?
Até esse dia maravilhoso eu vou cometer( escrever) só uns errinhos: O RReino dos Çonhos em que moro é deliSSioZo!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A FELICIDADE DO POETA

A felicidade do poeta é indescritível. Para externá-la ele precisa de uma plateia que respire; que sorva; que absorva um pouco que seja de poesia e de sensibilidade. Está se tornando cada vez mais difícil o poeta externar sua felicidade. No mundo em que orbita, pois, o poeta é como um astro: imerso no Universo onde pode ser visto mas não entendido, ele vive só e como um lobo solitário, externa seus sentimentos(não uivando), mas, falando com as estrelas; com as flores; com o vai e vem infinito das ondas dos mares e, principalmente com a singeleza de um desabrochar de uma flor silvestre. Para o poeta, torna-se enfadonho, o dia a dia miserável, de seres que desprezam a poesia e vegetam num deserto árido e estéril, embora, muitas ou todas as vezes se sintam parte indissociável desse mundo inóspito em que vagueiam.
Hoje, o poeta conseguiu externar sua felicidade.
E, foi, tão simples.
Por um instante ele contemplou extasiado a simplicidade e ao mesmo tempo a realeza expressa em uma flor silvestre. Nesse extato minuto veio-lhe à mente poética o quanto essa pequena flor teve que lutar para se fazer vista pelos olhos dos passantes que à ela dirigiam diversos tipos de olhares: Uns com tédio; outros sem vê-la (com a alma); outros tantos achando-a insignificante em sua aparência e, também, aqueles que para eles ela não significa uns $ a mais em seus orçamentos... Mas,para o poeta ela era a rainha do sujo jardim ( ignorado pelas autoridades municipais) e, nele, se fez única, senão para todos, pelo menos para ele, poeta que o é.

domingo, 10 de novembro de 2013

O CONSTRUTOR DE CASTELOS DE AREIA (SONHOS) E OS IMPLODIDORES!


Pela sua vida toda, por “Coisas da Vida”, ou, pelas agruras enfrentadas que nunca permitiram que ele obtivesse sucesso material e financeiro (profissionalmente galgou todos os cargos, sem ajuda de ninguém, tudo através de concursos), construiu dezenas e dezenas de “castelos de areia”, que por si só se desmoronaram, por uma pequena aragem, ou um sopro qualquer de quem nunca o quis vê-lo se projetar por um pouco que fosse ao mundo da “riqueza”. Mesmo assim, continuou sonhando e alguns mais simples para ele (publicar livros; impossível para outros), foi se atracando contra as correntezas que vinham sempre de encontro às aspirações. Lutou muito, navegou por mares bravios; caminhou por estradas repletas de pedras, buracos e encruzilhadas; atravessou noites escuras e gélidas, tendo sempre em seu cérebro repleto de sonhos a esperança de que um dia, quem sabe, antes de sua morte, realizar um deles... Ah, ledo engano. Por mais que tentasse ser um homem igual aos demais, que por menos do que ele, realizam seus sonhos: alguns simples como um carro novo; outros mais difíceis, como uma casa no Litoral, ou uma lancha impecável... mas, realizam seus sonhos, mesmo que logo eles se esfumacem e, felizes, retornam a outros sonhos, e, os vivem. Rodeado de “amigos” e pessoas mais íntimas nunca se viu prestigiado... Tudo o que fez, ou tenta fazer causa rebuliços e nesgas indescritíveis. O que para ele é uma vitória, para os seus ditos “protetores” é uma loucura; é um ato de um homem insano; é próprio de quem não tem um “norte” na vida; é uma tremenda besteira. “Apesar de viver num círculo pernicioso em que ele não representa nada de confiável, ainda “tenta” de vez em quando, sair desse abismo odioso e comete alguns atos que, novamente, levam seus “ditos protetores” a recriminá-lo, como se ele fosse o mais incauto dos homens, Bem, em dias passados esse homem que nada representa como “vencedor” sonhou mais uma vez e mais uma vez construiu um “ CASTELO DE AREIA”, (o que ele sonhou tinha realmente muita areia”). Foi só sonhar e de repente apareceram em sua vida como “salvadores” os IMPLODIDORES DE CASTELOS DE AREIA (SONHOS) e, com apenas um bafo, nada mais que isso, botaram por terra as pilastras, as torres, os quartos e claro, os sonhos que nele estavam encerrados.
Pela sua vida toda, sonhou e, dos sonhos só ficou a certeza de que um dia terá para si todas as estrelas do Universo e, então, gargalhará, pois os Implodidores de sonhos nunca, mas, nunca mesmo, implodirão as estrelas.
Até o próximo sonho.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O MANEQUIM!



Amei-a desesperadamente, mesmo na lucidez
Dos meus dias( poucos),muitos, na estupidez
De uma vida que me fez amante insensato
Onde andarilho, peregrinei, e me fiz fantoche barato.


Assim, que a vi o amor explodiu em meu peito
Fazendo-me esqecer de que era uma amante insatisfeito.
Por um instante vi as brasas frias, semi-apagadas
Se colorirem de vermelho e a fogueira, reacendida.


Ah!, como basta um simples olhar eloquente
Para transformar o mármore em semente latente,
Ou, mesmo, para resgatar a esperença sepulta
De um peito, onde agora,o coração geme a pulsar.


Ela estava à minha frente e eu a via, de fato,
Atrás de uma vitrine,bela, embora os olhos embaçados
(Quando se envelhece, a alma, o coração e os olhos se tornam vítreos).
Via-a, sim, em todo o seu esplendor, ornada de adornos ricos.


Para mim que ía admirá-la todo dia,toda tarde outonal
Ela se vestia com requintes e ficava até o horário fatal
Em que se recolhia, levada por suas escravas pérfidas
Que desapiedadas de mim, riam, e se retiravam, lépidas.


A cada dia ela se trasmudava como se fora belo camaleão
Nunca repetindo uma vestimenta, conservando só o coração
No belo colo, que, ao me ver fitando-a, galopava frenético
Como frenético eu ficava quando era trazida pelo seu séquito.


Um dia, eu passei os minutos e as horas, mudo e estático
Adorando-a, vestida em um quimono de seda rica e pálido.
Era uma "gueicha"?, ou uma imperatriz de longínquo harém?
Perguntas que não respondia, pois, os meus pensamentos, estavam além.



Além da vitrine tanto estavam os meus pensamentos e desejos
Ansiando por um gesto que me prometesse carinho e afeto.
Porém, como eu, só me fitava, e, não dizia, nada,
E, o nada, pouco a pouco, se transformava em tudo, para minha alma.


Uma tarde, se bem me lembro, ela se vestiu de noiva
E, trêmulo, notei que ela me fitava com "ares" de vergonha.
Imediatamente, me exultei e num arroubo juvenil
Me enchi de coragem e fui novamente um "noivo" viril.


Ah!, como fui titubear em meu pedido de casamento
Levado pela dificuldade de me levantar do "maldito" assento.
Onde, por dias seguidos dei início ao longo "noivado"
E, num átimo de segundo, ela se foi, levada pelo séquito odioso.


O dia demorou para amanhecer e a tarde chegar
Quando por fim pude adentrar no "shoping"; cruel lugar
E, com passos cambaleantes cheguei à vitrine ofegante.
Dos óculos, as lentes baças,limpei, numa demora exasperante.


Em pé, estático, por horas tendo às mãos um ramalhete
Esperando, vê-la chegar, pisando num macio tapete.
Esperei... Quando as pernas me tremeram de cansaço
Sentei-me no banco e nada vi, através dos vidros baços.


Cansado, decepcionado, me levantei trêmulo e febril
Para regressar à minha vida, ao passado vil,
Que me acolheu em seu tédio, fazendo-me prisioneiro
De uma masmorra por onde vegetei... o meu paradeiro.


_ O senhor está-se sentindo bem?,perguntou-me à queima-roupa
O mesmo jovem que a levou... Minha doce e maravilhosa noiva.
Gaguejando ainda tive forças para lhe perguntar:
_ Moço, para onde levaste a mulher com quem eu ia me casar?



Foi então que rindo numa sarcástica e odiosa feição
Contou-me que a "bela mulher" que me fez pulsar o coração
Era apenas mais um "boneco" e se foi, caçoando, de mim.
Num último gesto, quebrei os óculos e então compreendi:

TINHA SE APAIXONADO POR UM MANEQUIM.

"Hall" do Hotel Ibis Providence
Santiago- Chile
04-11-13
16 horas de uma tarde calorenta.






quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A NOITE QUE NÃO SE FOI! OU, LA NOCHE QUE NO SE VA!



Inacreditável, porém, aconteceu:
A noite não se foi!
Ficou, e com ela, ficaram os seus mistérios:
Assim é, que, em instantes a noite se modificou.
Se antes era escura como azeviche e tenebrosa
Em um passe de mágica se tornou alva e altiva,
Salpicada de miríades de estrelas refulgentes,
Transmudando-se em um palco de espetáculos formosos.
Um gato vadio miou longamente para a Lua
E, se viu, protagonista da peça que ora se desenrolaria
Pelo início, meio e talvez, nunca fim,
Dessa noite de magia, que não se foi.
E, tudio teve início:
O amor, sem pedir licença sentou-se ao meu lado;
O tédio, como um furacão, afastou-se de mim;
O mar, num ímpeto de amante fogoso, banhou-me de espumas;
As estrelas toimaram o lugar das mortiças lâmpadas;
O andarilho, sem se aperceber, transmudou-se em um Príncipe;
A pedinte, viu-se envolvida em trajes de seda e pedrarias preciosas.
E, a noite, predisse que ficaria e que não morreria,
Ao clarear do dfia, quando tudo volta a ser cruel e incompreensível.
Eu, me fiz ator da noite sem fime me pús a viver a magia;
E, assim, amei como um doido, e, como um doido,gritei o amor pelas ruas;
Corri como um demente pela avenida nua e, nua, desejei o corpo da mulher...
Da mulher que sabe como nenhuma outra me fazer guerreiro,ou, palhaço,
Porque, somente aquelas que sabem amar é que conseguem mudar o íntimo do seu homem.
Na mesa, taças de vinho bailam, como se bailarinas fossem, nessa noite sem fim.
Mesmo os relógiuos se curvaram perante o mistério e, se, quedaram, como múmias
Adormecidas por séculos em seus sarcófagos:Dela, o coração, é o meu sarcófago.
No céu a estrela Vésper reinava como Cleópatra reinou no coração de Marco Antônio,
No céu de minha vida nuvens enoveladas brigaram entre si para serem o mcaio dossel
Que receberá os corpos trêmulos e apaixonados desse sonhador e da mulher de seus sonhos.
A noite teima em ficar!
Portas e janelas; pessoas e seres noturnosjá se recolheram em sus nichos.
Só ficaram eu, o amor, a paz e a alegria deestarmos onde somente os privilegiados
Por Deus ficam: Em uma mesa de bar; em um palácio, em um casebre...
Mas, sempre, com o tempo parado, pela
NOITE QUE NÃO SE FOI!

Santiago- Chile em 31-10-2013
Dentro do aconchego do bar Normandie
na Avenida Providence às 22,30h