segunda-feira, 3 de setembro de 2018
BIOLUMINESCÊNCIA
OCEANO BRAVIO...
DESPOJADO DAS ROUPAS E DAS PUDICÍCIAS,
CORPOS NUS, ENTRELAÇADOS NO FRÊMITO DA PAIXÃO,
ROLAVAM PELO CONVÉS, JOGADOS PELAS ONDAS REVOLTAS,
COMO SE FOSSEM DEGREDADOS DESPIDOS DA RAZÃO.
LUA SACRÍLEGA...
CORPOS ARFANTES NO EMBATE DAS LIDES SENSUAIS,
EXPOSTOS AOS OLHARES LÚBRICOS DOS SERES NOCTÍVAGOS,
REFULGIAM ILUMINADOS PELOS RAIOS ARGÊNTEOS,
E AS FORMAS LASCIVAS ASCENDIAM EM VOLUTAS ESPIRAIS.
ESTRELAS BISBILHOTEIRAS...
INFINITOS OLHOS DELICIAVAM-SE NO FREMENTE VOYEURISMO,
DE BISBILHOTAR DOIS CORPOS NO AFÃ DA CADÊNCIA
DA PENETRAÇÃO: FALO E CLITÓRIS ERETOS... TROFÉUS MAGNÍFICOS.
ESTRELAS E AMANTES, PERSONAGENS FIÉIS DA BIOLUMINESCÊNCIA.
ARDENTIAS VOLUPTUOSAS...
MIRÍADES DE ARDENTIAS POSSUÍAM-SE NO RASTO EBÚRNEO
ILUMINADO E SULCADO PELA NAU DOS AMANTES INCLEMENTES,
POSSUÍRAM-SE NESSA NOITE DE MAGIA, AO LÉU, AO RELENTO,
AMANTES E SERES DO MAR... O SENSUAL ESPETÁCULO BIOLUMINISCENTE.
POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASE E DELÍRIOS
EDIVALE - P. 27
2005
ALDO AGUIAR
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