sábado, 1 de dezembro de 2018

O DOM DA RIQUEZA

Quando Deus no início do "Tudo", fez o homem, ele o dotou de todos os atributos necessários para viver, ou melhor, para sobreviver. Devemos lembrar de que no início, as condições de vida eram as mais insalubres possíveis, mas, a despeito dos sofrimentos e alegrias vividos, o homem seguiu seu caminho impelido pelas duas leis básicas do Universo: " A Procriação e a Sobrevivência." Com o passar do tempo ( muito tempo) o homem foi evoluindo, sempre em prol de cumprir as duas leis enunciadas. Assim é que, do ar livre, sujeito às intempéries e desgastes naturais da brutalidade do ambiente, passou a morar em cavernas. Agora, já podiam desfrutar de um ambiente mais aconchegante e protetor; nas cavernas o fogo ardia mais e, o calor tornava-os mais propícios a relacionamentos mais íntimos e duradouros: Uma riqueza conquistada com muito sofrimento e mortes sem fim. Sempre, edificados e fortes pelas duas leis básicas da vida, conquistaram territórios e expandiram seus domínios, procurando sempre locais acessíveis à vida, que lhes dessem a melhoria na qualidade de vida e, assim, formaram grupamentos mais fortes e heterogêneos e fizeram as primeiras choupanas: outra riqueza conquistada após muitos anos com muito sacrifício e tenacidade. Dando um salto maior no tempo, encontramos o "primitivo homem", agora já moderno e astuto vivendo e morando em casas edificadas ao abrigo das intempéries da natureza nas cidades: outra riqueza. Das péssimas condições de vida de milhares de anos atrás, ainda impelidos pelas duas leis supremas do universo, o homem se tornou " moderno" e passou a desfrutar com maior ênfase de tudo aquilo que o Universo oferece de bom, bastando apenas saber extraí-lo e, para isso, Deus, aprimorou sobremaneira a inteligência: outra riqueza, dando a cada um o seu quinhão, o que raramente se distancia muito dos parâmetros estabelecidos para o homem. Assim, de ganho em ganho; de vitória em vitória, o homem moderno se viu possuído de todas as riquezas necessárias e simples para a sua sobrevivência. Se nos compararmos hoje com os nossos antepassados veremos o quanto Deus nos enriqueceu. Somos, sim, milionários, em dons concedidos por Aquele que nos criou e criou o Universo... Mas, muitos não compreendem o que receberam e ficam lamentando o que não tem e que o seu próximo tem; lamuriando e muitas vezes odiando o seu destino. Ora, o que se tem é aquilo que se merece ter, pois, a todos foi dado as mesmas condições de vida, isto é, somos todos iguais, ou seja, somos dotados da mesma constituição fisiológica e do mesmo cérebro ( em raras exceções alguns os tem para mais e outros para menos; é a exceção, não a regra), bastando apenas colocar em prática os devidos dons. É evidente que alguns alcançam o sucesso financeiro com mais facilidade ou dificuldade do que outros, mas, de uma maneira ou de outra eles tiveram de ir à luta, pois, como sabemos desde os tempos de nossos avós, nada cai do céu. Para uns a riqueza se constitui em estar de bem consigo mesmo; de se ter paz íntima juntamente com os familiares; de se gozar de uma excelente saúde; de se ter um grande e delicioso amor, enfim, de se ter o básico para viver a vida plena no início, no meio e no fim de sua jornada. Para estes, que não amealharam riquezas materiais aqui da Terra, que ganham pouco e devem muito, fica esta primeira lição: O DOM DA RIQUEZA.

Espere com paciência a noite em que o céu estiver vestido com o seu manto negro incrustrado de miríades de estrelas luminescentes; deite-se então com indolência na relva verde, macia e perfumada de um jardim; deixe com sofreguidão que o ar impregnado dos perfumes das flores silvestres penetrem em suas narinas; permita que a aragem fresca da noite envolva o teu corpo
causando de instantes em instantes leves arrepios; submeta todo o teu " Eu" ao fascínio e sortilégio dos encantos que moram no negrume da noite; entregue-se sem escrúpulos às carícias mais ardentes e sedutoras produzidas pelo roçar das folhas macias da grama na pele tépida; ouça com maestria os acordes maviosos e exóticos dos seres noctívagos... Quando assim o tiver feito pegue uma régua ( de 30 cm) e fitando a Via Láctea risque um quadrado e, então dentro dele você terá para si só, veja bem, para si só, um bilhão ou um quatrilhão, ou vários quatrilhões de ESTRELAS, astros magníficos que só a ti pertencem e, você, bilionário, agora, será motivo de inveja dos demais mortais que em riqueza não chegam aos teus pés... A tua riqueza é astronômica e o melhor que você pode fazer para conservá-la é deixá-la onde está, pois, em nosso planeta anão, todos os bancos reunidos não tem cofres suficientes para guardá-la. Apossando-se desta riqueza com sensibilidade poética certamente você meu caro amigo ou amiga viverá como rico; ganhando pouco e devendo muito.

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