domingo, 13 de abril de 2014

O SUTIÃ!




Sempre odiei coisas que me não são;
Como as estrelas e os astros do Universo.
Odiei o sutiã colado aos seios e ao coração,
Odiado guardião de uma moeda de ouro sem reverso.

Por vezes infinitas tentei rasgá-lo a dentadas
Como um lobo destroça o corpo de sua presa;
Tudo em vão; nda mais do que tiras esgarçadas
E, o tesouro guardado como uma joia semi-presa.

Sim, semi-presa, porque partes afloravam sensuais
Do bojo perfumado da odiosa peça que ria de mim
Como se minha alma e coração fossem tresloucados canibais
Prontos para devorar a carne tépida,num doido festim.

Como o lobo espreita a presa sem pressa, assim o fiz
E, por noites a fio, esperei a oportunidade única
Quando, esmaecida de amor o abandonaria e me faria feliz
Tendo-o, o ragaria, como de Jesus, rasgaram a túnica.

Mas, nada disso o fiz, pois ao ter os seios arrojados
Como duas peras maduras, saborosas e ávidas por mordidas
Desdenhei o perfumado sutiã e saboreei o frutos desejados
Que sempre ficaram ocultos pela peça odiada, hoje, querida.

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