segunda-feira, 18 de março de 2019

PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA...

IRONIA

AH, QUANTA IRONIA BROTAVA DAQUELE SORRISO SENSUAL, MATREIRO
QUANDO DITOSA APREGOAVA O AMOR IMENSO QUE NUTRIA POR MIM...
COMO UMA CRIANÇA QUE GANHA SEU SONHADO PRIMEIRO BRINQUEDO,
ELA ME ABRAÇAVA E, DIZIA, QUE NOSSO AMOR, NUNCA TERIA FIM.


CRÉDULO DOS ATOS INSENSATOS QUE ÀS VEZES ELA OS TORNAVA REAL,
EU, AJOELHAVA-ME À SEUS PÉS, E COMO ESCRAVO, PEDIA PARA FICAR.
JOGANDO OS CABELOS EM DESALINHO, PORTAVA-SE DE MANEIRA BANAL,
INDUZINDO-ME A JULGÁ-LA INOCENTE E A SUA ATENÇÃO SUPLICAR.


PORÉM, UMA TARDE DE FRIO ENVOLTA EM ALVAS E DÉBEIS NEBLINAS,
FOI O CENÁRIO PARA A REALIDADE ENVOLVER-ME COMO MORTUÁRIA,
POIS, RINDO COMO O FAZIA SEMPRE, DISSE-ME PALAVRAS ÍNFIMAS,

QUE, EU ERA UM TOLO E, QUE SUAS VERDADES ERAM MENTIRAS.
AGONIADO, CURVEI-ME AO SOLO E CHOREI E SENTI-ME UM PÁRIA.
HOJE, SÃO, AINDA, RELEMBRO DO SORRISO MATREIRO, E DA IRONIA.

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