domingo, 26 de junho de 2011

O TÉDIO DO POETA!

O poeta está entediado.
É grave!
Nunca um poeta deve se entediar.
Mas, as coisas tediosas, teimam em acompanhar o poeta.
Enfim, o que são coisas tediosas?
Para o poeta é tudo aquilo que orbita fora do seu mundo...
É ouvir palavras sem nexo brotar dos lábios dos materialistas;
É contemplar trivialidades nos atos dos emergentes sociais;
É sentir na alma a boçalidade daqueles que se arvoram de moralistas;
É "aguentar" conviver com insensatos, frívolos e maledicentes.
Por favor, não deixem o poeta se entediar.
Quando o poeta se entedia o mundo deixa de existir.
Até mesmo os pássaros se calam;
As flores perdem o seu perfume e colorido;
Os rios deixam de correr e o burburinho das águas esvanecem;
O mar estanca e freia suas ondas;
A tempestade se faz e o negrume toma conta do Universo.
O tédio do poeta é mortal.
Hoje, amanheci, entediado.
E por isto lanço o meu grito ao ares:
SOCORROOOOO!!!!
Ajudem-me: forças do Universo;
Socorram-me: deuses de Atenas;
Apiedem-se de mim: almas viventes;
Resgatem-me: espíritos poéticos.
O poeta está entediado!

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