Naiara é princesa.
Princesa dos desertos, das dunas, das areias, das tempestades e dos oásis.
Naiara acabou de completar quinze anos.
Naiara está pronta para sua noite de núpcias.
O deserto se preparou para ser sua alcova nupcial.
Beduínos e babuínos se misturam numa algazarra festiva.
As tamareiras derrubam seus frutos na areia tépida e macia.
Naiara está deitada dentro da tenda sobre tapetes ricamente enfeitados.
Duas escravas acabam de banhá-la com óleos; âmbar e perfumes afrodisíacos.
Naiara está nua.
Nu, o corpo prepara-se para o embate celestial.
As velas são apagadas e os incensos são acesos.
A lua temerosa de ser confidente de Naiara escondeu-se dentre as nuvens.
O negrume tomou conta da TENDA.
Naiara sente um corpo sobre o seu e respira ofegamente.
Dois corpos travam um embate sublime e os tapetes rolam pelo chão.
Sons; uivos; gemidos; ais e sussurros rasgam a noite.
Naiara não mais é princesa e sim rainha.
Rainha dos Beduínos e...
Na duna mais elevada um babuíno soberbo uiva e regozija.
Naiara se veste e guarda dentre os seios os pelos sedosos de um babuíno.
Naiara hoje é rainha dos Beduínos e dos Babuínos.
Naira em noites de negrume uiva e se transmuda em BABUÍNA.
Naiara e o deserto... um Universo de mistificação
HOTEL ADPM FALCÃO AZUL
GUARAREMA, 14 DE JULHO 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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