domingo, 9 de março de 2014

O DESERTO QUANDO FICÇÃO OU QUANDO PALPÁVEL.


O deserto quando ficção ou quando palpável
Existe em nossas vidas em momentos diferentes:
Quando em depressão é uma paisagem execrável;
Quando em euforia é uma paisagem inconteste.

Amo o deserto em todos os seus aspectos geográficos
Independente do estado do meu coração sonhador:
Se, estou chorando por um grande amor, me insiro
Nas areias escaldantes que me recebem com amor.

Se, estou feliz por uma mulher que acabei de conquistar
Não importando se será única ou apenas um passatempo
Imiscuo-me dentre as pedras escaldantes e as faço num piscar
Testemunhas mudas de embates sexuais de raro sentimento.

Mas, existe um espaço de tempo onde tudo se mostra agressivo
Onde as areias; as pedras, e os animais que nele são habitantes
Não aceitam intrusos com amor ou com sentimentos repulsivos
Agredindo-os sem piedade e levando-os a desistirem, exangues.

Assim, eu, um dia me vi náufrago nas areias escaldantes do deserto
Perambulando, sem destino; um corpo roto e a alma em frangalhos.
Tive como companheiros serpentes, escorpiões e rastros incertos
De, quem sabe, outro andarilho, como eu, amante decepcionado.

O deserto quando ficção ou quando palpável, é desapiedado
Não perdoa os incautos que nele se aventuram sem um norte
A mim, também não perdoou e me fez um homem alienado
Que teve sua vida em paisagens tredas e no deserto, a morte.






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