sexta-feira, 15 de setembro de 2017

DO MOTEL PARAÍSO...SUÍTE 33...AO BAILE DE GALA

Do motel Paraíso... suíte 33... ao Baile de Gala,
Vivi, uma aventura romanesca, nunca dantes sonhada;
Muito menos, presenciado, o que presenciei, estupefato,
Sim, olhos esbugalhados, fitaram aquele corpo desejado.

Nua no aconchego do lençol de seda, cor de carmim, na alcova,
Estendia-se, tal qual uma serpente lépida, traiçoeira e preguiçosa,
Fazendo volteios, onde as formas do corpo sensual atiçava a libido
Que, em torrentes, inundava-me o corpo, incitando-me loucos desatinos.

Estávamos na suíte 33, onde os espelhos desenhados refletiam o belo
Em poses que não ouso contar...um mistério, repleto, de sensuais anelos.
As roupas, já de início, despidas, foram atiradas a esmo, pelo piso suave.
Somente, dela, ficou, no criado-mudo, a sacola com as roupas, do Baile.


Por horas seguidas nos possuímos em investidas longas, febris e desvairadas,
Como se a noite fosse a última que nos receberia em sua magia afogueada.
Amantes insensatos, permitimo-nos, desbravar os cumes, as matas e, as grutas,
Numa orgia tresloucada, onde o amor, cedeu lugar, as posses mais obscuras.


Ao lado duas taças do vinho tinto (Casillero Del Diablo - Carmenére) transpiravam,
Como dos nossos poros a seiva do amor jorrava em borbotões que exalavam,
Impregnando a suíte com o perfume afrodisíaco do macho e fêmea no dorido cio.
Desmaiados, ficamos, até que ela foi se trocar para o baile pretendido.


Pouco depois voltou, formosa, elegante, linda num vestido colado...todo vermelho,
Deixando à mostra, as sensuais costas até a cintura e, à frente, os empinados e lindos seios.
Ainda na frente trazia um cinto de pedras reluzentes que balouçava no andar provocante,
Quando os sapatos altos e vermelhos deslizavam no piso molhado...era tudo sufocante.


O que me deixou enlouquecido foi o seu ato de mulher impudica; de mulher tentação:
Tomou a taça ainda cheia de vinho que eu não ousava degustá-lo, de minha mão,
Pela, hipnose em que me encontrava... a imagem era surreal; era o retrato da realeza,
E, num gesto inusitado, nela mergulhou, a minúscula e perfumada calcinha vermelha.

Atônito, abocanhei a peça sensual em meus lábios e, trêmulo, sorvi o líquido em gotas
Sim, em gotas, que escorreram pelo meu rosto pálido enquanto minha boca afoita
Se deliciava com o manjar que me foi oferecido pela mulher que me cativou pelo gesto.
Saímos do motel e da suíte 33 e,só eu o sabia, que ela tinha a calcinha molhada de vinho.

O Baile de Gala foi o coroamento de uma noite de amor e de tresloucadas atitudes,
Tive, ciúmes, quando os tolos homens a olhavam e a devoravam como se fosse um "quitute".
Que me importava os olhares lúgubres dos cavalheiros idiotas... senti pena deles,
Pois, o troféu tão desejado por tantos, somente a mim pertenceu,nesta mágica noite.



Com este poema (80), termino o Livro de Poemas intitulado : "A MULHER INTRIGANTE".
As etapas a serem cumpridas:
1. Nasceu o livro.. 16 livro...16 filho.
2. Capa
3. Diagramar e formatar
4. Revisão
5.ISBN E FICHA CATALOGRÁFICA
6.PUBLICAR
7.Lançamento com a noite de autógrafos


Em meados de 2018 estarei publicando.





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