segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA




BEIJA-ME PELA DERRADEIRA VEZ




Beija-me pela derradeira vez,
Inda que meu coração suplique mil.
Ouve a voz da razão, e os teus beijos dá,
Como se dá esmola ao pedinte servil.



Apieda-te deste homem que não os merece,
Que, idiota, trocou carinhos pela vida fácil.
Lembra-te das vezes que te jurei em prece
Amor e fidelidade? Ah!... Juras de um mentiroso inábil.


Mas, mesmo sabendo das veleidades contra ti cometidas,
Perdoa-me e rebe-me em teu corpo sedutor
Abocanha-me em tua despudorada e atrevida



E, pela última vez, a derradeira, de joelhos, eu suplico:
Beija-me os lábios com insaciável volúpia e intenso furor...
Beijos, beijos e beijos... Esmolas a este amante mendigo.



DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASE E DELÍRIOS
EDIVALE- 2005 - PÁGINA 45

Nenhum comentário:

Postar um comentário