terça-feira, 3 de setembro de 2019

PELAS FRESTAS DAS GRADES DA JANELA




DA SALA DO TRABALHO - AMBIENTE MINÚSCULO E SUFOCANTE,
AGONIADO, CONTEMPLO PELAS FRESTAS DAS GRADES DA JANELA,
FLORES MULTICOLORIDAS, VIÇOSAS E BELAS, PAISAGENS LIVRES,
PORÉM DISTANTES DAS MÃOS QUE TATEIAM NA JORNADA CEGA.


PRISIONEIRO QUE SOU DA SALA DE TRABALHO QUE ME OPRIME,
ANDO, QUAL FERA ENLOUQUECIDA, PELA MÍSERA CELA,


REAGINDO EM ALTOS BRADOS, COMO SE O RUGIR EXIMISSE,
A CULPA QUE ME ENVOLVE COMO TERRÍVEL PROCELA.


SE OUTRORA ERA LIVRE COMO OS PÁSSAROS DO CAMPO FLORIDO,
HOJE, SUFOCADO, VEJO-ME ATADO, ALQUEBRADO E EXAURIDO,
E, SE RECLAMO, AS PESSOAS QUERIDAS RESPONDEM-ME: SÃO QUERELAS...


AH, QUERELAS... ACASO DEUS IMITOU O VOO DAS AVES POR GRADES,
OU DEU-LHES POR MORADIA CUBÍCULOS MINÚSCULOS E SUFOCANTES?
CORPO PRESO - A ALMA, LIBERTA, FOGE PELAS FRESTAS DAS GRADES DA JANELA.


ESSE POEMA CONSTA NO LIVRO " DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS" PUBLICADO EM 2006
NESSE ANO EU TRABALHAVA COMO ASSESSOR PEDAGÓGICO NA CENP - COORDENADORIA DE ENSINO E NORMAS PEDAGÓGICAS, NA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO,
NO EDIFÍCIO CAETANO DE CAMPOS, NA PRAÇA DA REPÚBLICA EM SÃO PAULO.

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