Ás vezes ou quase sempre sou incompreendido em meu dia a dia pelos meus familiares e amigos mais próximos. Julgam-me pelo que sou, sem saber realmente quem sou. Impingem-me qualidades negativas pelo simples observar cotidiano. Querem-me fazer pensar e agir como pensam e agem, como se a alma fosse comum a todos. É comum as pessoas comuns julgarem sem conhecer o mérito do que julgam: arvoram-se em juízes inclementes e emitem as penas sem ao menos dar ao " suposto" réu o direito universal da defesa. Assim é que sou incompreendido nas mínimas situações vividas:
Sou incompreendido quando passo horas e horas a fio contabilizando as estrelas do universo, que estão sempre em " superávit". Nestes momentos de rara magia desnudo-me do mundo real e mergulho de corpo e alma no mundo poético da sublime ciração de Deus;
Sou incomprendido quando não contabilizo os parcos recursos de que disponho e que sempre estão em "déficit". Por que devo perder tempo com contas que nunca fecham e que só fazem me distanciar das riquezas interiores que alimentam a alma?;
Sou incompreendido quando não me dedico a pequenos ou grandes consertos de coisas materiais, como se isso fosse realmente importante,
Sou incompreendido quando ganhos horas e horas de deleite ao contemplar uma abelha dardejando no entorno de uma flor aspirando o perfume mavioso e o néctar adocicado...
Enfim, julgam-me mal por ser poeta e não materialista.
Bem, enquanto o problema não se tratar de " sangria desatada" vou vivendo como sou e, assim, vivendo, afirmo: sou feliz!
sábado, 27 de fevereiro de 2010
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