segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O SOL QUE NÃO GOSTA DE FERIADOS, OU, A CHUVA QUE AMA OS FERIADOS!


Não dá mais para viver assim!
O Sol, rei-astro, está odiando os feriados. É incrível como esta relação de ódio entre eles está acirrada. Basta, aparecer na folhinha um dia marcado em vermelho, para o Sol, ficar vermelho ( já o é) de raiva e se recolher em seus aposentos. Assim, que ele se recolhe, fecha todas as portas e janelas do Universo com chaves e cadeados  e se põe a ferver de alegria: Um feriado sem Sol, não é um feriado que se preze. É o mesmo que, uma festa sem cerveja; um baile sem mulheres; um poeta sem inspiração; um político sem corrupção; um casal de amantes sem tesão... É uma aberração. Ao mesmo tempo, que o Sol, está enjoado de feriados, a chuva passou a amá-los. Realmente, se tornaram fenômenos antagônicos.
Vai chegando o feriado: O Sol, lentamente, com ares de deboche e desprezo vai se recolhendo aos poucos: ele adora passar a imagem de que fez as pazes com o feriado. Ah, ledo engando. Aos incautos fica a impressão de que desfrutarão de uma cachoeira de raios solares: compram bronzeador, fazem planos e vão para a praia. O Sol é terrível. Assim que ele contempla a praia apinhada de banhistas, ele vai pouco a pouco se recolhendo dentre as nuvens: lençol de sua cama macia e, fica rindo às gargalhadas dos atônitos e afoitos adoradores de Hércules e Diana.
Vai chegando o feriado: A chuva espera pacientemente que os "esperançosos" se ponham como formigas pelas estradas em busca da merecida diversão e descanso dos dias atribulados. Basta ela contemplar a estrada repleta de veículos torrando ao Sol, para que se faça aparecer e, vem em forma de trovoadas, tempestades e frio. Só desgosto; dinheiro perdido; brigas entre a família e, decepção, muita decepção.
De hoje em diante, vou tentar enganar o Sol: quando chegar um feriado vou gritar a plenos pulmões de que não vou sair de casa; quem sabe assim ele não queira me punir. Quando eu notar de que ele está brilhando no firmamento, saio de mansinho, entro no carro, amordaço a mulher, as crianças e o cachorro e vou deslizando de mansinho pelo asfalto quente em direção à praia.
Serei feliz duas vezes: a primeira por enganar o Sol e a segunda por dirigir até o litoral sem ouvir os ganidos do cachorro e as vozes esganiçadas dos meus entes "queridos".
Arre, Sol!
Arre, Chuva!

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