POR UMA CAIXA DE BOMBONS
A trança enrodilhada na cabeça balouçava ao sabor do vento
Quando ela corria e saltava pela grama do jardim verdejante.
Ao contemplá-la em toda a sua alegria e a sua beleza pujante
Senti que estava sendo premiado, mas, sem saber, por, quanto tempo.
Junto a ela, pássaros, borboletas e flores rendiam homenagens
Todos numa festa de raro esplendor e intenso sortilégio,
Que, também, sentindo-me, um feliz admirador, do festim régio,
Ofereci-lhe um “bouquet” de rosas vermelhas trêmulas e selvagens.
Num impulso gracioso como se fora a mais tenra corça da floresta
Pegou e se afastou de mim, que, impassível, fiquei a admirá-la
Rodopiando e cantando pulava dentre os arbustos de folhas orvalhadas
Rindo (de mim?), fazendo trejeitos como a me dizer: - calma, espera!
Incapaz de resistir a tanta sedução, embora inundada de inocência
Perguntei-lhe num ato de extrema coragem tendo a face ruborizada:
_ Que queres de mim, para me deixar tocá-la ou então pudicamente, beijá-la?
AH,AH,AH... Risadas ecoaram pelo jardim ... atônito e louco, gritei: CLEMÊNCIA!
Sim, clemência! Por favor, clemência, supliquei-lhe nervoso e em bom tom.
Como se fora uma rainha aproximou-se de mim; desfez as tranças e se fez mulher
E, num gesto atrevido carregado de excelsa malícia, disse:- Para você me ter
É simples, basta ser poeta e... me presentear com uma caixa de BOMBONS.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário