Intrincável mar de abrolhos em que naufraguei
Desesperançado de ser amado por ti.
Por ti mergulhei no desconhecido mar revolto,
E, me vi, entrelaçado por liames pegajosos e impiedosos.
Pela tarde, noite e madrugada gélida soçobrei qual espuma
Que se quebra na praia e, morre, indiferente, ao Cosmos,
Que não dá a mínima para almas que não se amam e assim,
Vivem acorrentadas por intrincada rede de abrolhos.
Sim, tive no corpo uma rede de abrolhos a me possuir
Descomunalmente, malignamente e ferozmente: poderosas tenazes.
Náufrago me vi enlaçado por fibras asquerosas as quais não eram:
Os pelos pubianos que sempre protegeram o teu oásis;
As penugens da pele alva e perfumada que sempre me aconchegaram;
Os cabelos loiros ,densos, sedosos, lascivos e provocantes...
Maldita mulher que me fez desejá-la como se fora a Messalina;
Odiosa mulher que me fez sonhar com a plenitude do amor sublime;
Falsa mulher que me fez acreditar nos juramentos de amor eterno...
Abrolhos me possuem e, são frios como a veste mortuária;
Abrolhos me sufocam com seus caules impregnados de sal e desdém;
Abrolhos me seduzem e, me arrastam para o infinito abissal.
Antes de me sucumbir aos meu veerdugos ainda procuro forças
E, grito grito roucos, gritos de dor, de desilusão e de fracasso:
Malditamulhermalditamulhermalditamulhermalditamulhe... mal..dita..mu..glub...
glub..maldi...mu...lher...glub...glub...
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
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