Uma cicatriz por uma carícia deselegante
Foi o meu prêmio pela insensatez do desejo.
Sem medir as consequências do gesto infame,
Vi-me agredido por dentes belos e insuspeitos.
Tudo aconteceu no lapso que dura um raio luzente;
No instante mágico em que a consciência dormita
Em berço esplêndido da posse carnal e fremente,
Sem, se atinar com o despropósito da insensata carícia.
Estava ela com uma blusa de renda que pouco ou quase nada
Escondia os seios que lutavam para aflorarem à luz do castiçal.
Num ímpeto louco fui tomado pela sanha das feras na calada
Da noite; que se ferem pela posse da fêmea, em estado virginal.
Ensandecido enfiei a mão no bojo quente e perfumado do sutiã
Que prendiam as jóias como se elas fossem do colar da Messalina.
Oh! Deus, que sensação maravilhosa foi acariciá-los no afã
De seduzir para sempre a mulher amada e os seios sem a guarida.
Mas, a felicidade nunca é completa para quem ama com a insensatez
Própria dos incautos que acreditam sempre sairem da batalha, vitoriosos.
Num repente tive a mão rasgada pela mordida dada com a lucidez
De, me repelir de tão deselegante carícia:profanar os seios voluptuosos.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário