quarta-feira, 25 de julho de 2018

A BORBOLETA E A CRUEL E DORIDA REVELAÇÃO



Quando eu flanava pelas campinas verdejantes repletas de flores e insetos de formas e cores mil, deparei com uma esplêndida flor, cujas pétalas douradas refletiam a luz do Sol. Aproximando-me mais, pude notar a presença de uma linda borboleta multicolorida Que sugava com avidez o néctar abundante. De vez em quando, abanava as asas diáfanas como se fosse um leque japonês. Era linda e me atraía a ponto de me curvar até quase roçar meus lábios em seu corpo frágil. Num ímpeto, perguntei-lhe: Quem és tu, criatura tão linda?
Fitando-me, num átimo, respondeu: Sou a esperança, a paz, o amor, a fé, a credulidade, a temeridade, a paciência... E tu, quem és?
Titubeando nas palavras, respondi-lhe, num esgar de agonia: Sou a PROCURA de tudo aquilo que tu és... És um humano,e acrescentou: Tenho medo de ti...
Antes que as lágrimas toldassem meus olhos ainda pude vê-la alçar voo e ir beijar uma rosa exuberante.
Chorei e muito chorei por esta cruel e dorida revelação.

Poema criado na ante sala do gerente do Banco do Brasil em 25-7-18

Um comentário:

  1. Adorei Aldo! Inspiracao é inspiração, o gerente do banco que nos desculpem! Tem que agarrar quando aparece, é muito fugidia!

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