sexta-feira, 3 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... POESIA




NÃO MAIS QUE DE REPENTE



Não mais que de repente
O Sol se fez ausente
e, a Lua se fez presente.

Não mais que de repente
O coração latejou fremente
e, o sangue fluiu em caudalosa vertente.


Não mais que de repente
O desejo se fez latente
e, os olhos brilharam tremeluzentes.


Não mais que de repente
A alma se tornou demente
e, as palavras brotaram inconsequentes.

Não mais que de repente
Os corpos se tornaram serpentes
e, o sexo se fez intermitente.

Não mais que de repente
me vi imerso em carícias frementes
e, serpenteando, me enrolei no lençol envolvente.


Não mais que de repente
do sexo febril, jorraram vivas sementes
e, delas,a concha se abriu, inundando o belo ventre.


Não mais que de repente
o sonho desvaneceu... acordei lentamente
e, de volta à realidade, chorei copiosamente.

Não mais que de repente.


Poema extraído do livro SORTILÉGIOS DO AMOR
P. 63
EDIVALE - 2015
ALDO AGUIAR

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