De ti, quero somente os olhos,
Que me guiem neste mar emaranhado de abrolhos.
Sou nau errante sem leme e, pouco a pouco, naufragando.
Às vezes bóio, às vezes levito, mas, tento ir navegando.
A noite está cruelmente escura, como escura, tem sido minha vida.
Ondas encapeladas levam-me para plagas nunca conhecidas.
Tenho vontade de me agarrar nas pernas do vagabundo albatroz
E, me elevar nos ares, escapando da morte certa; deste mar algoz.
Como folhas impelidas pelo vento, rodopio nas cristas espumantes
Tentando permanecer intacto, embora, a alma esteja febril; delirante.
Esvai-me a vida em borbulhas que epocam dentre o mar de abrolhos.
Oh!, Deus, dai-me a esperança de que terei já, o lume aceso
Que me norteará até a praia dos amores: o meu porto-seguro.
Mas, para isto, querida companheira, quero de ti, somente os olhos.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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Lindo,lindo este poema.Esta companheira que o poeta canta em versos e prosa com certeza estará sempre acompanhando o voo do albatroz, e sempre preparando o ninho para a sua volta
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