E não é que o tempo mudou? Está fazendo um frio de lascar. Há alguns dias atrás estava um calor. Saía invariavelmente de bermudas e camisetas. Estava bom pra cachorro. Agora, mudou o tempo e eu fiquei gripado. Deve ser a terceira gripe que pego neste ano e, olha , que fui vacinado. Eu sempre digo que o que mata velho são três coisas: menina nova, tombo e golpe de vento. Dos dois primeiros estou livre. Não tenho menina nova no pedaço e quando me locomovo é com o maior cuidado. Pra se ter uma idéia do meu cuidado em não cair, tomo banho deitado, pois, é no banheiro que os velhos mais caem. Já estou me vendo amanhã na farmácia tomando uma tripla injeção e alguns comprimidos. Repousar e repousar. Isto tudo se eu quiser atravessar este ano e chegar vivo em 2011. Arre!, este inverno está brincando comigo... uma brincadeira perigosa da qual não estou gostando nem um pouco. E, a moça do tempo na televisão só dá notícias ruins... calor mesmo só no Nordeste. Acho que vou pegar meus míseros trocados que ficam guardados dentro de um pé de meia e vou arribar. Pra não me entregar de todo neste inverno estou fazendo um chekup do coração... até agora tudo bem. Bom, chega de escrever, pois, já estou sentindo os pés gelados. Vou preparar um escalda-pé, me agasalhar e ficar encolhidinho embaixo de um cobertor no sofá; assistindo o Santos ganhar do Vitória e se consagrar Campeão da Copa do Brasil.
Até amanhã!
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Bom saber que você está livre das três situações que matam velho,pois morrer em uma dessas circunstâncias,no mínimo seria ridículo e não orna para um poeta.Penso que um poeta tem que morrer somente por um grande amor .
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