domingo, 16 de janeiro de 2011

LEVIATÃ

Mar tormentoso que atormenta o meu cérebro em tormenta.
Imerso em ondas encapeladas e descomunais sufoco e remoo
Um passado que relutou em passar e passou: um mar de contenda
Possuiu-me por uma vida e me fez a seu gosto um objeto-náufrago.

Forças hercúleas sempre me arrastaram e me amoldaram
Como barro inerte nas mãos calejadas e hábeis do oleiro.
Nunca consegui reagir; sempre desci em redemoinho violento
Ao abismo do mar sem fim: a monstros que de mim não se apiedaram.


Sim, a monstros medonhos e desprovidos de amor: aberrações inimagináveis
Que povoam o mar e o cérebro dos incautos viajantes de aventuras fáceis.
Mar tormentoso que atormenta o meu coração na desdita ferrenha e vã,


De amar ou acreditar ser amado e por isto ser um náufrago à deriva
No mar tormentoso que a mim e a monstros hediondos abriga...
Tenho a minha desdita... hoje sou alga enrodilhada no impiedoso LEVIATÃ.

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