Por que tanto pudor acusa a face ruborizada e resplandecente
Se ao beijar-me a boca introduz a língua - serpente lépida
Num caos de volúpia incontida e "ais" que gritam silentes
As delícias das carícias que brotam do âmago da nudez tépida?
Tens a tez afogueada como se por labaredas fosse beijada;
E, pudica, ocultas as entrâncias e reentrâncias com o véu da volúpia...
Oh!, querida amada, dispa-te desta falsa inocência malvada
Para nua, pele em frêmito intermitente, desabrochar em luxúria.
Podes até querer enganar-me com este excesso de falso pudor,
Mas, previno-te: "Jamais haverei de me render". Sou hábil sedutor.
Nada poderá me demover da idéia fixa de possuí-la vezes incontidas...
Doce e malévola mulher sedutora rasgue com fúria o manto que te veste
E ofusca tuas belezas ao meu olhar, que tal e qual amante, em sonhos te despe.
Por que tanto pudor acusa o corpo afogueado se és mullher-vulcão de lascívia?
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário