Para Olívio Cavalca, um amigo
que trago com ternura e admiração em meu dia a dia. Amigo, o maior tesouro do homem.
O mar que nada sabe recebe em suas ondas suaves carícias
Quando a brisa passeia qual bela ninfa pelas cristas eriçadas;
Arrepiado de desejos oferece o corpo; a alma enlanguecida,
Ao sabor dos contatos febris... espumas: o suor da Messalina.
E, por nada saber, sabe que se não reagir, torna-se naúfrago,
Um corpo disforme arrastado pelo redemoinho da emoção...
Sim, se nada sabe, deve ao menos saber que será escravo
Daquilo que não lhe é visível... o pulsar acelerado de um falso coração.
E, quando pensa que sabe, arrebenta-se todo de encontro às falésias
Inocente em seu desejo de ser amante febril, famélico e voraz.
Ah!, perdido no torvelinho das águas enfurecidas e gélidas
Porta-se como o gigante "Golias" à mercê do inocente e fraco "David".
O mar que nada sabe, sabe sim, que é um pobre amante contumaz,
À deriva pelas plagas deste mundo: um fantoche que chora e nunca ri.
sexta-feira, 16 de março de 2012
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