Sim, devo tirar umas férias do blog. Deixarei de escrever por uns tempos. Vou me dedicar aos meus livros que estão em fase de término.
São eles:
Giz, quadro negro e apagador; - romance sobre o magistério
O instindo do escorpião; - romance pornográfico
Por que duvidas de mim? - poema bíblico
Armas de brinquedo : a cultura inocente da violência
A menina que soltava pássaros - ecológico
Também devo preparar a noite de autógrafos do meu 10 livro : poemas do corpo, da alma e do vento para o iníco de agosto.
E, sobrando tempo ir às prefeituras propor o meu projeto: O ESCRITOR VAI À ESCOLA, com o livro de ecologia.
Ainda: do dia 21 a 31 de maio estarei no SPA SERRA DO JAPI em CABREÚVA
Ufaaaa!!!
Creio que o café na Dona Bela com os amigos Laércio e Olívio ficará prejudicado.
Para se conseguir algo é necessário sacrifício.
Os amigos certamente entenderão e me incentivarão.
Até...
quinta-feira, 26 de abril de 2012
ENSAIO SOBRE O SILÊNCIO
O que é o silêncio?
É nada e é tudo!
O silêncio é a coroação dos atos que pedem palavras explosivas e pejorativas e, silenciam.
Silenciar quando se quer gritar de indignação é próprio de almas maduras e, que, foram bafejadas pela inteligência.
Por "COISAS DA VIDA", constantemente somos agredidos em nosso "forum íntimo" e, se respondemos à altura, muita coisa desmorona. É preferível sermos entendidos como insensíveis do que retrucar defendendo nossas posições. Alguns, porém, não admitem passar por tolos ou covardes e respondem com impropérios e adjetivos de baixo calão. Estes são, talvez, penso eu, respeitados em suas atitudes: Certas ou Erradas?, não importa, pois, cada um é cada um.
Quem pode se arvorar de juíz? Quem pode julgar o que é certo e errado? Quem nunca cometeu um erro em sua vida? Ah, quisera eu ser um exemplo de perfeição!.mas, será que não seria um chato de galocha? Um puritano vestido do manto da hipocrisia... não há ser mortal que resista a esta companhia.
Silenciar quando a contenda se mostra em toda a sua extensão de destruição é ser sábio.
O silêncio é NADA e TUDO!
Nada, porque é tão simples silenciar; basta aquietar a alma e dominar os impulsos.
Tudo, porque com ele evitamos cenas desagradáveis e situações criadas que não ensejam mais a volta.
Deus, em sua infinita misericódia, me ensine sempre a silenciar: É O QUE VOS SUPLICO!
É nada e é tudo!
O silêncio é a coroação dos atos que pedem palavras explosivas e pejorativas e, silenciam.
Silenciar quando se quer gritar de indignação é próprio de almas maduras e, que, foram bafejadas pela inteligência.
Por "COISAS DA VIDA", constantemente somos agredidos em nosso "forum íntimo" e, se respondemos à altura, muita coisa desmorona. É preferível sermos entendidos como insensíveis do que retrucar defendendo nossas posições. Alguns, porém, não admitem passar por tolos ou covardes e respondem com impropérios e adjetivos de baixo calão. Estes são, talvez, penso eu, respeitados em suas atitudes: Certas ou Erradas?, não importa, pois, cada um é cada um.
Quem pode se arvorar de juíz? Quem pode julgar o que é certo e errado? Quem nunca cometeu um erro em sua vida? Ah, quisera eu ser um exemplo de perfeição!.mas, será que não seria um chato de galocha? Um puritano vestido do manto da hipocrisia... não há ser mortal que resista a esta companhia.
Silenciar quando a contenda se mostra em toda a sua extensão de destruição é ser sábio.
O silêncio é NADA e TUDO!
Nada, porque é tão simples silenciar; basta aquietar a alma e dominar os impulsos.
Tudo, porque com ele evitamos cenas desagradáveis e situações criadas que não ensejam mais a volta.
Deus, em sua infinita misericódia, me ensine sempre a silenciar: É O QUE VOS SUPLICO!
terça-feira, 17 de abril de 2012
DELICIOSA CONCUPISCÊNCIA
Deliciosa concupiscência aflora em borbotões
Nos instantes em que lânguidos nos acariciamos.
Um suave torpor inunda os céleres corações,
Prenunciando a excelsa posse dos sexos insanos.
Afogueada na tez, lasciva nos gestos, cândida no olhar,
Apresenta-se aos meus lúbricos olhos despida das vestes.
Nua - carne tenra e palpitante - iguaria de fino paladar.
À mercê do ceifador - amante feliz, pela farta messe.
Concupiscentes nas palavras e nos embates sexuais,
Despojamo-nos da razão e mergulhamos no oceano da insensatez,
Onde, náufragos, boiamos à deriva nos líquidos carnais
Expelidos dos sexos ardentes em golfadas infindas.
Ah, como é doloroso retornar ao inóspito deserto da lucidez,
Vestir as vestes, dar adeus e chorar, chorar até a alma ficar ressequida.
DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
EDIVALE- 2006
PG 43
Nos instantes em que lânguidos nos acariciamos.
Um suave torpor inunda os céleres corações,
Prenunciando a excelsa posse dos sexos insanos.
Afogueada na tez, lasciva nos gestos, cândida no olhar,
Apresenta-se aos meus lúbricos olhos despida das vestes.
Nua - carne tenra e palpitante - iguaria de fino paladar.
À mercê do ceifador - amante feliz, pela farta messe.
Concupiscentes nas palavras e nos embates sexuais,
Despojamo-nos da razão e mergulhamos no oceano da insensatez,
Onde, náufragos, boiamos à deriva nos líquidos carnais
Expelidos dos sexos ardentes em golfadas infindas.
Ah, como é doloroso retornar ao inóspito deserto da lucidez,
Vestir as vestes, dar adeus e chorar, chorar até a alma ficar ressequida.
DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
EDIVALE- 2006
PG 43
segunda-feira, 16 de abril de 2012
CARA OU COROA?
Cara ou Coroa?, que dúvida cruel!
E, tudo por uma leve distração de minha parte.
Estava eu, na janela do meu quarto no quinto andar do prédio onde resido, contando um punhado de moedas, quando sem mais nem menos uma moeda ( 1 real) escapuliu dos meus dedos e despencou em queda livre indo chocar-se com os ladrilhos da calçada. No momento até que apreciei o tilintar que fez ao receber o impacto e, acredito mesmo, que prosseguiu tilintando enquanto dançava pelo chão áspero, atraindo a atenção dos sisudos transeuntes que por ali desfilavam seus passos apressados. Curioso, perguntei a mim mesmo: " Vai dar Cara ou Coroa?" e, respondi: " Se der Cara eu convido o meu amor para uma noitada ( no apê) regada a vinho françês, medalunas e brioches e..., é claro." Mas, se der Coroa, a levo para um jantar no Gadióli, com direito a vinho Grego; um prato especial e uma deliciosa esticada no Éden Motel".
Assim, antevendo uma noite dos deuses desci até a rua e fui conferir o que o destino me reservou... que decepção!
Por mais que procurasse não encontrei o vil metal. Escarafunchei vãos de ladrilhos, frestas do muro, tufos de grama e, nada! "A moeda criou asas e voou", pensei, decepcionado.
Estava já voltando para os meus aposentos quando vislumbrei do outro lado da rua uma "Coroa" andando com passos largos com a mão direita fechada como se estivesse guardando um tesouro: Na certa achou a moeda e a guardou. No mesmo instante presenciei um "Cara", antipático, sisudo, com modos de "cachorro sem dono" cruzar a rua , como se estivesse acabado de cometer um delito ( estava com a moeda?). Assim, tive a constatação de que um dos dois estava com o meu tesouro; que, um dos dois,apossando-se daquilo que não lhe pertencia, tinha estragado a minha noite.
Cara ou Coroa?, perguntei à minha amada à noite, refestelado no sofá, tendo na palma da mão uma moeda de 1 real.
Nem Cara, nem Coroa, respondeu-me ela, também, refestelando-se no sofá...e, por favor, continuou - Fique quieto, que eu não quero perder o último capítulo da novela e, arrematou: Esse Pereirinha é de lascar...
E, tudo por uma leve distração de minha parte.
Estava eu, na janela do meu quarto no quinto andar do prédio onde resido, contando um punhado de moedas, quando sem mais nem menos uma moeda ( 1 real) escapuliu dos meus dedos e despencou em queda livre indo chocar-se com os ladrilhos da calçada. No momento até que apreciei o tilintar que fez ao receber o impacto e, acredito mesmo, que prosseguiu tilintando enquanto dançava pelo chão áspero, atraindo a atenção dos sisudos transeuntes que por ali desfilavam seus passos apressados. Curioso, perguntei a mim mesmo: " Vai dar Cara ou Coroa?" e, respondi: " Se der Cara eu convido o meu amor para uma noitada ( no apê) regada a vinho françês, medalunas e brioches e..., é claro." Mas, se der Coroa, a levo para um jantar no Gadióli, com direito a vinho Grego; um prato especial e uma deliciosa esticada no Éden Motel".
Assim, antevendo uma noite dos deuses desci até a rua e fui conferir o que o destino me reservou... que decepção!
Por mais que procurasse não encontrei o vil metal. Escarafunchei vãos de ladrilhos, frestas do muro, tufos de grama e, nada! "A moeda criou asas e voou", pensei, decepcionado.
Estava já voltando para os meus aposentos quando vislumbrei do outro lado da rua uma "Coroa" andando com passos largos com a mão direita fechada como se estivesse guardando um tesouro: Na certa achou a moeda e a guardou. No mesmo instante presenciei um "Cara", antipático, sisudo, com modos de "cachorro sem dono" cruzar a rua , como se estivesse acabado de cometer um delito ( estava com a moeda?). Assim, tive a constatação de que um dos dois estava com o meu tesouro; que, um dos dois,apossando-se daquilo que não lhe pertencia, tinha estragado a minha noite.
Cara ou Coroa?, perguntei à minha amada à noite, refestelado no sofá, tendo na palma da mão uma moeda de 1 real.
Nem Cara, nem Coroa, respondeu-me ela, também, refestelando-se no sofá...e, por favor, continuou - Fique quieto, que eu não quero perder o último capítulo da novela e, arrematou: Esse Pereirinha é de lascar...
domingo, 15 de abril de 2012
A TEMPESTADE
A tempestade chegou e, ficou!
Antes mesmo de chegar mandou seus mensageiros
anunciarem a sua vinda.
Assim é que:
Ventos e ventanias;
Raios e trovões;
Nuvens escuras e trevas;
Poeira e folhas quebradiças;
Galhos e telhados...
Todos, escravos da tempestade, se fizeram presentes.
E, ela, chegou de forma possessa:
Derrubou casas e edifícios;
Rachou pelo meio árvores frondosas e seculares;
Arrastou homens, animais e insetos;
Destruiu plantações e arrebentou diques;
Enegreceu de forma assustadora
o céu sobre a cidade vilipendiada.
O caos tomou conta de tudo
E, neste instante Tudo se tornou Nada e,
Nada se tornou Tudo.
Ninhos e pássaros voaram sem rumo certo;
Cavalos e vacas perderam o seu Norte;
Peixes migraram para as profundezas em busca de abrigo...
No mais alto do prédio um galo de metal deixou de cantar
E, assustado, se encolheu em uma bola de aço disforme.
Não choveu!
Apenas infinitos grãos de poeira subiram aos ares e
após estranhas cambalhotas cairam sobre os cabelos
escanecidos do ancião deitado sob o banco da praça.
A tempestade alheia a tudo continuou seu intento:
Destruir os homens e suas criações materiais.
E, assim, num átimo de segundo o pesadelo se fez presente;
O desastre se fez verdugo de tudo o que tem vida;
O deserto brotou no que antes era verde e tingiu
O que restou da natureza de uma cor marrom e visguenta...
Não sei como sobrevivi, mas, sobrevivi e vi:
O inferno de Dante à minha frente e,
Desde então, tenho pesadelos descomunais.
Hoje, quando a tempestade se faz anunciar, recolho-me
ao meu túmulo e dormito... até que ela passe.
Antes mesmo de chegar mandou seus mensageiros
anunciarem a sua vinda.
Assim é que:
Ventos e ventanias;
Raios e trovões;
Nuvens escuras e trevas;
Poeira e folhas quebradiças;
Galhos e telhados...
Todos, escravos da tempestade, se fizeram presentes.
E, ela, chegou de forma possessa:
Derrubou casas e edifícios;
Rachou pelo meio árvores frondosas e seculares;
Arrastou homens, animais e insetos;
Destruiu plantações e arrebentou diques;
Enegreceu de forma assustadora
o céu sobre a cidade vilipendiada.
O caos tomou conta de tudo
E, neste instante Tudo se tornou Nada e,
Nada se tornou Tudo.
Ninhos e pássaros voaram sem rumo certo;
Cavalos e vacas perderam o seu Norte;
Peixes migraram para as profundezas em busca de abrigo...
No mais alto do prédio um galo de metal deixou de cantar
E, assustado, se encolheu em uma bola de aço disforme.
Não choveu!
Apenas infinitos grãos de poeira subiram aos ares e
após estranhas cambalhotas cairam sobre os cabelos
escanecidos do ancião deitado sob o banco da praça.
A tempestade alheia a tudo continuou seu intento:
Destruir os homens e suas criações materiais.
E, assim, num átimo de segundo o pesadelo se fez presente;
O desastre se fez verdugo de tudo o que tem vida;
O deserto brotou no que antes era verde e tingiu
O que restou da natureza de uma cor marrom e visguenta...
Não sei como sobrevivi, mas, sobrevivi e vi:
O inferno de Dante à minha frente e,
Desde então, tenho pesadelos descomunais.
Hoje, quando a tempestade se faz anunciar, recolho-me
ao meu túmulo e dormito... até que ela passe.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
ARRE!!!! ESTOU NO AR NOVAMENTE
Depois de uma luta insana para recuperar o Blog, estou no ar novamente. Fiquei dias sem escrever no Blog... vou recuperar o tempo perdido.
Preciso dominar a tecnologia com urgência, embora, os sábios tenham afirmado de que: "Burro velho não pega cangalha." Vou tentar.
Um abraço aos meus fiéis leitores.
Preciso dominar a tecnologia com urgência, embora, os sábios tenham afirmado de que: "Burro velho não pega cangalha." Vou tentar.
Um abraço aos meus fiéis leitores.
sábado, 7 de abril de 2012
FERIADO DA SEMANA SANTA
FERIADO DA SEMANA SANTA
Neste feriado da semana santa, estivemos eu e minha querida esposa Edna, nosso refugio preferido “Mirante dos Alemães”, situada na Serra do Mar, a convite do meu dileto amigo Hans Schutz, que foi presenteado por Deus, deste belo e aprazível local, onde vivemos momentos inesquecíveis, quando a paz, harmonia e amizade prevaleceram em suas plenitudes. Tal paraíso se situa numa escarpa
Neste feriado da semana santa, estivemos eu e minha querida esposa Edna, nosso refugio preferido “Mirante dos Alemães”, situada na Serra do Mar, a convite do meu dileto amigo Hans Schutz, que foi presenteado por Deus, deste belo e aprazível local, onde vivemos momentos inesquecíveis, quando a paz, harmonia e amizade prevaleceram em suas plenitudes. Tal paraíso se situa numa escarpa
Tudo isto obra divina da criação do ser supremo, inspira o Poeta e porque não dizer aqueles que o acompanham a vivenciar momentos de extrema poesia.
Invariavelmente à tarde uma densa e poética neblina desce sorrateira sobre a pousada e os vales que a circundam.
A NEBLINA QUE ME ENVOLVE A exuberância da paisagem era tanta que me inspirou a compor um poema exaltando um de seus atrativos que tem o poder místico de conquistar e envolver em sentimentos nostálgicos e poéticos as almas românticas que anseiam em adentrar no universo da poesia...A NEBLINA
A NEBLINA QUE ME ENVOLVE
A neblina que me envolve é singular.
Não é densa, nem tampouco fugaz.
Assemelha-se em consistência ao véu virginal,
que esconde o semblante da tímida noiva,
em seu momento nupcial.
Desce das encostas das montanhas sorrateira
e lépida...
às vezes imagino-a como a cauda farfalhante
do vestido que abriga as formas sonhadas pelo pretendido
e impaciente, o amante privilegiado.
Eu também sou privilegiado:
A neblina oferece-se toda para mim neste momento inaudito;
A face antes corada, agora fria, fremita ao ser tocada pelas gotículas
que se embarafustam pelos poros entreabertos;
O corpo ao se ver abraçado pela aragem perfumada tremula e
se iguala ao corpo do feliz noivo e sente desmaiar.
E a neblina continua a sua trajetória sublime de beijar e tudo aquilo
que compõe este quadro celestial pintado pela natureza.
Assim arvores, arbustos, rios e riachos, montes e ravinas, pássaros e
animais silvestres, e eu, nos vemos, enternecidos e mergulhados no
novelo intrincável da alva lã que se esprai em tufos pelo mistério do éter
Desnecessário é dizer que mais alvos ficaram os cabelos encanecidos
deste poeta sonhador,
Não é densa, nem tampouco fugaz.
Assemelha-se em consistência ao véu virginal,
que esconde o semblante da tímida noiva,
em seu momento nupcial.
Desce das encostas das montanhas sorrateira
e lépida...
às vezes imagino-a como a cauda farfalhante
do vestido que abriga as formas sonhadas pelo pretendido
e impaciente, o amante privilegiado.
Eu também sou privilegiado:
A neblina oferece-se toda para mim neste momento inaudito;
A face antes corada, agora fria, fremita ao ser tocada pelas gotículas
que se embarafustam pelos poros entreabertos;
O corpo ao se ver abraçado pela aragem perfumada tremula e
se iguala ao corpo do feliz noivo e sente desmaiar.
E a neblina continua a sua trajetória sublime de beijar e tudo aquilo
que compõe este quadro celestial pintado pela natureza.
Assim arvores, arbustos, rios e riachos, montes e ravinas, pássaros e
animais silvestres, e eu, nos vemos, enternecidos e mergulhados no
novelo intrincável da alva lã que se esprai em tufos pelo mistério do éter
Desnecessário é dizer que mais alvos ficaram os cabelos encanecidos
deste poeta sonhador,
domingo, 1 de abril de 2012
DEMÓSTENES
Júlio Dantas
Em casa de laís, Demóstenes entrara:
Como Atenas inteira, o supremo orador
Vinha comprar também, nuns minutos de amor,
O corpo escultural dessa beleza rara.
Quase a possuíra já, de tanto que a sonhara:
E ao ver, gloriosa e nua, em todo o seu esplendor,
cingido o strophion de ouro aos dois seios em flor,
Essa linda mulher que se vendeu tão cara.
Tímido, perguntou: - "Um só beijo fugaz
por quanto o vendes, grega?" E ela, num gesto lento:
- "Conta mil dracmas, velho, e tu me possuirás!"
- "Quê? pagar por tanto ouro o beijo dum momento?
Dar mil dracmas por ti? Não, mulher; fica em paz:
Eu não compro tão caro um arrependimento.
Lagos- Algarves,1876
Lisboa - 1962
strophion : faixa usada pelas mulheres para segurar os seios.
EXTRAÍDO DO LIVRO DAS CORTESÃS ( 1500- 1900)
SELEÇÃO, ORGANIZAÇÃO E NOTAS DE SÉRGIO FARACO
( POETAS PORTUGUESES E BRASILEIROS)
ESTE LIVRO ESTÁ À DISPOSIÇÃO PARA EMPRÉSTIMO.
Em casa de laís, Demóstenes entrara:
Como Atenas inteira, o supremo orador
Vinha comprar também, nuns minutos de amor,
O corpo escultural dessa beleza rara.
Quase a possuíra já, de tanto que a sonhara:
E ao ver, gloriosa e nua, em todo o seu esplendor,
cingido o strophion de ouro aos dois seios em flor,
Essa linda mulher que se vendeu tão cara.
Tímido, perguntou: - "Um só beijo fugaz
por quanto o vendes, grega?" E ela, num gesto lento:
- "Conta mil dracmas, velho, e tu me possuirás!"
- "Quê? pagar por tanto ouro o beijo dum momento?
Dar mil dracmas por ti? Não, mulher; fica em paz:
Eu não compro tão caro um arrependimento.
Lagos- Algarves,1876
Lisboa - 1962
strophion : faixa usada pelas mulheres para segurar os seios.
EXTRAÍDO DO LIVRO DAS CORTESÃS ( 1500- 1900)
SELEÇÃO, ORGANIZAÇÃO E NOTAS DE SÉRGIO FARACO
( POETAS PORTUGUESES E BRASILEIROS)
ESTE LIVRO ESTÁ À DISPOSIÇÃO PARA EMPRÉSTIMO.
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