Deliciosa concupiscência aflora em borbotões
Nos instantes em que lânguidos nos acariciamos.
Um suave torpor inunda os céleres corações,
Prenunciando a excelsa posse dos sexos insanos.
Afogueada na tez, lasciva nos gestos, cândida no olhar,
Apresenta-se aos meus lúbricos olhos despida das vestes.
Nua - carne tenra e palpitante - iguaria de fino paladar.
À mercê do ceifador - amante feliz, pela farta messe.
Concupiscentes nas palavras e nos embates sexuais,
Despojamo-nos da razão e mergulhamos no oceano da insensatez,
Onde, náufragos, boiamos à deriva nos líquidos carnais
Expelidos dos sexos ardentes em golfadas infindas.
Ah, como é doloroso retornar ao inóspito deserto da lucidez,
Vestir as vestes, dar adeus e chorar, chorar até a alma ficar ressequida.
DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
EDIVALE- 2006
PG 43
terça-feira, 17 de abril de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário