sábado, 12 de maio de 2012

DOS BELOS OLHOS UMA LÁGRIMA ESCORREU

Dos belos olhos uma lágrima escorreu e caiu em minhas mãos,
E, ficou, por uma eternidade estagnada formando um pântano,
Onde tive os sonhos e os desejos imersos em pegajoso lodo
Sufocados pela incoerência de almejarem um frio coração.


Nada tive dela que não seja migalhas rotas de um olhar triste
Mesmo porque, se contemplativo estive, foi por absurda inércia.
Devo sim, olvidar, o que nunca possuí, por fugaz inépcia
De ser uma folha presa na tempestade da mulher que não existe.


Hoje, tento sair do lodo que me suga com atroz voracidade
E, escapar ileso, das artimanhas da mulher triste que não me quer,
OU, se quer, não demonstra, nem pelo cair da lágrima que verte,


Dos belos olhos que boiam no lago de águas repletas de infelicidade.
Sei sim, e muito sei, que sou um amante a viver o malmequer
Dos caprichos da mulher triste que me fita com o olhar inerte.



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