quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A FELICIDADE DO POETA

A felicidade do poeta é indescritível. Para externá-la ele precisa de uma plateia que respire; que sorva; que absorva um pouco que seja de poesia e de sensibilidade. Está se tornando cada vez mais difícil o poeta externar sua felicidade. No mundo em que orbita, pois, o poeta é como um astro: imerso no Universo onde pode ser visto mas não entendido, ele vive só e como um lobo solitário, externa seus sentimentos(não uivando), mas, falando com as estrelas; com as flores; com o vai e vem infinito das ondas dos mares e, principalmente com a singeleza de um desabrochar de uma flor silvestre. Para o poeta, torna-se enfadonho, o dia a dia miserável, de seres que desprezam a poesia e vegetam num deserto árido e estéril, embora, muitas ou todas as vezes se sintam parte indissociável desse mundo inóspito em que vagueiam.
Hoje, o poeta conseguiu externar sua felicidade.
E, foi, tão simples.
Por um instante ele contemplou extasiado a simplicidade e ao mesmo tempo a realeza expressa em uma flor silvestre. Nesse extato minuto veio-lhe à mente poética o quanto essa pequena flor teve que lutar para se fazer vista pelos olhos dos passantes que à ela dirigiam diversos tipos de olhares: Uns com tédio; outros sem vê-la (com a alma); outros tantos achando-a insignificante em sua aparência e, também, aqueles que para eles ela não significa uns $ a mais em seus orçamentos... Mas,para o poeta ela era a rainha do sujo jardim ( ignorado pelas autoridades municipais) e, nele, se fez única, senão para todos, pelo menos para ele, poeta que o é.

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