Esse seu olhar me fascina e me enlanguesce
Quando me fitas em momentos mágicos.
São para mim joias esculpidas em Jade
Incrustradas no belo rosto enigmático.
Sempre que os fito sinto-me hipnotizado
Pelos raios que emitem repletos de sortilégios.
Ah, quisera eu possuí-los em um cofre sagrado
Para impedir que por eles eu cometa um sacrilégio.
Sim, esse seu olhar incita a me despojar da lucidez
E,roubá-los de si, num ato insano, tresloucado... doentio.
Porém, sei que assim o fazendo, cometerei a pequenez
De ao querer ser SENHOR, ser apenas, um falso gentio.
Assim, prefiro tê-los à minha vista em momentos infindos
Em que nos mergulhamos em um oceano de contemplações:
Você, ao me fitar, pisca, com doce inocência, os belos olhos;
Eu, ao fitá-los, não pisco; permaneço estático, em elucubrações.
Finalmente, mulher, que me cativaste com os olhos de Jade,
Incrustados no rosto belo e emoldurado por mechas de âmbar,
Tens-me, prisioneiro de suas joias e, algemado, jamais, debalde,
Procurarei me libertar do que mais amo: ESSE SEU OLHAR!
domingo, 27 de setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
O COLECIONADOR DE BORBOLETAS
O colecionador de borboletas com o seu puça de filó
Segue, indômito, pelos jardins floridos e perfumados
Atrás de suas presas; frágeis borboletas e, sem dó
As aprisiona, sempre trêmulas, pelo futuro desenhado.
Incapazes de fugirem da armadilha pérfida e mortal
Indefesas criaturas voam e revoam na tentativa vã
De escaparem e num voo inaudito e celestial
Alçarem às nuvens num frenético e infeliz afã.
O colecionador olvida os esforços ferrenhos das irisadas
Asas que se chocam contra as paredes da rede pérfida,
E, num tremor maldito, se vangloria das "presas" capturadas,
Como se isso fosse para ele a "glória" por uma caçada maldita.
Ah, Deus em sua infinita misericórdia não se apieda do colecionador
Que tem certamente sua alma em farrapos e o coração em granito.
Para Ele, este simples e horrendo mortal findará sua vida em dor,
E, terá tridentes furando seu corpo com o fez com os insetos queridos.
Por que, ele não faz como eu? que também sou contumaz colecionador:
Coleciono sem dó nem piedade corações e, não uso as etiquetas,
Como o faz, o "maldito" caçador que as furam e as etiquetam sem temor
Achando que é um cientista e, não, um idiota; inimigo das borboletas.
Segue, indômito, pelos jardins floridos e perfumados
Atrás de suas presas; frágeis borboletas e, sem dó
As aprisiona, sempre trêmulas, pelo futuro desenhado.
Incapazes de fugirem da armadilha pérfida e mortal
Indefesas criaturas voam e revoam na tentativa vã
De escaparem e num voo inaudito e celestial
Alçarem às nuvens num frenético e infeliz afã.
O colecionador olvida os esforços ferrenhos das irisadas
Asas que se chocam contra as paredes da rede pérfida,
E, num tremor maldito, se vangloria das "presas" capturadas,
Como se isso fosse para ele a "glória" por uma caçada maldita.
Ah, Deus em sua infinita misericórdia não se apieda do colecionador
Que tem certamente sua alma em farrapos e o coração em granito.
Para Ele, este simples e horrendo mortal findará sua vida em dor,
E, terá tridentes furando seu corpo com o fez com os insetos queridos.
Por que, ele não faz como eu? que também sou contumaz colecionador:
Coleciono sem dó nem piedade corações e, não uso as etiquetas,
Como o faz, o "maldito" caçador que as furam e as etiquetam sem temor
Achando que é um cientista e, não, um idiota; inimigo das borboletas.
A DOSE DE WHISKE
No fundo do copo cubos de gelo dançavam febris
Impelidos pelos meus dedos trêmulos e desajeitados.
Um turbilhão se formou e o redemoinho sem fim
Atraía os meus pensamentos para um recente passado.
De gole em gole sorvi a bebida forte e perfumada
Como se fora o leite emanado de belos seios.
Tive, no momento, a lembrança da mulher olvidada
Em uma noite de loucura, de posse e devaneios.
Mesmo ela fazendo parte do meu rol de lembranças
Por um tempo, em algum lugar do passado, vivida.
Vi-a, em toda a beleza e, de amante, a pujança
De ser a preferida nas minhas noites de lascívia.
Amei-a como um louco ama em possuir as estrelas
Em suas noites de delírios e de lobo no ardor do cio.
Para mim, ela, se apresentava como a "DAMA" da nobreza;
Para outros ela era a serpente: o "start" da libido.
Assim, por alguns meses, nada mais, a tive em meu desvario
De amante possesso nas posses que se repetiam diuturnamente.
Hoje, porém, ao beber este "whiske" sinto um débil calafrio
Envolver-me a alma ao relembrá-la e, sofrer como um demente.
Impelidos pelos meus dedos trêmulos e desajeitados.
Um turbilhão se formou e o redemoinho sem fim
Atraía os meus pensamentos para um recente passado.
De gole em gole sorvi a bebida forte e perfumada
Como se fora o leite emanado de belos seios.
Tive, no momento, a lembrança da mulher olvidada
Em uma noite de loucura, de posse e devaneios.
Mesmo ela fazendo parte do meu rol de lembranças
Por um tempo, em algum lugar do passado, vivida.
Vi-a, em toda a beleza e, de amante, a pujança
De ser a preferida nas minhas noites de lascívia.
Amei-a como um louco ama em possuir as estrelas
Em suas noites de delírios e de lobo no ardor do cio.
Para mim, ela, se apresentava como a "DAMA" da nobreza;
Para outros ela era a serpente: o "start" da libido.
Assim, por alguns meses, nada mais, a tive em meu desvario
De amante possesso nas posses que se repetiam diuturnamente.
Hoje, porém, ao beber este "whiske" sinto um débil calafrio
Envolver-me a alma ao relembrá-la e, sofrer como um demente.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
O RETRATO 3X4
Dela só guardei o retrato 3x4 ressaltando o rosto fagueiro
Após saber que não era eu o seu grande e inaudito amor.
Tentei uma vez somente guardar uma foto de corpo inteiro
Onde suas curvas e relevos a faziam uma morena de valor.
Por um tempo que não sei precisar a amei com volúpia
Recebendo dela mil promessas de crível fidelidade.
Infinitas vezes alçamos ao paraíso nas sensuais núpcias,
Outras vezes descemos ao inferno em brigas e veleidades.
Mas, a despeito de tanta contradição de sentimentos amorosos
Vivemos momentos de extrema candura que me fizeram feliz.
Por ela, naveguei, ora, em mares calmos e repletos de beijos,
Ora, em mares bravios, à deriva, como náufrago, que me fiz.
Rasgada, junto aos documentos, em minha carteira luzidia
A foto de corpo inteiro, me lembrava dos atos pecaminosos
Que fazíamos, no ardor do cio; no fragor da entrega submissa
Desta mulher, que hoje, me abandona, e me chama de tolo.
Sim, sou tolo, nada mais do que um tolo amante que teimou
Em tê-la, para sempre, aprisionada em meus febris anseios.
Vá, mulher! seja feliz com outro tolo que de ti se apossou
Sem saber que és como o vento que judia do salgueiro.
Por fim, tenho somente a foto 3x4 que carrego com sentimento
Nas noites de frio intenso em que sinto a alma morta: enregelada.
Contemplá-la, só por alguns segundos, para não ter o arrependimento
De ter aceito o ADEUS, a despeito de ter a ingênua alma, estraçalhada.
Após saber que não era eu o seu grande e inaudito amor.
Tentei uma vez somente guardar uma foto de corpo inteiro
Onde suas curvas e relevos a faziam uma morena de valor.
Por um tempo que não sei precisar a amei com volúpia
Recebendo dela mil promessas de crível fidelidade.
Infinitas vezes alçamos ao paraíso nas sensuais núpcias,
Outras vezes descemos ao inferno em brigas e veleidades.
Mas, a despeito de tanta contradição de sentimentos amorosos
Vivemos momentos de extrema candura que me fizeram feliz.
Por ela, naveguei, ora, em mares calmos e repletos de beijos,
Ora, em mares bravios, à deriva, como náufrago, que me fiz.
Rasgada, junto aos documentos, em minha carteira luzidia
A foto de corpo inteiro, me lembrava dos atos pecaminosos
Que fazíamos, no ardor do cio; no fragor da entrega submissa
Desta mulher, que hoje, me abandona, e me chama de tolo.
Sim, sou tolo, nada mais do que um tolo amante que teimou
Em tê-la, para sempre, aprisionada em meus febris anseios.
Vá, mulher! seja feliz com outro tolo que de ti se apossou
Sem saber que és como o vento que judia do salgueiro.
Por fim, tenho somente a foto 3x4 que carrego com sentimento
Nas noites de frio intenso em que sinto a alma morta: enregelada.
Contemplá-la, só por alguns segundos, para não ter o arrependimento
De ter aceito o ADEUS, a despeito de ter a ingênua alma, estraçalhada.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
REMINESCÊNCIAS DE UM AMOR DA INFÂNCIA
Dos seus doze anos balançavam pelo pescoço belas tranças;
Dos meus treze anos sobressaíam da cabeça um topete negro.
Ambos, brincávamos, na doce inocência de duas crianças,
Que se amavam sem pudor e não ocultavam nenhum segredo.
Após a missa aos domingos saíamos para passear no parque
De diversões que ficava na praça frente à soberba matriz:
Desfilando entre os brinquedos e barracas de balas e dropes
Íamos de mãos dadas sentar à borda do majestoso chafariz.
Numa ousadia de deixar as faces coradas de fraco pudor
Ela, sempre ela, apertava-me as mãos com força desmedida;
Neste momento, eu, embalado pelas fadas do silente amor,
Sentia as pernas enfraquecidas e trêmulo retribuía a carícia.
Amava suas tranças negras e macias como o algodão doce
Que eu sempre a presenteava na hora triste da despedida.
Ela, com trejeitos de menina-moça pedia-me que fosse
Embora, pois, a hora já se fazia nossa pior inimiga.
Assim, na candura de um amor desprovido da pérfida malícia
Nos "amamos", nas horas maravilhosas da frágil inocência.
Uma vez, somente uma vez, e foi o que bastou para o fim
Desse amor, que nunca teve lastro e que nunca teve semente.
Foi numa tarde outonal em que suas belas tranças sedosas
Se enroscaram em meus dedos numa caricia mais extrema.
Corada de vergonha ela disse-me adeus e partiu chorosa,
E, eu, fiquei chorando e amaldiçoando sua inabalada pureza.
Reminescências de uma amor de infância que ficou indelével
Em meu coração despedaçado pelo primeiro amor casto.
Hoje, ainda saudoso,me lembro das tranças e do carrossel
De cavalinhos, onde galopávamos, por um verdejante pasto.
Dos meus treze anos sobressaíam da cabeça um topete negro.
Ambos, brincávamos, na doce inocência de duas crianças,
Que se amavam sem pudor e não ocultavam nenhum segredo.
Após a missa aos domingos saíamos para passear no parque
De diversões que ficava na praça frente à soberba matriz:
Desfilando entre os brinquedos e barracas de balas e dropes
Íamos de mãos dadas sentar à borda do majestoso chafariz.
Numa ousadia de deixar as faces coradas de fraco pudor
Ela, sempre ela, apertava-me as mãos com força desmedida;
Neste momento, eu, embalado pelas fadas do silente amor,
Sentia as pernas enfraquecidas e trêmulo retribuía a carícia.
Amava suas tranças negras e macias como o algodão doce
Que eu sempre a presenteava na hora triste da despedida.
Ela, com trejeitos de menina-moça pedia-me que fosse
Embora, pois, a hora já se fazia nossa pior inimiga.
Assim, na candura de um amor desprovido da pérfida malícia
Nos "amamos", nas horas maravilhosas da frágil inocência.
Uma vez, somente uma vez, e foi o que bastou para o fim
Desse amor, que nunca teve lastro e que nunca teve semente.
Foi numa tarde outonal em que suas belas tranças sedosas
Se enroscaram em meus dedos numa caricia mais extrema.
Corada de vergonha ela disse-me adeus e partiu chorosa,
E, eu, fiquei chorando e amaldiçoando sua inabalada pureza.
Reminescências de uma amor de infância que ficou indelével
Em meu coração despedaçado pelo primeiro amor casto.
Hoje, ainda saudoso,me lembro das tranças e do carrossel
De cavalinhos, onde galopávamos, por um verdejante pasto.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS - MACHADO DE ASSIS- PRESIDENTE OU PRESIDENTA?
Hoje, terminei de ler o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas. Achei excelente o livro como os são todos desse consagrado autor. O interessante é que o li, para dirimir uma questão levantada no Conselho Deliberativo do TCC, quando dois doutos advogados me questionaram quando me dirigi à Senhora Clenira como PRESIDENTA da Diretoria Executiva. Os mesmos usaram da Tribuna Livre para dizer que eu estava errado; que não existe este tratamento. Ora bolas, se, todos os dicionários definem como PRESIDENTA, a mulher do Presidente ou, a mulher que ocupa cargo de Presidência, além de dezenas de notícias, crônicas e entrevistas onde a ocupante de cargo de Presidência é designada como PRESIDENTA. É o caso da nossa mandatária Presidenta Dilma Roulssef; da Presidenta Cristina Kircher da Argentina; da ex- Presidenta Nelida Pinon da ABL, e, neste momento da nossa Celinha Marques, Presidenta da Academia Taubateana de Letras. E, a que vem o dito romance de Machado de Assis: É que na página 71, Capítulo 80 - DE SECRETARIADO, o personagem Brás Cubas se dirige para a sua amada Virgília com a designação: " Na verdade, um presidente, uma presidenta, um secretário, era resolver as coisas de um modo administrativo." Isto nos idos de 1881, já existia a designação de PRESIDENTA.
Para finalizar: A PRESIDENTA PILAR, da Fundação José Saramago em Portugal, não permite que a chamem de presidente, diz que quem assim o faz é MACHISTA!
Pelo sim, pelo não, fica a critério de cada um usar a designação que melhor lhe aprouver, já que ambas são válidas.
Para mim, poeta que o sou, prefiro usar PRESIDENTA , soa mais poeticamente.
Que os doutos advogados se sintam esclarecidos.
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