quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A DOSE DE WHISKE

No fundo do copo cubos de gelo dançavam febris
Impelidos pelos meus dedos trêmulos e desajeitados.
Um turbilhão se formou e o redemoinho sem fim
Atraía os meus pensamentos para um recente passado.

De gole em gole sorvi a bebida forte e perfumada
Como se fora o leite emanado de belos seios.
Tive, no momento, a lembrança da mulher olvidada
Em uma noite de loucura, de posse e devaneios.

Mesmo ela fazendo parte do meu rol de lembranças
Por um tempo, em algum lugar do passado, vivida.
Vi-a, em toda a beleza e, de amante, a pujança
De ser a preferida nas minhas noites de lascívia.

Amei-a como um louco ama em possuir as estrelas
Em suas noites de delírios e de lobo no ardor do cio.
Para mim, ela, se apresentava como a "DAMA" da nobreza;
Para outros ela era a serpente: o "start" da libido.

Assim, por alguns meses, nada mais, a tive em meu desvario
De amante possesso nas posses que se repetiam diuturnamente.
Hoje, porém, ao beber este "whiske" sinto um débil calafrio
Envolver-me a alma ao relembrá-la e, sofrer como um demente.

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