quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O COLECIONADOR DE BORBOLETAS

O colecionador de borboletas com o seu puça de filó
Segue, indômito, pelos jardins floridos e perfumados
Atrás de suas presas; frágeis  borboletas e, sem dó
As aprisiona, sempre trêmulas, pelo futuro desenhado.

Incapazes de fugirem da armadilha pérfida e mortal
Indefesas criaturas voam e revoam na tentativa vã
De escaparem e num voo inaudito e celestial
Alçarem às nuvens num frenético e infeliz afã.

O colecionador olvida os esforços ferrenhos das irisadas
Asas que se chocam contra as paredes da rede pérfida,
E, num tremor maldito, se vangloria das "presas" capturadas,
Como se isso fosse para ele a "glória" por uma caçada maldita.

Ah, Deus em sua infinita misericórdia não se apieda do colecionador
Que tem certamente sua alma em farrapos e o coração em granito.
Para Ele, este simples e horrendo mortal findará sua vida em dor,
E, terá tridentes furando seu corpo com o fez com os insetos queridos.

Por que, ele não faz como eu? que também sou contumaz colecionador:
Coleciono sem dó nem piedade corações e, não uso as etiquetas,
Como o faz, o "maldito" caçador que as furam e as etiquetam sem temor
Achando que é um cientista e, não, um idiota; inimigo das borboletas.





 


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