A TARÂNTULA
A tarântula passeava com seu corpo negro
Sobre o corpo alvo da mulher que dormia.
Estático, eu, contemplava o terrível perigo
Que ela, a minha amada, sem o saber, corria.
O temível aracnídeo desfilava suas pinças peçonhentas
Pelas entrância e reentrâncias da ninfa em sua inocência.
Parecia que a mulher se transmudou em um bibelô
E imóvel, não sentia as patas galgando seu belo corpo.
Por uns instantes de terror, senti um calafrio, na medula,
Quando ela resolveu dormitar nos seios róseos e túmidos.
Como se fora os lábios do amante que insano suga
Os mamilos eretos de frutas raras: dois pomos maduros.
Maldita tarântula que indolente desceu para o ventre ebúrneo
E, se enroscou, lânguida, no caracol enovelado do púbis
Onde fios perfumados e sedosos exalavam um perfume etéreo,
E, teve como prêmio, pela sua investida, o raro botão: o rubi.
Poema extraído do livro CORAÇÃO SANGRENTO ( a ser lançado este ano)
Edição 1a. 2017
EDIVALE
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário