segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Albatroz-errante

Albatroz-errante

Albatroz-errante que erra errando,
Os ares por onde as asas volteiam.
Como eu, que erro os passos por onde ando,
Erramos. Almas cegas pelo espaço tateiam.


São tantos os desvios que nos apresenta
Dentre as névoas que se dissipam em torno.
Respingos de água fria espocam das tormentas...
Mortalha gélida a abrigar os frágeis corpos.


Erras por buscares o nicho onde terás abrigo
Mesmo que seja o porto não seguro dos penedos.
Nus e impávidos acolhem o teu corpo dorido.

Erro por buscar o amor numa busca incessante
No espaço vazio do meu céu de amores tredos.
Sim, sou homem-espectro... Sou Albatroz-errante.

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