sexta-feira, 21 de agosto de 2009

TARDE FRIA

Tarde fria. Faz muito frio.
São dezessete horas desta tarde fria. O Termômetro está marcando 7 graus. Com o frio, sinto uma vontade enorme de criar. Tenho um romance pela metade. Meus dedos estão enregelados, mas a alma clama para que não parem de escrever. Devo obedecer, pois, como contradizer as ordens que vem do coração? Sou um albatoz que voa impelido pelo vento do destino. Direção? Por que direção se para onde voar sei que vou chegar?, voar incessantemente, sem medo do vazio; sem medo do nunca achar... Sempre acharei e não importa aquilo que encontrar. Quando cansado do caminho percorrido sei que encontarei um oásis onde descansar e saciar a sede... a sede que me consome... Um oásis onde certamente a mulher amada estará me esperando... Se não acredito que existe este oásis, melhor seria amputar os dedos e nunca mais escrever.
Tarde fria!
Tarde fria que envolve um coração ardente.

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