sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ESCULTURAS NA AREIA

Oh!, que graça, que beleza é contemplá-la
Deitada, esparramada sobre as areias tépidas.
O corpo, se não nu, quase nu, tépido, exalta
As esculturas de Rodin: Ah, sensuais réplicas.



Os seios túrgidos e atrevidos aninham impetuosos
Dentre as cavidades esculpidas nos miríades de grãos.
São como duas romãs dentre tantos frutos saborosos,
À espera da boca que os devorará com sofreguidão.



As coxas morenas e roliças cavam o leito morno e úmido
Ao espreguiçarem-se indolentes dentre os grãos fugidios,
Esculpindo sulcos sinuosos: rasto da serpente traiçoeira.



Enfim, o todo substitui as partes que formam a bela escultura
Incrustada na praia deserta, destacando-se em sua forma nua.
Oh! Deus, que prazer me dá em vê-la esculpida na areia.

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