sexta-feira, 18 de março de 2011

INQUIETUDE

Estou inquieto!
Terrivelmente inquieto!
Somente o coração permanece calmo e, isto não é bom!
(O mar quando se aquieta é prenúncio de que tempestades virão).
A alma também está inquieta!
Nunca gostei de ter o coração quieto e a alma inquieta.
Nunca gostei de tê-los em simetria opostas; nunca gostei de vê-los
como o sol a a lua: Sempre opostos um ao outro!
Os olhos também se mantém inquietos!
A pele pálida e trêmula fremita demonstrando inquietude... os pelos se eriçam!
Bem sei que este estado de alma me trará coisas que se pudesse, não as teria, mas...
Estou inquieto!
O corpo permanece inquieto como se o coração de um jaguar palpitasse dentro de si!
Mas, por que tamanha inquietude, se presa, não a tenho, em vista... não sou jaguar!
Sou sim, um homem, em constante inquietude e sem domínio de suas emoções.
O tempo lá fora ( de minha alma) está eletrizante: riscos de raios cortam os ares;
Nuvens negras se formam e se enrolam como medonhas serpentes... E, o meu coração
está quieto e, novamente afirmo: isto não é bom!
Em algum lugar um sino inerte repicou doze badaladas e, a madrugada silente, se fez...
A garoa fina e fria cobriu-me o corpo de inquietude, de uma inquietude aterradora.
Afinal, devo ou não devo me entregar a tanta inquietude?, mas, que sei eu de mim?
Sei e muito sei que estou inquieto... O coração ainda permanece quieto, mas, por quê?
Um gato negro, de pelo ralo e cicatrizes pelo corpo me deu a resposta em um débil miado:
" miaaaaauuuuuu... "
E, então. ouvi e compreendi tudo num relance: "O coração se fez piloto e comandou com mãos enérgicas o barco (alma) da sua inquietude e, lhe fez ver que tudo não passou de um medo estrondoso de perder o único e grande amor de sua vida.... nada mais, nada menos.", ronronando, deu um salto espetacular e sumiu no negrume da madrugada.
Enfim, a mansidão se apossou do meu EU.
Apenas, uma breve inquietude, pelo medo de ficar sem você!

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