quinta-feira, 10 de março de 2011

SONETO DO AMOR SEM FIM

Antes de criar o "SONETO DO AMOR SEM FIM", faz-se necessário explicar que para tanto tive que entrar em "ALFA". O que é entrar em "ALFA"?, deve estar se perguntando o meu amigo leitor e, eu explico: " Quando sinto algo inexplicável no ar que me rodeia e que me faz sair do lugar comum é por que o meu corpo inteiro está pedindo para sair do "trivial" e entrar em "ALFA". Neste momento, sem perda de tempo preparo doses de uísque ou vinho e coloco músicas ( Vídeo ou CD) do meu querido e inesquecível cantor CAUBY PEIXOTO e fico por instantes mágicos absorto, esquecido do mundo; do dia a dia e pouco a pouco vou me desligando deste planeta e visito plagas nunca antes visitadas sempre embalado pelas letras românticas e pela voz incofundível do nobre artista. Assim é que, de olhos fechados, permito que os meus três senhores absolutos me dominem: " O coração, a alma e o cérebro. O coração em questão de segundos entra em taquicardia; o cérebro lateja tanto que parece que vai explodir em milhares de fragmentos e, a alma, luta com forças hercúleas para fugir do corpo que a mantém presa. Neste momento, nãos sou mais o homem escravizado pelas coisas materiais que me consomem. Sinto-me despido das dívidas; dos compromissos inadiáveis; das querelas insignificantes; dos colóquios inóspitos; das cobranças ridículas; dos hipócritas que vicejam como ervas daninhas à minha volta; dos mentirosos; dos aproveitadores, enfim, passo a habitar outros mundos que fervilham pelo nosso rico Universo. Neste momento, coloco em dúvida a afirmação do maior cientista que Deus presenteou ao nosso planeta: ALBERT EINSTEIN, que afirmou " Nada neste Universo supera a velocidade da luz"... o meu pensamento quando em "ALFA" supera e, muito! Fecho os olhos e me vejo caminhando pelos desertos e montanhas gélidas do solo Lunar; mergulho de corpo e alma na atmosfera escaldante do Sol; passeio cantando versos de amor pelas planícies inóspitas de Vênus; me aventuro por outro sóis e estrelas jamais vistas por telescópio algum e, quando cansado, regresso ao abrir os olhos, para o lugar em que estou: " O SOFÁ DE MINHA SALA". Em "ALFA". escrevo os meus poemas de amor...
Em "ALFA" escrevo agora o "SONETO DO AMOR SEM FIM ":


De que me adiantou ter o mundo inteiro aos meus braços,
Se, solitário, caminhei, por caminhos que não existiram...
Se, andarilho, recebi do tempo o pó que tingiu os cabelos alvos
E, me fez,ancião de amor e carinho... trapos de solidão me vestiram .


Fui sem saber que era, um amante de amores que nunca vicejaram
Impelido pela saga maldita de viver só... um ser sem razão de ser
E, assim, vivi pensando viver, quando na verdade jazia em barro e lama
Destituído da razão de amar; sonhar e, principalmente de viver.


Até que, um dia (bendito seja este dia) conheci num relance, num repente
A mulher que me fez ver o quanto eu era do amor; infeliz e descrente ...
Com candura me conquistou e prometeu pela vida afora; cuidar de mim.


Hoje, após vencer as "Coisas da Vida" que me fizeram ao passado retroagir,
Afirmo, sem medo de errar: Amo esta mulher e dela nunca mais vou fugir.
Disse-me ela um dia: Querido, de mim você sempre terá um "AMOR SEM FIM!"

Dedico este poema à mulher que um dia fez uma amiga me dizer: "Quando ele está com ela, ele fica com cara de bobo!"

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