quinta-feira, 17 de outubro de 2013
DORVALINA!
Dorvalina é morena de corpo sensual e de trejeitos insinuantes.
Quando ela quer(e sempre quer) inferniza os homens que a rodeiam.
Para uns ela oferece o que nunca deu para ninguém
Para outros ela nega tudo aquilo que ela dá para qualquer um.
Dorvalina é como um gato amoroso e terrívelmente astuto:
Ronrona nas pernas de quem lhe interessa e arranha os mais afoitos.
Quando eu conheci Dorvalina eu pensei em ter conhecido o paraíso.
Ah, ledo engano... conheci sim, o purgatório, em todo o seu terror.
No início ela se mostrou doce, afável e oferecida em seus mistérios,
Porém, com o passar do tempo ela se mostrou o que verdadeiramente é:
Uma mulher devoradora de almas e corações de idiotas apaixonados.
Eu, caí em sua teia ardilosa de aranha sedenta de devorar corações.
Quando acreditei ser o escolhido para me lambuzar em seu sexo de mel
Me vi atirado a esmo pelas calçadas suplicando um pouco de carinho.
Por um tempo eu odiei Dorvalina a ponto de pensar em matá-la, mas,
Um beijo e o oferecimento dos seios para que eu os sugasse sem fim
Me fez perdoá-la... Mais um erro que cometi: Dorvalina despreza os fracos.
Assim que me viu contente e feliz ela me traiu com outro idiota.
Sempre, idiotas, rastejaram na sombra de Dorvalina, e, ela, amava ser idolatrada.
O outono se foi e a primavera chegou e, com ela as flores e os pássaros.
Poeta que o sou, pensei comigo: Vou encher a vida dela de flores perfumadas.
Em uma tarde de não sei que dia, fiz um arranjo com flores silvestres, um belo "bouquet".
Temendo não agradá-la, me enchi de coragem e a presentei... ela me atirou no rosto.
Rindo despudoradamente, arrancou o vestido , o sutiã e a calcinha e me mostrou a floresta,
E, disse, mostrando os dentes alvos e a boca carnosa: " Queres me dar flores? Oh, tolo apaixonado,
Bem o sabes que nenhuma flor irradia melhor perfume do que os pelos sedosos que me protegem,
E, continuou, ajoelha-te e beija-me o sexo túrgido, molhado e sequioso de tua boca...
Instantâneamente me vi entrando no paraíso e senti unhas me riscarem as costas,
Quando abri os olhos vi Dorvalina se transmudar em um felino e de um salto se instalar no sofá.
Ou, não vi nada disso... Mas que sei eu o que vi, se ainda tinha nos olhos o emaranhado
Dos tufos sedosos e perfumados do invólucro que resguardava o que Dorvalina dá para uns
E, nunca o dá, para outros.
Dorvalina não me mandes embora... De ti quero tanto o paraíso, quanto o purgatório.
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Conheço algumas Dorvalinas... Sorte minha que nasci mulher, e não homem... Ufa! Tu escreves muito bem, Aldo!! Foi ótimo perambular pelo seu blog, tudo escrito com muita... alma!! Abços, Maria Inês.
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