quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
A PONTE
Toda às vezes que íamos à ponte eu ficava feliz,
E, ela, também, se retorcia, de felicidade indizível.
A ponte se dobrava sobre um pequeno lago visível,
Pelos nossos olhos que se fixavam na paisagem gris.
Abraçados, passávamos horas absortos na contemplação,
Das ondas serenas que se formavam no cair de um inseto.
Era tanta a magia que nos envolvia que a cerração,
Chegava com seu manto frio e nos possuía com sofreguidão.
Eu, ía à ponte para me extasiar nas imagens refletidas,
Na água límpida que nos recebia em todo o seu resplendor.
Nela, eu a beijava, em carícias sutis e repetidas
E ela, as retribuía, com seus lábios túmidos e sedutores.
Assim, unidos em corpo e alma, sentíamos a paz e o langor
Que sentem os amantes no redemoinho das águas e, dos amores.
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