sábado, 3 de setembro de 2011

SONETO DE EXAUSTÃO

Estou exausto. Minhas carnes tremulam de desejos frementes
E, trêmulas, exalam pelos poros o perfume da pele suave e tépida
Que veste o corpo da mulher, que, a mim, se uniu eternamente
Formando um corpo uno; nunca mais duas almas paralelas.


A exaustão que sinto me faz o vivente mais feliz do universo;
Mais feliz do que os deuses que habitam o Monte Olimpo;
Do que os beija-flores que osculam os botões entreabertos,
Ou mesmo, dos amantes que julgam serem, dos mortais, os preferidos.


Por uma eternidade almejei com esperança, amor e tenacidade,
A união destas duas almas que nunca, por um momento, se curvaram,
Mas, sim, lutaram com forças desmedidas olvidando os percalços.


Hoje, posso dizer com o coração repleto de alegria e febril felicidade
De que as desilusões, intrigas e desavenças pelo éter se esfumaram,
Dando lugar à posse total... uma posse desmedida que me deixa EXAUSTO.

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