A camisola me chamou a atenção e me fascinou.
Me fascinou pelo que era e pelo que não era.
Não sei precisar sua cor, mas, isso realmente importa?
Poderei afirmar que era azul ou branca ou preta ou furta-cor...
De que não era feita de pele de camaleão posso afirmar.
Também não sei dizer se era comprida ou curta... só sei que existia.
Quando meu hálito morno soprou no quarto ela se moveu;
Ou esvoaçou; ou dardejou feita mariposa bêbada.
A escuridão da alcova feria os meus olhos como punhal gélido...
Com mãos trêmulas tateei o corpo sedoso e meus dedos escorregaram
pela pele oleosa impregnada de óleos perfumados e fluídos viscosos...
A camisola protegia o vale com sua fenda profunda e proeminente.
A camisola não protegia as planícies e as montanhas fecundas da mulher...
A camisola era minúscula.
A camisola, após muito forçar os olhos, pude notar que era formada
De fios sedosos, perfumados e entrelaçados.
A camisola parecia mais uma teia de aranha.
A camisola não escondia nada, pois, transparente que era, deixava nu
O vale com sua deliciosa entrância.
Louco, tentei rasgar a camisola e só tive em minhas mãos
Um tufo de pelos macio.
A camisola me fascinou e me fez possesso no ato da posse inaudita.
A mulher da camisola minúscula me cativou... e me enrodilhou
Em sua camisola.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
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