terça-feira, 24 de setembro de 2013
70. A PECADORA
Como sempre o fazia, adentrou na nave de cabeça pendente
Tendo a mesma envolta num véu de renda negro e florida.
Da face de pele sedosa, mestiça e perfumada, pouco se via.
Via-se, sim, um colo arfante, dono de seios belos e frementes.
Resignada pelo desprezo das velhas senhoras chegou-se ao altar
E, se pôs de joelhos e num gesto gracioso descerrou o véu,
Para então elevar os olhos à Santa e murmurar uma prece ao céu,
Que não discrimina a alma pura, da que tem muito, a expiar.
Os minutos se tornaram uma eternidade e de seus olhos lágrimas
Verteram em um caudaloso rio... Chorou os pecados da carne
Embora, tivesse o corpo maculado, tinha o coração inocente.
Oh, pecadora!, que desafia a hipocrisia das pessoas ditas crédulas
Para se purificar dos pecados cometidos na profissão deMadalena.
Eu, a entendo, e sei que para Deus, já estás, dos pecados, remida.
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