segunda-feira, 11 de abril de 2016

A MENINA CIGANA

A menina cigana tinha os cabelos pretos e lisos
Caídos sobre os ombros pequenos e frágeis.
Em uma das mãos magras trazia um baralho sujo
E, a pele, tiritando, pelo ardor da friagem.

Com um sorriso pálido disse saber o meu destino
Através das cartas que nunca mentem; são fiéis.
Enfeitiçado pelos olhos tristes, belos e frios
Da pequena cigana que pediu apenas alguns "réis".

Tirando da algibeira algumas moedas reluzentes
Paguei pelo desvendamento do meu futuro...
Num instante ela embaralhou por trás e frente
As cartas visguentas e após falou num sussurro:

- Moço, um grande amor vai surgir em sua vida
E, você vai ser muito feliz; o seu coração arderá
Pela paixão que que "Ela" moça meiga e bonita
Lhe dará. Um belo amor que nunca, nunca, jazerá.

Assim dizendo, foi se afastando e num átimo se confundiu
Com a multidão enlouquecida e, eu, nunca mais a encontrei.
Uma noite, contei à eterna esposa que, um dia existiu,
Uma menina cigana que previu nosso enlace e... ACREDITEI!.


Nenhum comentário:

Postar um comentário