quinta-feira, 12 de abril de 2018
PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA
A CORTINA DE CHITA VERMELHA
Quando comprei a cortina de chita vermelha
Nunca pensei que um dia seu fim seria outro,
Pois a intenção foi, por um fio, suspensa,
Separar da cozinha o quarto pequeno e modesto.
Neste local ela permaneceu por anos a fio,
Sempre protegendo os meus encontros de amor.
Quantas vezes a deixei de lavar no rude estio
Dos dias sem chuva em que medrava o ardente calor.
Porém, por "Coisas da Vida", um dia, a tive de ceder
Para a morena faceira que por ela se apaixonou.
Fazendo beicinho após o sexo ardente e, muito gemer,
Ela me pediu a cortina, para fazer um vestido novo.
Com o coração partido, me desfiz da fiel companheira,
Atendendo o desejo da mulher que me fez feliz amante .
Em segundos ela estava de posse da chita vermelha
Sonhando com o vestido que vestiria seu corpo pujante.
Dias depois, quando a tive de novo em meus braços trêmulos,
A despi do vestido, antes uma cortina e, a tive nua e, bela.
Oh, como sou feliz por ter realizado um simples desejo,
Da mulher, que feliz, trajava um vestido, de chita vermelha.
DO LIVRO A SER PUBLICADO BREVE: UMA MULHER INTRIGANTE
ALDO DE AGUIAR
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