domingo, 21 de abril de 2019

"EM TERRA DE CEGO, QUEM TEM UM OLHO É MAJESTADE"


Quando tomei conhecimento desse adágio popular, senti uma felicidade brusca tomar conta de minha alma e de todas as células do meu corpo.
Explico: Vivo num mundo onde por mais que eu lute, que eu tente me sobressair no mundo financeiro, não obtenho sucesso. Digo, sim: sou um infeliz homem querendo sair da pobreza que me acompanha por décadas e décadas. Já fiz de tudo para sair desse lamaçal que me envolveu. Trabalhei arduamente, galguei degraus na profissão, vendi isso e aquilo, tomei muita chuva e muito sol, andei de bicicleta e às vezes em carros velhos... enfim, lutei, lutei e muito lutei e, não tive os lauréis que se obtém, quando a riqueza nos bafeja.
Por isso, muito sofri e, sofro ainda.
Mas, quando escutei o alvissareiro adágio a que me refiro, pensei comigo: basta encontrar essa Terra; furar um olho e, lá me tornarei rei e, todos sabem como vive um rei: manjares nababescos, lindas cortesãs, artigos de seda,tapetes da Pérsia e muito ouro, prata e pedras preciosas
Para minha derrota maior, nunca encontrei essa Terra, o máximo a que pude chegar foi até o Romance premiado do escritor Português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, que em 1995 o lançou à praça com o título de "ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA". Mas, nunca encontrei em que cidade as pessoas ficaram cegas...
Conclusão: continuo pobre, embora tenha os dois olhos perfeitos... que me irritam quando examinam o extrato bancário e constatam que estou sempre no negativo.
Arre!!!!!

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